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[ARTIGO] Reiki e Cuidados Paliativos

| Por Roberta Machado * |

Para uma pessoa que vem de uma família longeva não é de se estranhar que as experiências de vida e morte se misturem, numa dança dual da existência. Meu pai viveu até os 98 anos, minha mãe tem, atualmente, 94. Aprendi com ambos que o melhor da vida é viver um dia de cada vez, como se fosse o último e aproveitá-lo com gratidão e da melhor forma possível. Aprendi com eles também que as duas maiores conquistas do ser humano são a saúde e o bem-estar; a primeira, cultivada diariamente através de hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos e boa alimentação e, a segunda, por meio da busca constante do autoconhecimento e de ferramentas de autocuidado que possam ser úteis nessa trajetória, como o Reiki, por exemplo, que chegou em minha vida no ano de 2001 como um presente do Universo e me acompanha até hoje.

Quando já era mestra em Reiki, vivi uma experiência que me marcou muito. Estava fazendo uma visita em uma casa de saúde, quando percebi no corredor daquele estabelecimento uma certa agitação e um som alto que vinha de uma das enfermarias. Quando me aproximei, observei um senhor que aparentava estar agonizando. Identifiquei-me junto à equipe que o assistia e perguntei se poderia ajudar. Com a devida autorização, iniciei uma aplicação de Reiki e percebi que logo os gemidos foram cessando e, pouco a pouco, sua respiração foi ficando cada vez mais tranquila, até que adormeceu profundamente, fato que causou surpresa às pessoas que estavam ao redor. Mesmo tendo sido informada de que se tratava de um “doente terminal, em cuidados paliativos, e que talvez não passasse daquela noite”, perguntei se poderia retornar no dia seguinte para fazer mais uma aplicação de Reiki, ouvindo um sim como resposta.

No dia seguinte, retornei ao local e soube que ele havia dormido a noite toda, tranquilo e serenamente. De fato, parecia outra pessoa, dormindo e em paz. Fiz mais uma aplicação de Reiki e depois procurei detalhes de sua história. Soube que ele era do interior, mas que não se tinha notícia do paradeiro de sua família. Saí de lá imaginando o quanto estaria sendo difícil para ele chegar àquele momento sozinho, sem os seus, quantas histórias mal resolvidas não teriam ficado para trás, quem sabe… quantas turbulências mentais não o estariam atormentando quando o vi pela primeira vez…

No terceiro dia, quando cheguei à enfermaria, ele não estava mais lá; havia retornado ao mundo espiritual, em paz, conforme tive notícia. Fiquei muito grata ao Universo por me ter dado a oportunidade de ser um instrumento de seu infinito amor nos últimos dias daquele ser aqui na Terra. Aprendi, com a experiência, o valor dois cuidados paliativos prestados por aquela equipe tão atenciosa, que não é necessário agonizar para morrer, como se vê nos filmes, e que, quando se pensar que nada mais pode ser feito em benefício de alguém, sempre haverá o que se fazer com o Reiki.

* Roberta Machado é terapeuta, mestra em Reiki e integrante do Instituto Dois Sóis Reiki.

CONTATOS
E-mail: robertarkmachado@gmail.com
Instagram: @doissoisreiki

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