[MENINA MADURA] Sobre a coluna Menina Madura

| Por Lu Rabelo |

A entrada nos 40 anos tem me trazido muitas transformações. Em todos os níveis: corpo, mente, emoção e alma. É muito doido a pessoa ter mais de 40 anos e se sentir uma menina, a menina de sempre, apesar de tantas mudanças.

Neste momento que escrevo esta apresentação, o Sol acaba de entrar em Escorpião. O ano é 2016. E tudo urge por transformação. Estamos de fato num momento de transição. Cá no Brasil, tá tudo revirado. Cá na Terra, tá tudo revirado. Uma nova Era se anuncia.

Diante da situação de urgência, olho pra mim, onde moro, como me relaciono, como vivo. A cultura injetada no meu viver não mais atende aos meus anseios. Este sistema capitalista precisa acabar. O que virá? Não sei. O que sinto é que preciso ser coerente com minha alma. É este o caminho que quero trilhar.

Ter descoberto que a comunicação é o meu instrumento de poder, minha ferramenta sagrada, tem sido muito importante neste momento. Assumir o que quero fazer, o que gosto, tem me aberto a receber as mensagens e fazer. As vias são diversas. Como não me perder? Como unir os tantos quereres? Como ter dinheiro, sem precisar ser regida por ele, e sim usufruí-lo em consonância com minha essência?

A resposta que me vem é: priorizando o que no momento é prioridade e fazer tudo o que gosto, cada vez mais unindo todos os fazeres queridos!

A Arte é a minha forma de cura. É através da poesia, da música, da dança, que mais gosto de me expressar. E também de crônicas, como esta. Adoro escrever. E gosto também de fotografar, e filmar.

O tempo parece pouco pra tudo que gosto e quero fazer. Por isto nos últimos tempos uma palavra tem me chamado atenção: DISCIPLINA. Que quer dizer: ser discípula (o) de si.

Só que pra ter disciplina é necessário distribuir o tempo.

Sou mulher, mãe, filha, artista, comunicadora, arteterapeuta, educadora, aromaterapeuta, dona de casa, editora deste Portal Flores no Ar, vó de uma gatinha (em abril de 2017, adotamos outra gatinha. Agora sou vó, além de Fulô, a primogênita, também de Poema, a caçulinha)

Gosto de tudo que eu faço. Mas quero me cuidar mais, me alimentar melhor, movimentar meu corpo, ajeitar a minha casa. Quero ler mais, ver mais filmes, ouvir mais música, dançar mais, escrever mais, estar mais junto à Natureza {morar numa casinha num sítio (ou na praia)!}, estar mais com meus filhos, gatinhas, e pais e amigos e amores, viajar. E cantar sempre!

A ideia de criar esta coluna é pra compartilhar o meu agir no sentido de viver cada vez mais a minha vida como eu quero, em consonância com os valores que acredito e defendo.

É a necessidade de cuidar de Casa. Casa-Corpo, Casa-Lar, Casa-Terra, Casa-Cosmos!

Como um dos focos que preciso mirar agora é o meu corpo, tive a ideia de começar compartilhando nesta coluna o meu processo de autocuidado, a partir da aproximação com a Natureza, botando em mim alimentos e cosméticos naturais, respirando melhor, praticando atividades físicas com respeito ao meu corpo, experimentando técnicas diversas de autoconhecimento, plantando mais, limpando mais… Estar presente!

Na verdade acho que esta coluna é uma estratégia por mim criada para não me perder. É um estímulo pra que eu siga no meu caminho, sendo cientista de mim.

O amor-próprio, o autocuidado, a autoexpressão, a integração com a Natureza e a vontade de compartilhar é o que guia as postagens. Espero que sirva de inspiração para outras mulheres.

Acho importante esclarecer logo uma coisa: eu sou flexível e assim quero continuar sendo. Tô numa busca de harmonizar o meu viver, me trazer mais equilíbrio. Então se me virem fumando, tomando whisky, comendo bode, that’s all right.