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Cineclubes homenageiam Xangô, dia 12/06, no Xinxim da Baiana

Cartaz sessão Fazendo Milagres e Bamako

Em junho, o Fazendo Milagres Cineclube e o Cineclube Bamako juntam forças e pedem licença para homenagear o “Rei Xangô”, orixá do trovão e da justiça, em sessão extraordinária no Xinxim da Baiana, próxima quarta, 12 de junho. O lugar, com seu dendê e Axé, é mais do que apropriado, já que nosso tema é o “Rei Xangô”, orixá que dá nome ao culto afrodescendente em Pernambuco.

Em tempos de festejos para São João, santo católico que sincretiza Xangô, e mais ainda, nesses tempos de lutas sociais no Brasil por políticas de reparação ao povo negro e contra o racismo, a sessão pretende aguçar a discussão sobre ancestralidade, herança afriacana e a simbologia do culto ao orixá.

Assim, a noite terá início às 19 horas com apreciação de comidas do orixá num banquete promovido por Aguinaldo Junior, do Ilê Axé Talabi, Arthur Lundgren, Paulista, que também estará acrescentando conhecimentos ao nosso debate cineclubista. Logo após, terá início a sessão, com a exibição de 05 produções. O debate também será enriquecido com as contribuições de Ciani Neves, professora de direito da Focca, e de Mauro Delê, educador social e percussionista, que tocará para o público toques para Xangô após a troda de ideias entre o público e convidados.

As produções exibidas serão as seguintes:

Xangô – Ilê Asé la Atara Magba (videoclipe, 4’44”)
Trata-se de um ritual que chamado Guerra do fogo, de disputa entre Xango e Iansã. Filmado em Santa Cruz da Serra, Rio de Janeiro.

Mãe de Santo – Xangô (minissérie, 28’36”)
Ialorixá, através de seu terreiro, conduz várias histórias baianas. Minissérie com pouca repercussão exibida na Manchete em 1990 composta por 16 capítulos, cada um com uma história sobre os ritos lendários do candomblé.

Xangô Nação Xambá (doc, 11’09”)
Filhos de santo do Terreiro Santa Bárbara – Ilê Axé Oyá Meguê, falam sobre o culto do candomblé, denominado xangô no Estado de Pernambuco, e sobre as peculiaridades da Nação Xambá, tradição religiosa mantida por essa casa.

São João, Xangô Menino – Doces Bárbaros (videoclipe, 4’33”)
Trecho do filme de Jom Tob Azulay, de 1977, sobre os Doces Bárbaros, formado por Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Gal Costa para comemorar os 10 anos de carreiras individuais. O grupo pode ser descrito como uma típica banda hippie dos anos 70, mas sua característica marcante é a brasilidade e o regionalismo baiano, naturalidade de todos os integrantes.

O poder do machado de Xangô (programa de TV, 44’27”)
Uma viagem antropológica da Bahia à África, através dos olhos de Balbino, um filho de Xangô que procura reinterpretar seu passado. A produção realizada, por uma emissora de tv francesa, foi exibida no programa Globo Repórter Pesquisa, na década de 70.

O milagre é a resistência. Viva o Rei Xangô, Kao Kabecile!

Fazendo Milagres Cineclube e Cineclube Bamako
12 de junho
19h
Xinxim da Baiana – Olinda
Aberto ao público

XANGÔ, por Aguinaldo Júnior (Ilé Àse Tàlàbí)
Xangô, divindade que simboliza a força ancestral do Fogo, dominante dos trovões que castiga os malfeitores. Quarto Alafin Oyó, senhor do palácio real. Orixá da quentura, a quem devemos total obediência, como nos transmitem os mais velhos. Comilão por natureza, em muitas de suas Àdúrà (rezas), o alimento apresenta-se como símbolo de fartura, prosperidade e poder. Uma das comidas votivas ofertadas a Xangô na tradição Nagô do Ilé Àse Tàlàbí em virtude do seu Ciclo Ritual e Festivo é o Gbègírí, sopa feita à base de Ilá (quiabos), ao qual o uso em abundância do Epo Púpà (azeite de dendê) e da Ata (pimenta) são de bom agrado. A tradição nos ensina que, ao comermos o Gbègírí, estamos recebendo a força da própria divindade, recebendo em nosso corpo o Fogo que purifica a alma e nos transmite oÀse (força vital). Que possamos, então, por muitos anos compartilhar da força deste grande Orixá.




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