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‘Só um grito, um canto ou um assovio que sai aqui do peito e se manifesta no papel’. A Galeria Flores no Ar compartilha os desenhos de Rafaela Vasconcellos!

Por Rafaela Vasconcellos

(Post publicado em agosto de 2014)

Eu sempre gostei de desenhar, desde pequena. Pegava a caneta e o caderno de fiado do comércio dos meus pais e passava as tardes rabiscando tudo por lá, ou então com um pedaço de pau na terra úmida da minha rua. Tudo num processo muito íntimo, eu comigo. Nunca mostrava a ninguém, nunca senti necessidade disso, na verdade. Simplesmente dava vasão ao que brotava em mim (mesmo sem entender direito o que era). Eu só deixava sair, deixava ser… e me aliviava.

Do ano passado pra cá, depois que eu ganhei canetinhas de nanquim e um caderno de desenho de presentes, foi que comecei a mostrar meus rabiscos pras pessoas. E da seguinte maneira: passei a presentar meus amigos com um desenho. Quando alguém que eu gosto faz aniversário, eu escolho uma foto dele(a) e desenho! No começo, eu mandava por e-mail, mas, depois, com a alegria que as pessoas pareciam receber aquele meu carinho despretensioso, passei a publicar os desenhos diretamente no facebook, quase numa espécie de declaração pública de afeto ou homenagem mesmo a pessoas que me são muito queridas.

Minha intenção não é de reproduzir a pessoa em si – até porque eu nem tenho essa habilidade –, e sim um pouco da atmosfera da cena em que ela está, de alguma forma. Assim é que cada desenho meu tem uma história de relação por trás.

 

 

Quando Luciana me convidou para divulgar meus desenhos aqui, fiquei muito feliz e surpresa, porque nunca considerei que fazia arte ou que tivesse “obras”. Me sinto muito presa a um referente. Só desenho olhando o que está ao meu redor ou a partir de alguma foto. E tudo num olhar muito relacionado com o jogo do preto e branco. Desenhar colorido tem sido um desafio pra mim nos últimos tempos, depois que ganhei pastel e aquarela. Ver os traços em cores me parece um movimento lento de uma cortina felpuda se descortinando na minha frente e revelando mundos outros. E me permite ficar desnuda, sem pudores, para ver meu traço mais livre. É o que tem acontecido no último mês, com o meu movimento de desenhar sonhos ou sentimentos muito fortes. Num fluxo despreocupado com técnicas, formas, estilos. Só um grito, um canto ou um assovio que sai aqui do peito e se manifesta no papel.

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