[LUNÁRIO] LUA CHEIA – flor, realização, domínio
| Por Raphael Bruno |
A Lua Cheia é a culminação de seus esforços e intenções que se iniciaram na Lua Nova. Lembre-se: a Lua Nova é a Lua das intenções enquanto que a Lua Cheia é a Lua das realizações. Uma é Semente (Nova), a outra é Flor (Cheia). A vida em silêncio (Nova) e a vida em esplendor (Cheia). Não há dualidade nisso, apenas expressão de uma imanente UNIDADE.
A Lua mesmo não tem fases. A luz da Lua que possui fases e variações. Diferente da Lua Nova, onde a redução de energia prevalece e nos sentimos pequenos, humildes, onde nosso Eu se rende mais fácil, na Lua Cheia vivenciamos a nossa força pessoal. E isso não é ruim ou vergonhoso. Experimentar nossa força e potência é um direito nosso. Quando essa força recebe o dom da espiritualidade e da visão interligada com todas as coisas, de nós emerge um profundo despertar.
Nossa mente subconsciente está totalmente aberta durante o esplendor da Lua. Há uma manifestação natural de sentimentos, pensamentos e hábitos que às vezes tentamos esconder ou encaixar nos ditames sociais, mas que na fase Cheia se iluminam e se mostram na superfície da nossa consciência e na comunicação com o outro.
Durante a fase Cheia, talvez sintamos uma iluminação das nossas inseguranças. Podemos usá-la para realizar mudanças na forma de nos mostrarmos para o mundo e nos empoderarmos com nossos mais nobres valores.
Essa é uma boa fase para celebrar a gratidão, a companhia dos amigos, se reunir em grupo para sermos UM e cantar em uníssono para entender que a alegria do outro é a mesma sua, assim como as dores e pesares. Como foi dito, não há dualidade nisso. A cura sempre é coletiva.
Nossas emoções são regidas pelo elemento água e normalmente estamos mais emotivos durante a Lua Cheia, nossos líquidos internos estão transbordando e nossa mente naturalmente fica mais agitada, às vezes pretendendo falar e repartir com o outro cada pensamento.
Na Lua Cheia podemos nos perceber mais acelerados. Isso por que nossa energia interna está em ebulição. O sistema glandular está simplesmente em atividade máxima. Interessante como essa influência da Lua pode parecer óbvia, real e ao mesmo tempo podemos nos perguntar: ‘será que é verdade?’
Durante essa fase lunar, temos a opção de falar menos e buscar a quietude para perceber essa irradiação magnética de La Luna, pois sua fase Cheia é ampliada (em nós) com a escuta profunda e a observação interna de nossos pensamentos, sentimentos e impulsos.
Os Yogis do passado respeitavam profundamente esse momento e diminuíam bastante a quantidade de alimento ingerido, transitando esse dia com água e limão, ou frutas e chá yogi. Qual a lógica? Ao invés de utilizar essa energia extra com a digestão de comida, ou envolvimentos sociais, direcionavam-na para a prática da meditação, movimentos leves, exercícios respiratórios e entoação de mantras para, assim, limpar mais profundamente sua mente subconsciente (depositório de medos, hábitos improdutivos, ilusões) e promover transformações reais no SER.
Kundalini Yoga nos ensina a equilibrar as emoções com água e respiração. Quando há um desequilíbrio de água no seu sistema e os rins estão sobre pressão, é sujeito causar ansiedade e aborrecimento. Beber água e realizar algum exercício respiratório profundo são métodos efetivos para equilibrar o funcionamento cérebro-emocional.
Fonte: Lunário – a Lua meu calendário
Raphael Bruno – Yoga & Terapia do Som
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