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[ARTIGO] Os Quatro Compromissos da Filosofia Tolteca

Foto: Banco de Imagens/ Flores no Ar

| Da Redação Flores no Ar |

“Milhares de anos atrás, no Sul do México, os toltecas eram conhecidos como ‘homens e mulheres de sabedoria'”. É assim que se inicia o livro ‘Os Quatro Compromissos – O livro da Filosofia Tolteca’, escrito pelo mexicano Don Miguel Ruiz.

Inspirado nessa sabedoria, Ruiz compartilha na publicação os poderosos ensinamentos toltecas que nos ajudam a quebrar as crenças e compromissos que temos, e que são frutos da domesticação a qual passamos. No anseio de atender as expectativas dos outros, deixamos de ser quem somos para nos encaixar no modelo culturalmente aceito. Se nos desviamos, sentimos culpa, vergonha e nos autopunimos, nos tornando autodestrutivos.

Segundo Don Miguel Ruiz, essas crenças arraigadas vêm do medo e drenam a nossa energia, dissipando o nosso poder pessoal. O mexicano então nos convida a alterar os compromissos que nos regulam.

“A cada vez que se rompe um acordo, o poder usado para criá-lo retorna ao seu dono. Se você adotar esses quatro novos compromissos, eles criarão poder pessoal suficiente para alterar todo o seu antigo sistema de obrigações”, afirma Ruiz, enfatizando que é preciso muita força de vontade para adotar os Quatro Compromissos. “Mas se você conseguir começar a viver sua vida de acordo com eles, a transformação será impressionante”.

E quais são os Quatro Compromissos?

1º compromisso: Seja impecável com sua palavra

Ruiz explica que através da palavra você expressa o seu poder criativo. “É por meio dela que você manifesta tudo. A palavra é força; é o poder que você possui de expressar-se e de comunicar-se, de pensar, e, portanto, de criar os eventos em sua vida. A palavra é a mais poderosa ferramenta que você possui como ser humano; é o instrumento da magia. Porém, como uma espada de dois gumes, ela pode criar o sonho mais belo ou destruir tudo ao seu redor. Dependendo de como a plavara for usada, ela pode libertá-lo ou escravizá-lo.”

Sobre o termo ‘impecabilidade’, o autor explica que impecável significa sem pecado, e que um pecado é algo que você faz contra si mesmo. “Ser impecável é não contrariar a sua natureza. É assumir a responsabilidade por seus atos, sem julgamentos ou culpas.(…) Ser impecável com a própria palavra é não usá-la contra você mesmo, é empregar corretamente a sua energia; é usá-la na direção da verdade e do amor por você.”

Don Miguel enfatiza que o hábito da mentira precisa ser exterminado, assim como o uso da palavra para espalhar o nosso veneno pessoal, amaldiçoando, culpando, causando remorso, destruindo. Ele alerta ainda para os perigos da fofoca, e o seu grande poder de contaminação. Precisamos ser responsáveis pelas palavras que botamos no mundo.

“Se adotarmos o primeiro acordo e nos tornamos impecáveis em relação à nossa palavra, qualquer veneno emocional será limpo de nossa mente e de toda a comunicação em nossos relacionamentos.”

Por fim, ele afirma: “Você pode medir a impecabilidade de sua palavra pelo seu nível de amor-próprio. Quanto você ama a sim mesmo e como se sente sem relação a sim mesmo são diretamente proporcionais à qualidade e integridade de sua palavra.”

2º compromisso: Não leve nada para o lado pessoal

“O que quer que aconteça com você, não tome como pessoal”, ensina Dom Miguel, afirmando que se alguém emite uma opinião sobre você, na verdade, essa pessoa está lidando com os próprios sentimentos, crenças e opiniões.

Segundo Don Ruiz, se você levar uma ofensa pro lado pessoal, você aceita o lixo emocional dessa pessoa, mas, se ignorar, estará imune a esse veneno. “Nada me afeta porque sei o que sou. Não tenho a necessidade de ser aceito. O que quer que você pense, como quer que se sinta, sei que é problema seu, não meu. Quando realmente enxergamos as pessoas como elas são, nunca poderemos ser feridos pelo que elas digam ou façam.”

Ele também alerta que a opinião que você tem de si mesmo pode não ser verdadeira, porque a mente confunde, pois existem partes dela que desejam uma coisa e outras que desejam exatamente o oposto, “portanto não há necessidade de levar para o lado pessoal tudo o que escuta em sua própria mente.” Don Juan explica que a mente vive em mais de uma dimensão., e diz: “Existem ocasiões em que você tem ideias que não se originaram em sua mente, mas as está percebendo com sua mente. Você tem o direito de acreditar ou não acreditar nessas vozes e o direito de não levar para o lado pessoal o que dizem.”

