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[SEXO, AMOR E TERAPIA] O que é ser sexy?

Foto: Arquivo Pessoal/ Auriana Michele

| Por Auriana Michele*|

Na nossa sociedade é muito comum as pessoas acreditarem que ser sexy tem a ver com corpos construídos em academia e rostinhos socialmente bonitos, mas não tem absolutamente nada a ver. Ser sexy tem a ver com segurança, autoaceitação e autoestima nas nuvens.

Você já se deparou com alguém totalmente fora dos padrões sociais, porém extremamente sexy? E aí vem aquela pergunta: o que é que essa pessoa tem? É simples. É uma pessoa que se aceita como ela é, que tem consciência das suas qualidades e, consequentemente, do seu valor; que disse não a um padrão que tentam lhe empurrar goela abaixo.

Há a imposição de um padrão único de beleza e geralmente as pessoas que destoam desse padrão se sentem inseguras, sobretudo as mulheres.

Essa ditadura da beleza é tão forte que até mesmo mulheres que aparentemente se encaixam nos padrões sociais têm algum tipo de insegurança com seu corpo. Existem muitas mulheres que mesmo socialmente bonitas, com corpos que “passam no controle de qualidade de regulação dos corpos”, têm vergonha de tirar a roupa na frente da sua parceria, fruto de suas inseguranças. Claro que nesses casos, além da influência dessa ditadura de um padrão de beleza, existe também o tabu acerca da nudez humana (é preciso olhar a nudez com naturalidade em vez de erotizá-la o tempo todo).

Ter uma autoestima elevada não significa necessariamente que você não quer mudar nada, mas que tem uma relação ‘de boinha’ com o que você quer mudar, e paciência para vivenciar o processo de mudança. Até porque as construções sociais de como devemos ser e agir são arraigadas em nós e por mais que sejamos seres em desconstrução, com uma autoestima nas nuvens, nosso conceito de beleza tem resquícios de influência desses construtos sociais.

Tenho estrias (a maioria das mulheres têm), tenho celulites (quase 100% das mulheres têm, num nível maior ou menor), meus “peitchus” já não são como antes, meu buchinho insiste em fazer parte do meu ser (mesmo eu passando em média de 1h a 2h diárias na academia, religiosamente) e, mesmo assim, eu tenho cada dia menos neuras com isso.

E desconstruir essas neuras é fácil? Não, não é. Até porque isso é arraigado na gente desde o início da nossa existência. É um exercício constante e nada fácil, mas necessário.

Quando entendemos que somos seres ímpares (em todos os sentidos), que beleza é algo subjetivo e por isso não pode haver um padrão único, passamos a nos olhar com mais generosidade.

Desprenda-se desses padrões, aceite-se do jeitinho que você é. Tudo bem se você quiser mudar algo pra ficar mais confortável com o SEU conceito de beleza. Só não deixe de se amar no AGORA e durante o processo. E que as mudanças sejam POR VOCÊ, PRA VOCÊ e não para se encaixar nos padrões. Liberte-se desses padrões que tentam nos impor.

*Auriana Michele é sexóloga, terapeuta Tântrica Clínica (Método Mahadevi) e psicanalista em formação.
Instagram: @sexologa_auri

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