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V Janela Internacional de Cinema do Recife acontece até 18 de Novembro

 

Pelo terceiro ano consecutivo, o Janela Internacional de Cinema do Recife, de 9 a 18 de Novembro, trará ao público uma seleção sensacional de clássicos do cinema, este ano com a alegria de comemorar os 60 anos da mais bela sala de projeção do Brasil, o Cine São Luiz, no Recife. Depois das espetaculares sessões lotadas da Retrospectiva Stanley Kubrick, ano passado, a seleção “Clássicos do Janela” – um dos carros chefe da programação – esse ano é composta por filmes obrigatórios como Lawrence da Arábia, de David Lean, Tubarão, de Steven Spielberg, Taxi Driver, de Martin Scorsese, O Leopardo, de Luchinno Visconti, e Psicose, de Alfred Hitchcock, em cópias novas cintilantes, exibidos em DCP, no São Luiz. Os mais jovens verão pela primeira vez na tela grande filmes essenciais, e os mais velhos irão redescobrir os filmes com qualidade de projeção extraordinária, uma das marcas do Janela.

O Janela Internacional de Cinema do Recife chega à sua quinta edição consolidado como uma das mais importantes mostras do país e atual vitrine curatorial do cinema de autor. Com a restauração do Cine São Luiz pelo Governo de Pernambuco em 2009, o cinema da Rua da Aurora passou a fazer parte da programação do Janela em 2010.

“Foi o majestoso Cinema São Luiz, no centro da cidade, que inspirou os que fazem o Janela Internacional de Cinema do Recife a abrir um espaço, agora cativo no festival, para exibir grandes clássicos do cinema. Acreditamos que, além de mostrar e discutir o que há de mais novo na produção audiovisual, um festival também deve olhar com muito amor para o passado”, aponta o cineasta e diretor artístico do festival, Kleber Mendonça Filho.

“A história dessa sala, a atmosfera única de cinema antigo e seu porte impressionante e raro hoje em dia sempre nos pareceu sugerir a programação de clássicos como parte importante da nossa programação”, diz o diretor do festival.
Em 2010, o Janela apresentou a trilogia dos dólares de Sergio Leone, em cópias 35mm trazidas da Austrália e Itália. Com as sessões inesquecíveis (e lotadas) de 2001 – Uma Odisséia no Espaço, Laranja Mecânica e O Iluminado na retrospectiva completa de Stanley Kubrick em 2011, projetados em 35mm e DCP, esse ano o desafio era trazer algo que honrasse a paixão do festival de preencher a tela do São Luiz e também encher a sala de 1000 lugares. Todos os filmes serão projetados em cópias trazidas do exterior.

Confira aqui a programação!

De 9 a 18 de novembro

Cine São Luiz >> Rua da Aurora, 175, Boa Vista. Fone: 3184.3157 | Ingressos: R$ 4 e R$ 2

Cinema da Fundação >> Rua Henrique Dias, 609, Derby. Fone: 3073.6767 | Ingressos: R$ 8 e R$ 4

 

60 anos do São Luiz
A seleção 2012 escolhida para comemorar os 60 anos do São Luiz atende a um principal critério: o entusiasmo de trazer para o São Luiz filmes essenciais que as novas gerações nunca tiveram a oportunidade de ver no cinema. Alguns deles estão em turnê mundial por festivais de cinema esse ano e celebram datas importantes, outros tiveram suas restaurações finalizadas há alguns meses. Uma parte ainda representa o desejo dos organizadores do Janela no sentido de programá-los em sessões que serão lembradas por cinéfilos do Recife e de todo o Brasil.

