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‘Marte adentra o signo de Áries, estabelecendo uma fase de inciativa e energia’, por Haroldo Barros

(reproduzido do blog http://haroldobarros.wordpress.com)

No próximo dia 12 de Março, o planeta Marte adentra o signo de Áries, seu signo de regência, estabelecendo uma fase de inciativa e energia.

Do ponto de vista mitológico grego, Marte representa um verdadeiro estranho no ninho: completamente diferente, em suas características, dos demais deuses do Olimpo, que representavam grandes modelos de harmonia e perfeição, Marte (Ares, em grego) era o deus da guerra bruta, da selvageria e da pancadaria. Seu único prazer eram as guerras e lutas e ele não perdia chance de fazer jorrar sangue, não se importando com a justiça ou injustiça da luta.

Os gregos o retratavam sempre acompanhado de um séqüito temível: eram seus escudeiros Phobos e Deimos, seus filhos, representando o Pavor e o Medo; era acompanhado de Éris (a Discórdia) e por um bando de divindades guereiras sempre sedentas de sangue, chamadas Queres.

Já em Roma, Marte foi cultuado como um dos maiores e mais importantes deuses. Diferentemente dos gregos, os romanos o retratavam sempre acompanhado de dois escudeiros chamados Honor (a Honra) e Virtus (a Força). Era considerado uma divindade heróica e nobre e era um dos patronos da cidade e do Império.

Essa diferença de significação é bem representativa do que pode acontecer com o Planeta Marte, dentro de nós.

Em sua essência, Marte está associado, astrologicamente, ao conceito de força. Representa o nosso lado guerreiro, aquele que vai à luta, marchando a passos largos para nos conduzir ao nosso objetivo.

Quando nos lançamos em direção de algo que desejamos, é Marte dentro de nós que nos propicia isso. Quando, revoltados diante de algo, erguemos a clava forte da Justiça, na defesa de alguém, é Marte dentro de nós que nos faz despertar o herói interior.

Por outro lado, se agredimos alguém desnecessariamente, é Marte dentro de nós quem nos faz perder o controle. Se provocamos e brigamos, sem nenhum motivo válido, é também Marte dentro de nós que nos leva a isso.

Ou seja, se o Marte dentro de você será um herói combativo e forte, um aguerrido defensor da Virtude ou, por outro lado, um grandalhão agressivo, destruidor e violento, será sempre uma opção sua.

Fique atento! Sim, pois, ao entrar em seu signo de regência, Áries, o poderoso Marte nos ativará todo essa potencialidade e capacidade combativa.

Porém, vale a pena lembrar que o planeta Urano está no signo de Áries e deve aí permanecer por mais alguns anos, trazendo a essas características combativas os mais nobres e elevados ideais.

Portanto, o Cosmos nos diz que é chegado o momento de dar o melhor de nós pela restauração da Ética e da seriedade em nossas ações. Por outro lado, é importante lembrar que a palavra virtude provém do latim -vir, -viris, o mesmo radical de onde se origina a palavra virtus (força), como visto acima e também viril, virilidade. Portanto, a Etimologia nos ensina que a virtude é originariamente um conceito masculino, ou seja, é preciso lutar por ela, brigar com equilíbrio e inteligência para restaurá-la e fazê-la perene. Como dizia Platão, os vícios são inerentes à natureza do Homem. Dominá-los, porém, substituindo-os pelas virtudes opostas, é próprio do Homem cuja retidão aponta para o Céu.

E por falar nisso, talvez seja bom relembrar as sete virtudes principais: as três teologais (fé, esperança e caridade), e as quatro cardeais (temperança, prudência, justiça e fortaleza). Também não custa lembrar o preceito ditado pela tradição cristã que decreta que pecamos por atos, palavras, pensamentos e omissões. Ou seja, não é suficiente apenas “fazer a nossa parte”. A omissão também é uma falta grave!

É preciso lutar!

Portanto, devemos sempre aventurar-nos a combater o Bom Combate ─ o de restaurar e defender a Virtude, em todas as suas formas, raiz da nossa divindade e sem a qual o Homem é nada.

Dica cinematográfica
O filme “O Clã das Adagas Voadoras” (Shi Mian Mai Fu, China, 2003), dirigido por Zhang Yimou e estrelado pela bela atriz Zhang Ziyi, onde você vai descobrir, entre uma fotografia deslumbrante e uma estética visual apuradíssima, como o conflito entre amor e honra pode ser catalizador de uma das mais belas virtudes: a Coragem.

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