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Peça ‘A Dona da História’ em cartaz de quinta a domingo no Teatro Apolo

a dona da história
A temporada do espetáculo, que fica em cartaz até o final deste mês de março, celebra o aniversário de uma década de trabalho e encantamento compartilhados pela companhia teatral com o público de Pernambuco, do Brasil e do mundo. A direção é da ex-bailarina e coreógrafa Duda Maia, fazendo dos movimentos das atrizes um dos pontos fortes da dramaturgia.

O grupo teatral Duas Companhias celebra o seu ano 10 com a montagem de A Dona da História. O texto de João Falcão, diretor, roteirista, dramaturgo e compositor pernambucano, se desenrola quando uma mulher resolve conversar com seu passado e às vezes propositadamente, às vezes surpreendida por ela mesma, vai reinventando sua caminhada. “Um dia eu tinha 20 anos e tudo o que queria era viver uma história…. eu queria um dia ter uma história pra contar…” Realismo fantástico compartilhando vidas… É difícil não se identificar com as viagens entre o passado, o presente e o futuro nessa reescritura constante que todos arriscamos em nossos passos diários. Com direção de Duda Maia, parceira de João Falcão no teatro por 12 anos e que há mais de 20 anos vive no Rio de Janeiro – mas que também tem raízes pernambucanas: os pais são daqui e a mãe ainda mora em Pernambuco, a estreia será agora em março, dia 13, quinta, no Teatro Apolo. O espetáculo tem incentivo do FUNCULTURA e ficará em cartaz de quinta a domingo, sempre às 20h, até o final do mês. Nos dias 15 e 16 de março, em parceria com a VouVer Acessibilidade, haverá tradução em LIBRAS e áudio-descrição. Em cena estarão as atrizes Lívia Falcão e Olga Ferrário.

Duda Maia, que por causa da peça está morando temporariamente outra vez no Recife, promete muita dança no palco, uma novidade que está literalmente mexendo com as atrizes. A diretora é formada pela Escola de Dança Angel Vianna (RJ), ex-bailarina da Lia Rodrigues Companhia de Dança e desde 1996 desenvolve trabalhos de preparação corporal e direção de movimento para teatro, além de direção e codireção de espetáculos, ao lado de nomes como o próprio João Falcão e Lucio Mauro Filho. O convite para que Duda assumisse a direção de A Dona da História veio depois da experiência vivida em 2012, quando junto com a Duas Companhias ela trabalhou a direção da leitura do mesmo texto no Centro Cultural Correios, durante a temporada do projeto Que Maravilha! Ciclo de Leituras do Teatro Pernambucano.
“Eu começo sempre pelo movimento. Começo a marcar o espaço, o deslocamento dos corpos, a composição com o vestido que ficou como uma extensão do corpo delas. Tudo antes da fala”, revela a coreógrafa. Não haverá cenário. A luz de Luciana Raposo, a música de Beto Lemos e os corpos de Lívia Falcão e Olga Ferrário é que vão dialogando com o texto no desenho do espaço cênico, criando delicadezas que fecundam a imaginação. O figurino, assinado por Fabiana Pirro, é outro elemento que se torna vital na encenação proposta por Duda Maia. Do início ao fim do espetáculo, os vestidos compõem, juntos ou separados, uma multiplicidade de seres e objetos; se transformam em flores, em rua, em outras pessoas, em cigarro ou em pedaço de pau jogado numa marcante brincadeira para o cachorro Rex da infância… ou seria Fox o nome do bichinho???

A Dona da História é uma brincadeira com o tempo, uma mulher que é a mesma e é outra, uma mulher de 20 repleta de presente e futuro na construção de um novo passado e outra, que é a mesma, de 50, repleta de presente e passado, na esperança de vivenciar um novo futuro. Ou seria o contrário? Futuro e passado se encontram no presente-presença de corpos que trazem em si todos os tempos do mundo… E muitas vozes.

Livia Falcão e Olga Ferrário, mãe e filha na vida real, encarnam na cena, respectivamente, a mais velha e a mais jovem, num texto bem-humorado que nos leva a uma reflexão sobre o tempo e seus contratempos. “Eu tenho muita saudade dos textos de João, porque marcaram muito o início da minha carreira. Depois do projeto Que Maravilha! eu fiquei pensando que seria lindo trazer e montar A Dona da História aqui e com Olga então! Eu já havia dirigido Olga, mas até a leitura desse texto, que aconteceu em 2012, nunca contracenamos antes. Agora estamos juntas no espetáculo. Quando olho para ela eu realmente me vejo mais nova. É muito bom!”, diz Lívia Falcão.

Para a realização de toda a preparação e ensaios até a estreia a equipe conta com o apoio da Folha de Pernambuco, Rede Globo Nordeste, Sádhana Núcleo Cultural de Yoga, Bistrô Bonfim, Clínica UP, Gráfica do Parque, Muzak, Revista Continente, O Vegetariano, Parraxaxá, Espaço 560, Centro Apolo Hermilo, e Vouver Acessibilidade.

Duas Companhias – A Duas Companhias é uma das maiores referências do teatro pernambucano. Gestada e criada pelas atrizes Lívia Falcão e Fabiana Pirro, hoje agrega mais de 30 pessoas entre artistas, parceiros e técnicos. O nascimento da Duas Companhias, em 2003, partiu da vontade que Lívia e Fabiana compartilhavam de falar do seu lugar de origem, investigar sua cultura, mergulhar nas suas raízes. De 2004 a 2010, elas realizaram as montagens de Caetana, com texto e direção de Moncho Rodriguez (espetáculo visto por mais de 100 mil espectadores no Brasil e na Europa e que permanece em cartaz até hoje), e A Árvore de Júlia, com direção de Lívia Falcão; lançaram o livro “Uma história do teatro pernambucano daqui pr’ali e de lá pra cá” e o documentário “Caetana o Filme”; produziram oficinas e ciclos de leituras dramatizadas; e viajaram pelo Brasil e pela Europa com o repertório da Companhia. Em 2011, com o elenco e o time de produção reforçados, a Duas Companhias realizou o pioneiro projeto “Formação de Mulheres Palhaças em PE” e o “Que Comédia! Ciclo de Leituras da Commedia Dell’Arte” e estreou mais um espetáculo, Divinas. Em 2012, a companhia comemorou oito anos de vida e trabalho com Caetana e Divinas na estrada, e o nascimento do musical Caxuxa com o elenco jovem da trupe. Em 2013 Caetana e Divinas seguiram viagem, circulando por mais de 50 cidades no Projeto Palco Giratório, do SESC.

Serviço:

A Dona da História
No Teatro Apolo
De quinta a domingo, de 13 a 30 de março
Dias 15 e 16 – com tradução em libras e áudio-descrição
Horário: 20h

Ingressos:
Quintas – R$ 8,00 (preço promocional para todo o público)
Sexta a Domingo – R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)

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