E finaliza o capítulo lembrando: “Para você fazer escolhas responsáveis só precisará confiar em si mesmo. Você nunca é responsável pela ação dos outros; só é responsável por si próprio. Ao compreender verdadeiramente essa realidade, recusando-se a levar as coisas para o lado pessoal, você dificilmente será atingido pelos comentários descuidados ou pelas ações de terceiros.”

3º compromisso: Não tire conclusões

Aqui Don constata que temos a tendência de tirar conclusões sobre tudo e acabamos criando um grande conflito do nada. “Toda tristeza e drama da sua vida foram causados pelo fato de você ter tirado conclusões e levado as coisas pro lado pessoal.”

Ele explica que como ficamos com medo de pedir esclarecimentos, tiramos conclusões e acreditamos estar certos sobre elas; depois as defendemos e tentamos tornar a outra pessoa errada. “Apenas enxergamos o que queremos enxergar e escutamos o que queremos escutar.” E lembra: “Sempre é melhor fazer perguntas do que tirar conclusões, porque as conclusões nos predispõem ao sofrimento.”

Um exemplo dessa situação pode ser: Você encontra alguém na rua e essa pessoa fala friamente com você, aí você já julga que a pessoa está chateada com você. Mas pode ser que o fato tenha ocorrido simplesmente porque esta pessoa está triste, ou com problemas.

Para Ruiz, tirar conclusões em relacionamentos é pedir problemas. “Frequentemente, presumimos que nossos parceiros sabem o que pensamos e que não temos necessidade de expressar nossos desejos. Presumimos que eles irão fazer o que queremos porque nos conhecem muito bem. Se não fizerem o que desejamos nos sentimos magoados e pensamos: ‘como é que você pôde fazer isso comigo? Devia saber.'”

Sobre isso, o autor nos faz um convite: “Imagine o dia em que você não vai tirar conclusões sobre seu parceiro e, mais tarde, com todas as outras pessoas na sua vida. Sua forma de comunicação irá mudar completamente, e seus relacionamentos não mais sofrerão compromissos criados por falsas presunções.”

Outro aspecto que Don Ruiz levanta é o fato de que também tiramos conclusões sobre nós mesmos, e com isso criamos um bocado de conflito interior. “Você se superestima ou subestima porque não resolveu parar e formular perguntas para si mesmo para depois respondê-las. Talvez precise reunir mais fatos sobre uma determinada situação. Ou talvez precise parar de mentir para si mesmo sobre o que deseja.”

Resumindo, ele afirma que a forma de evitar tirar conclusões é fazer perguntas, se você não compreende, pergunte! “Se os outros nos contam algo, tiramos conclusões; se não nos contam, também tiramos, para preencher nossa necessidade de saber e suprir a necessidade de comunicação. Mesmo quando escutamos alguma coisa e não compreendemos, tiramos conclusões e depois acreditamos nelas. Tudo isso porque não temos a coragem de fazer perguntas.”

E ele finaliza: “No dia em que você parar de presumir, irá se comunicar com clareza e pureza, livre de veneno emocional. Sem tirar conclusões, sua palavra se torna impecável.”

4º compromisso: Dê sempre o melhor de si

Este quarto compromisso, segundo Don Ruiz, é o que permite que os outros três se tornem hábitos profundamente enraizados. Ele diz: “Sob quaisquer circunstância, sempre faça o melhor possível, nem mais, nem menos. Porém, tenha em mente que o seu ‘melhor’ nunca será o mesmo de um  instante para o outro”, conta ele, explicando, por exemplo, que o seu ‘melhor’ possui mais qualidade quando você está saudável do que doente; ou sóbrio, ao invés de bêbado.

“Se der o melhor de si, não haverá forma de julgar a sim mesmo. E, se não julga a sim mesmo, não há forma de ficar sujeito à culpa, ao arrependimento e à autopunição. Quando você está realizando o melhor de si apenas pelo prazer de fazer bem feito, você está agindo porque aprecia agir. Agir é viver plenamente. Agir significa expressar quem você é.”

Ruiz lembra, entretanto, que dar o melhor de si não é um compromisso fácil de manter e que é importante estar atento e aprender com os erros. “Isso significa praticar, observar com honestidade os resultados e continuar praticando. Isso aumenta sua consciência. Fazer o melhor é um grande hábito a ser cultivado. A prática faz a maestria. ”

Dom Miguel Ruiz afirma que, honrando os quatro compromissos, ou seja, se você for ‘impecável com sua palavra’, se ‘não levar nada para o lado pessoal’, se ‘não tirar conclusões’ e ‘der sempre o melhor de si’ terá uma vida bela. É preciso ter uma grande força de vontade para cumpri-los. E se cair erga-se e faça o compromisso novamente.

 

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