LAWRENCE DA ARÁBIA (Ing/EUA, 1962, Lawrence of Arabia), de David Lean – Projeção especial de 50 anos. Reflexão de proporções épicas sobre o militar britânico de personalidade peculiar e suas andanças espectaculares nas Arábias. Um dos grandes clássicos da Tela Grande, recentemente restaurado e nunca visto antes com tamanha clareza. Para comemorar os 50o. aniversário do épico de David Lean, a Sony/Columbia Pictures restaurou os negativos 65mm do filme para uma nova versão cintilante com tecnologia 4K. Essa versão estreou no Festival de Cannes, esse ano. Exibido em DCP.

PSICOSE (EUA, 1960, Psycho), de Alfred Hitchcock. O mestre do suspense enriqueceu o vocabulário do medo e do terror com esse thriller que inspirou 1000 outros filmes. Secretária rouba 40 mil dólares para se casar. Durante a fuga, vai parar num velho motel onde é atendida pelo jovem dono, Norman Bates. Clássico hitchcockiano dispensa maiores apresentações. Cópia restaurada, exibido em DCP.

O LEOPARDO (1963, Il Gattopardo), de Luchino Visconti – Sicília, durante o período do “Risorgimento”, o conturbado processo de unificação italiana. O príncipe Don Fabrizio Salina (Burt Lancaster) testemunha a decadência da nobreza e a ascensão da burguesia. Suntuoso, grandiloquente e intimista, as cores são espectaculares. Cópia restaurada 2011. Exibido em DCP.

RASTROS DE ÓDIO (EUA, 1956, The Searchers), de John Ford. Veterano do exército confederado tem sua vida transformada ao ver a família massacrada e a sobrinha raptada por Comanches. O Western por excelência, clássico absoluto que une as imagens de John Ford ao rosto de John Wayne. Exibido em DCP.

A NOVIÇA REBELDE (EUA, 1966, The Sound of Music), de Robert Wise. Na Áustria dos anos 30, uma noviça que não consegue seguir as rígidas normas do convento, vai trabalhar como governanta na casa do capitão Von Trapp, que tem sete filhos. Sucesso popular sem precedentes teve carreira de meses no Cinema São Luiz, no ano de 1966. Em DCP.

TUBARÃO (EUA, 1975, Jaws), de Steven Spielberg. Em comemoração aos 100 anos do estúdio Universal. Um grande tubarão branco começa a comer os turistas na praia de Amity. O xerife local pede ajuda a um ictiologista e a um velho pescador para caçar o animal. Outro exemplar sensacional do entretenimento bem filmado, atuado e montado, clássico do medo e do suspense e um dos grandes filmes de Spielberg. Exibição especial em cópia restaurada 4K que estreou esse ano no Festival de Cannes. DCP.

O SACRIFÍCIO (Suécia, 1986, Offret), de Andrey Tarkovsky. Para celebrar os 80 anos de Andrei Trakovsky, uma sessão especial de O Sacrifício, o filme de adeus desse grande poeta do cinema. Às vésperas da III Guerra Mundial, um homem acha uma forma de evitar o fim do mundo fazendo, ele mesmo, um sacrifício. Exibido em 35mm, cópia sueca.

VELUDO AZUL (EUA, 1986, Blue Velvet), de David Lynch. Um jovem descobre aos poucos a existência de um submundo sinistro na sua idílica cidade do meio-oeste americano. David Lynch e seu mundo fascinante, num thriller também sem igual nos registros de cinema. Exibido em 35mm.

O ENIGMA DO OUTRO MUNDO (EUA, 1982, The Thing), de John Carpenter. 30 anos atrás, a melhor safra do cinema fantástico foi lançada no verão americano de 1982, com filmes marcantes no gênero como Blade Runner, Tron, Videodrome, E.T., Mad Max 2, Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan, Poltergeist e O Enigma do Outro Mundo. Destacamos esse último, talvez o menos visto, e um dos grandes filmes de John Carpenter. Um grupo de cientistas trabalha numa estação na Antártica e descobre restos alienígenas na neve. Descongelada, a criatura mutante descarrega sua fúria, espalhando o terror e tornando-se cada um deles. Um dos grandes filmes de horror do cinema, visto na tela grande a experiência é sem igual. Exibido em DCP.

