‘Curadores somos todos nós!’, por Adrianna Marroquim
Chegamos num momento do tempo em que várias das coisas que aprendemos, estudamos e aceitamos como certas estão se despedindo lindamente daquilo que chamamos de verdade.
O nosso corpo se abre para sua sabedoria intrínseca bem neste instante mágico. E nossos amigos pleiadianos nos presenteiam com informações valiosas. Segundo eles, o nosso corpo é um planeta por si só. É um universo mágico de fluxos e movimentos que obedecem uma intenção maior. E como tudo na natureza, sua função primeira é comunicar.
Para os pleiadianos, a única coisa real dentro do corpo é a nossa pineal. Todo o resto é uma representação daquilo que pensamos ser. E o que pensamos, pode ser mudado numa fração de segundos. Para nossa sorte, toda a vida é muito favorável a nós. E, mesmo escutando alguém dizer: “pensar assim é muito difícil,vai levar muito tempo para que todo mundo entenda desse jeito”, acredito ser mais difícil nadar contra a correnteza da harmonia da vida, coisa que estamos fazendo há um tempão.
Diante do derreter dessas verdades até então incontestáveis, surge a figura do curador. E logo surge nas nossas cabeças a ideia de alguém que mora no cume de uma montanha e que, para acessá-lo, devemos viajar três dias no lombo de um jumento cantando mantra. Ao chegar, encontramos alguém que nunca tomou um banho e que está mais fora da realidade do que bunda de índio e que só come raiz e folha seca, o que se pode observar por entre seus dentes. Para o nosso ego, está tudo certo. Quanto mais estranha a figura do curador mais poderoso ele é. Ele,cheio de rituais e de si mesmo, faz salamaleques no ar, fala palavras incompreensíveis e depois te manda embora. Você desce a montanha. Talvez converse um pouco com o jumento. Ou talvez sua alma caia na gargalhada.
A nossa alma sabe onde mora, de verdade, o curador. Então, você chega em casa e se olha no espelho. E se depara com um.
Curadores somos todos nós! Quando nos despedimos dos nossos saberes obsoletos e egóicos, quando nos abraçamos com o nosso “não saber”, temos acesso a reconexão com a energia primeira.
O curador é um que não sabe e nem quer saber. Ele brinca com as energias e sente seu próprio corpo enquanto traz o outro para sua alegria. Ele observa,enquanto se diverte,as energias movendo-se de uma mão a outra, se esticando e se contraindo,num bailado ritmado e tranquilo. Aquilo que estiver entre suas mãos,no meio dessa dança cósmica,se torna nada. Ou seja tudo. Fazendo parte do tudo onde todos estamos mergulhados. E é nessa entrega onde pode ser feito o acordo,entre os seres e o universo,que todos nós chamamos de cura.
Então, que as nossas mãos se percam no mistério que é a vida,numa reverência sem fim e tragam a criança que são enquanto tocam quem quer que seja…porque somos todos simples e belos.
Muito grata! Amo muito todos vocês!
* Adrianna Marroquim é arteterapeuta, terapeuta Floral e facilitadora de oficinas de Mandalas. Escreve quinzenalmente para o Portal Flores no Ar, na coluna NOVA ERA. Contato: fada_drica@hotmail.com
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