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Coletivo Lugar Comum compartilha dança e poesia com o público numa série de 10 apresentações gratuitas

Foto: Ailce Moreira
Foto: Ailce Moreira

O espetáculo Corpos Compartilhados, do Coletivo Lugar Comum, inicia uma série de 10 apresentações gratuitas pelo Recife e Região Metropolitana em espaços alternativos. As primeiras encenações dentro do projeto, aprovado pelo FUNCULTURA, acontecem nesta quinta (25/04) e sexta (26/04), às 19h, na Associação Comunitária da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes. São ao todo quatro solos que propõem uma maior aproximação entre o público e os corpos dos bailarinos, todos utilizando a poesia como parte da criação e inspiração dos movimentos: Topografias do Feminino, de Liana Gesteira; OSSevaO, de Silvia Góes; Valsa.me, de Cyro Morais e Pé de Saudade, de Maria Agrelli. Corpos Compartilhados será encenado também em Olinda, Cabo, Camaragibe, Recife e São Lourenço da Mata.

A circulação continua em maio, dias 08 e 10, às 19h30, na Escola Municipal José Collier, em Camaragibe. Dias 09 e 24 de maio tem apresentações no Recife, dentro da programação do Festival Palco Giratório, em parceria com o SESC, sempre às 18h, no pátio do Centro Apolo-Hermilo, ambas com recurso de audiodescrição. Dia 09 o público poderá conferir as performances Valsa.me e Topografias do Feminino e no dia 24 de maio, OSSevaO e Pé de Saudade.

Ainda em parceria com o Festival Palco Giratório, o Coletivo Lugar Comum vai promover duas oficinas: Corpo e Voz (dias 02 e 03 de maio, das 14h às 17h) e Corpo e Poesia (dias 16 e 17 de maio, das 14h às 17h). As oficinas, direcionadas a pessoas com e sem deficiência visual, também contarão com recursos de audiodescrição e serão realizadas na sala de dança do Instituto dos Cegos. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo telefone: 81.9606.7758 ou através do site www.coletivolugarcomum.com.

O trabalho de consultoria e desenvolvimento do projeto de acessibilidade é da VouVer, da atriz Andreza Nóbrega e da psicóloga Liliana Tavares, ambas consultoras em acessibilidade e audiodescritoras. “LEVE, que também é um espetáculo do Coletivo Lugar Comum, foi o primeiro espetáculo de dança em Pernambuco a contar com o recurso da audiodescrição, durante uma das apresentações do Palco Giratório, em 2010. Depois o mesmo LEVE foi o primeiro a realizar uma temporada inteira com esse pensamento que integra a arte e a acessibilidade comunicacional com audiodescrição na concepção de cada uma das sessões. Agora é a vez do Corpos Compartolhados”, diz Andreza Nóbrega. Ela diz que em teatro já há mais iniciativas, mas em dança ainda são poucos os grupos que se concentram no debate. “Mas tudo isso vai mudando aos poucos. A orientação sobre a importância da acessibilidade ressaltada nos próprios editais, como é o caso do FUNCULTURA, tem feito os coletivos e artistas planejarem seus espetáculos com essa prioridade”, completa Liliana Tavares.

“A audiodescrição em dança tem que dançar com o corpo na cena, porque é movimento”, destaca Andreza com o brilho nos olhos de quem fala com paixão sobre a sua luta e suas conquistas. Para Liliana “é um processo muito rico. Cada obra é nova, cada trabalho é único, seja teatro, ópera, dança, cada espetáculo é único”.

Corpos Compartilhados é composto de quatro solos de dança contemporânea criados por artistas do Coletivo Lugar Comum a partir de um pensamento de performance. Os trabalhos são Topografias do Feminino, de Liana Gesteira, sobre o corpo-território da mulher, com seus significados, sensações e simbologias; OSSevaO (expressão de O Avesso espelhado) , de Silvia Góes, poetizando sons e lapidando letras num corpo-palavra que se mostra no desnudamento do seu avesso; Valsa.me, de Cyro Morais, um convite para a dança de um corpo que traz marcas de diferentes amores vivenciados; e Pé de Saudade, de Maria Agrelli, que compartilha com o público a sensação da saudade como parte inextricável do próprio corpo. Todos têm em comum a proposta de discutir em seus corpos memórias e vivências de outros.

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