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Vídeo ‘Despejo’ mostra o desrespeito aos direitos dos moradores do Coque

Dona Maria Grinaura, 87 anos, recebeu uma indenização de 4 mil reais do poder público para sair da casa onde morava. Era um barraco, mas era tudo o que possuía: era sua moradia. O poder público viu a situação dela e, mesmo assim, não só a tirou do único cantinho que tinha, como deu essa quantia irrisória para que ela se virasse. Não houve a mínima preocupação, se essa senhora de 87 anos conseguiria um outro local para VIVER.

É histórico, o poder público só entra no Coque para operar desapropriações. Apesar da comunidade ter conquistado o direito a ser Zeis (Zona Especial de Interesse Social), continua com situação precária de saneamento, saúde e educação. O fato é, o bairro fica localizado em zona estratégica de Recife. Ao invés do governo realizar a urbanização da comunidade, vem ao longo dos anos expulsando, pouco a pouco, seus moradores realizando obras que não beneficiam a comunidade, com o discurso de que se trata de trazer desenvolvimento para a cidade.

E o desenvolvimento da própria comunidade? Nós, da Rede Coque (R)existe estamos realizando ações, como esse vídeo, como a manifestação retratada nele, para que se coloque em pauta os direitos dos moradores da comunidade. Chega dessa política fascista, de higienização das favelas. O DIREITO À MORADIA está na constituição e deve ser respeitado.

O poder público insiste numa conta de custo benefício das obras em função do número de pessoas beneficiadas versus o número de pessoas diretamente afetada pelas desapropriações. Não é um cálculo aceitável: há uma proporcionalidade em relação aos direitos fundamentais à moradia e à dignidade, garantidos pela Constituição, que reorganiza essa balança e não pode ser ignorada. Se o fizermos estaremos contribuindo para expandir uma violência desproporcional para com os que possuem menos condições. Por isso, permanecemos lutando e precisamos do apoio e vigilância conjunta de toda a sociedade civil.

coquerexiste@gmail.com

Veja outros vídeos do Coque (R)existe aqui.

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