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[MENINA MADURA] O corpo como espelho

Por Menina Madura

(post publicado 29em abril de 2016)

Desde a adolescência tenho vergonha de minhas celulites. Acho horrível! Já li um bocado sobre o assunto, mas o fato é que nunca consegui fazer nenhum tratamento pra me livrar das danadas. Talvez no fundo eu achasse que não tinha jeito. Nunca fui uma grande entusiasta de exercícios físicos. Uma vez fiquei de recuperação em Educação Física. Eu devia ter uns 10 anos. Me lasquei! O insano do professor, durante dois dias, mandou a gente fazer uma série de exercícios tão intensa que descobri pela primeira vez na vida o que é sentir dor muscular e mal conseguir andar (quanto mais descer degraus).

Mas o motivo de eu não ser assídua praticante de exercícios talvez não seja só por isso. Minha família – pais e irmãos – não faziam nada. Nunca fizeram. Não recebi nenhum estímulo pra isso. Mesmo assim eu desde a adolescência tinha muita vontade de estar bem com o meu corpo. O fato é que nunca estive. De roupa, tudo ok. Mas de biquíni ou pelada a história era outra. Vergonha. Sempre tive uma certa vergonha de estar nua.

Fiz academia (sempre por pouco tempo), dança, capoeira, yoga. Sempre senti o efeito positivo dessas atividades (principalmente das três últimas). Há anos, entretanto, só faço exercícios esporadicamente. E continuo tendo vergonha de me despir. Não gosto do que vejo no espelho.

Agora, já iniciada nos ‘enta’, percebo como é grave uma pessoa não se sentir de bem com o próprio corpo, ter vergonha de se mostrar nua, ou com pouca roupa. Estou certa que não nascemos para isso. Devemos honrar a casa que nos abriga. E agora?

Tenho que fazer alguma coisa pra resolver isto enquanto estou aqui neste corpo. Fazer as pazes com ele. Liberá-lo pra estar inteiro.

Tenho refletido sobre os caminhos pra isso. E aí ficou claro que a alimentação é fundamental. Comecei há alguns dias a mudar minha alimentação. Mas ainda tô meio (ou muito) confusa. Uns dizem que gordura animal faz bem, outros dizem que é pra abolir. A carne (que não sou muito adepta) é outro assunto controverso. Mas pra mim o pior mesmo é o dilema dos laticínios e das farinhas. Adoro queijo e pão! Também gosto demais de bolo! Só que venho percebendo que exatamente esses dois (farinha e laticínios) não me fazem muito bem.

O que coloco no meu corpo é coisa muito importante. É preciso estar atenta à reação do corpo ao que se come. Perceber como eu reajo ao que como. Quais os sinais que ele emite. Como eu digiro os alimentos. Pra então me dirigir ao encontro do que me faz bem.

Não sou gorda. Mas tenho umas gorduras acumuladas (principalmente no quadril). E aí entra outra coisa. Logo nos quadris, altar da sensualidade feminina. Percebo que tudo é mais profundo. E tem várias vertentes.

A cura psíquica também precisa acontecer. O coração traz a missão de se abrir. É necessário a expressão criativa, sempre, seja em que forma for. É condição sine qua non o estado meditativo, a atenção plena. E é exigido disciplina!

Vi logo que, além da mudança alimentar, da prática de movimentos corporais e das descargas expressivas, é preciso estar presente. Estar presente em todo momento. Viver na busca de assim viver.

É exigido compromisso consigo mesmo. E autoresponsabilidade!

Iniciei o processo. É um caminho comprido e intenso. A mente é bicho doido. Os condicionamentos são grades. Como criar novos hábitos? Como ser o que se quer, o que se é?

Didaticamente falando, estou empreendendo os seguintes movimentos:

– Estar mais junto à Natureza.

– Me alimentar melhor. Neste link falo mais!

– Dormir e acordar cedo.

– Colocar na minha pele, no meu cabelo, produtos mais puros, mais naturais.

– Criar uma disciplina diária de atividades físicas, começando com Yoga (em casa mesmo, a princípio) e acrescentando caminhadas e/ou corridas, além de dança.

– Meditar. Não só tirar alguns minutos pra parar e focar na respiração, tentando silenciar a mente, mas também prestar atenção a cada coisa que estou fazendo (silenciando a mente sem nem perceber). Tenho uma tendência a fazer várias coisas ao mesmo tempo. Preciso mudar isso!

– Não julgar, ser gentil, agradecer.

– Criar! Escrever, cantar, dançar, desenhar, pintar, costurar, cozinhar, brincar…

– Dedicar mais tempo a estar de corpo ealma com meus pais e meus filhos.

– Passear, viajar, estar mais com meus amigos e conhecer outros.

– Cuidar do meu lar do jeito que eu quero que ele seja.

– Fazer meus rituais de conexão como Sagrado.

– Dedicar algum tempo às vezes pra não fazer nada.

Vou começar a testar esta ‘autoreceita’. Precisarei de muita disciplina pra melhor aproveitar o tempo. E também flexibilizar algumas ‘regras’, porque senão não sou eu.

Tô bem esperançosa que fazendo essas coisas vou estar cada dia mais linda, brilhante, inteira, nua.



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