TAXI DRIVER (EUA, 1975), de Martin Scorsese. Travis Bickle, um veterano da guerra do Vietnã, é taxista nas noites de Nova Iorque. Numa mistura de revolta e impotência, compra quatro armas e parte numa cruzada violenta pela cidade. Palma de Ouro em Cannes, Taxi Driver é um desses filmes míticos sobre viver numa cidade, e assinatura eterna de Scorsese, De Niro e do roteirista Paul Schrader. Exibido em DCP.

A SALA – O São Luiz, inaugurado em 1952 pela família Severiano Ribeiro, foi comprado e restaurado pelo Governo de Pernambuco após o encerramento de suas atividades como sala comercial, em 2006. Situado às margens do Rio Capibaribe e na cabeceira da Ponte Duarte Coelho, o São Luiz tornou-se o mais emblemático cinema do Recife. Verdadeiro palácio, tem rica concepção artística e arquitetônica, com seus vitrais laterais emoldurando a tela grande. Persiste como história viva da cidade, sendo um dos últimos cinemas de rua do país.

DESIGN 2012 DO JANELA HOMENAGEIA O FOTÓGRAFO ALCIR LACERDA
A Avenida Agamenon Magalhães no Recife fotografada por ALCIR LACERDA nos anos 1970 é a arte do Janela Internacional de Cinema do Recife este ano. Nossa homenagem a esse grande artista, falecido recentemente, que retratou durante décadas uma cidade que está em constante mutação. Agradecimento muito especial a Betty Lacerda, Clara Moreira e Mariana Lacerda.

Pernambucano de São Lourenço da Mata, Alcir Lacerda teve uma vida dedicada à fotografia, tornando-se famoso por suas fotos em preto e branco. Trabalhou no Jornal do Commercio, Diario de Pernambuco, Estado de São Paulo, além de revistas como Manchete, Fatos e Fotos, Cruzeiro, Veja e Placar. Em 1973, recebeu o Prêmio Revista Realidade da Editora Abril. Em 1976, o do 1º Salão de Fotografias de Pernambuco. Em 2004, a exposição retrospectiva Alcir Lacerda – fotografias inaugurou, na Torre Malakoff, sala destinada a exposições fotográficas com seu nome. No mesmo ano, a Prefeitura da Cidade do Recife outorgou-lhe o Troféu Cultural da Cidade do Recife. EM 2005, suas fotos foram incluídas na prestigiosa Coleção Pirelli do Museu de Arte de São Paulo. Faleceu no dia 10 de setembro, aos 85 anos, vítima de infarto, deixando esposa, quatro filhos, 11 netos e sete bisnetos.

SOBRE O JANELA
O Janela Internacional é promovido pela CinemaScópio Produções Cinematográficas e Artísticas e ocupa o Cinema São Luiz e o Cinema da Fundação (Fundaj Derby). O festival conta com patrocínio do Governo de Pernambuco (Edital do Audiovisual – Funcultura, da Fundação do Patrimônio, Histórico e Artístico de Pernambuco).
Com uma programação com obras raras e/ou inéditas, a mostra é reconhecida pela sua curadoria apurada. A cada edição, cerca de 750 cineastas inscrevem seus filmes para exibir no Janela. A média de espectadores ultrapassou a marca de 10 mil pessoas.

O Janela trouxe em 2011 mais de 40 cineastas de diversos estados do Brasil e vários realizadores e convidados de fora do País, com destaque para as curadoras Agnes Wildenstein, do Festival de Locarno (Suíça), e Eva Morsch Kihn, do Festival de Cinema
Latinoamericano de Toulouse (França). A mostra exibe todos os anos cerca de 150 filmes brasileiros e estrangeiros divididos entre mostras competitivas de curtas, longas e sessões especiais, com seleções de acordo com temas discutidos no festival unidas a debates e mesas redondas, estimulando o diálogo entre realizadores.




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