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Último final de semana de exibição da peça Camille Claudel

Camille Claudel_Ceronha Pontes
Foto: Rogério Alves

Quem ainda não teve oportunidade de assistir à peça Camille Claudel, encenada pela atriz Ceronha Pontes, ainda tem a oportunidade de vê-la neste final de semana, dias 6, 7 e 8 de dezembro/2013, no Teratro Eva Herz, Shopping RioMar. Na sexta e no sábado a peça inicia  às 20h, e no domingo às 19h.

Duração: 60 minutos
Faixa etária: 12 anos
Ingresso: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia entrada)

Ficha Técnica
Espetáculo: Camille Claudel
Dramaturgia, Direção e Atuação: Ceronha Pontes

Cenário
Concepção : Yuri Yamamoto
Confecção: Yuri Yamamoto, Ceronha Pontes, Gustavo Araújo e Sr. Isaque.

Concepção de Iluminação: Walter Façanha
Operação de luz: Beto Trindade
Sonoplastia: Ceronha Pontes
Operação de som: Tadeu Gondim
Figurino: Ceronha Pontes
Orientação: Marcondes Lima
Confecção de figurino: Maria Lima e Antônia Castro
Produção executiva: Ceronha Pontes, Rogério Mesquita e Tadeu Gondim.

Resenha
CAMILLE CLAUDEL
Como explicar essa necessidade de abafar, destruir, banir da sociedade aqueles que, por algum atrevimento da natureza, vieram selvagens, rebeldes, vibrantes, dotados de uma força criativa absolutamente imprevisível? Como explicar, sobretudo, a violência com que a mediocridade se lança sobre um espírito livre e revolucionário que ousa instalar-se num corpo de mulher?

O cenário nos remete ora ao ateliê, ora ao antigo asilo de Montdevergues, podendo ainda nos levar ao Inferno de Dante, que inspirou a famosa Porta do Inferno, de Auguste Rodin.

No espetáculo de Ceronha Pontes, a vida da extraordinária artista francesa não se alinha num sentido meramente cronológico. É a história de um encontro. Com Sakuntala, inicialmente. Uma das comoventes esculturas de Camille. Depois disso outras imagens, cartas e documentos aproximaram a atriz-criadora do universo de Claudel, apaixonando-a, indignando-a, arrebatando-a, convocando-a irremediavelmente à cena.

A escultora francesa nascida em 1864 era dotada de tamanho talento que assombrara uma época em que mulheres de gênio jamais ficariam impunes. O clamor artístico de Camille Claudel a conduziu inevitável e impiedosamente ao encontro de Auguste Rodin, grande escultor de quem foi aluna, amante e a própria inspiração. Dois gênios conectados, apaixonados. E se ele foi tantas vezes condecorado, se conheceu a fama, o dinheiro e a glória, à Camille coube o abandono e a acusação de reproduzir o mestre. “Ela sempre só fará Rodin”, diziam. Camille Claudel não foi perdoada por sua natureza tempestuosa, por sua genialidade fora do comum, por sua revolucionária criação. Ela não encontrava espaço entre os homens (mesmo Rodin), que não suportavam a ideia de serem superados por uma mulher. Não encontrava também espaço entre as mulheres, por rejeitar todas as convenções, os belos vestidos e chapéus, para se dedicar apaixonadamente ao ofício de esculpir.

A separação de Rodin, a morte do pai, o desprezo da mãe e da irmã, a indiferença do amado irmão Paul Claudel e o reconhecimento bem tardio dos críticos de arte consolidaram o massacre da artista. Camille já estava enfraquecida pela miséria quando destruiu parte da sua obra e foi finalmente sequestrada e trancafiada num asilo de alienados onde, milagrosamente, resistiu os últimos trinta dos seus setenta e nove anos.

Resenha reproduzida deste link!

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