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Júpiter entra em Libra

Por Haroldo Barros
(http://haroldobarros.wordpress.com)

O planeta Júpiter entra no signo de Libra, indicando o início de novos ciclos de impulsos em busca da harmonia e equilíbrio.

Segundo a Mitologia Grega, Júpiter é associado a Zeus, o incontestável soberano de todos os deuses e homens, o senhor absoluto e o mais poderoso de todos os imortais. Representa a ordem final do Universo, após o Caos inicial e as sucessivas lutas pelo poder.

É famosa a passagem mitológica em que, após as lutas pelo domínio do Universo, Júpiter divide entre ele e os dois irmãos (Netuno e Plutão) os cinco reinos cósmicos, da seguinte forma: Plutão ficaria com os Infernos, Netuno ficaria com os Mares e ele ficaria “apenas” com o Céu, a Terra e o Olimpo.

Como diz o velho ditado, manda quem pode, obedece quem tem juízo…

Astrologicamente, Júpiter está associado à filosofia e à sabedoria. É um grande expansor e ampliador de tudo o que toca.

O planeta Júpiter tem um período de revolução de aproximadamente 12 anos, ou seja, esse é o tempo que ele leva para dar um giro completo ao redor do Zodíaco.

A cada 12 anos, portanto, Júpiter passa por todo o Zodíaco, amplificando e expandindo (pois essa é a sua função simbólica) os significados do signo por onde estiver transitando. Durante aproximadamente um ano, que é o tempo que ele fica em cada signo, as regências e assuntos relacionados àquele signo são ampliados e realçados, dando ao mundo um colorido particularmente marcado pelos matizes daquela constelação zodiacal.

Agora, Júpiter, continuando seu eterno caminho entre as estrelas, ingressa no signo de Libra, ampliando as questões ligadas ao social, trazendo uma nova onda de harmonia e equilíbrio, aumentando as chances de sucesso em negociações diplomáticas, favorecendo os processos de associação e parcerias.

E, como tudo o que entra em Libra é colocado na Balança, inaugura-se uma nova fase de julgamento das instituições.

Sopesadas na incorruptível Balança de Astreia, as instituições detentoras do poder institucional se vêem julgadas e confrontadas com as reais necessidades daqueles sobre quem esse poder é exercido e mesmo em nome de quem é exercido.

Libra mostra que o poder só é válido se utilizado com sabedoria. E os regentes desse signo, Vênus e Saturno, nos dizem que o poder deve ser fonte de felicidade, desde que exercido com amor e compaixão e efetivado sobre as sólidas bases da Lei e da Justiça.

Ilustrativamente, podemos citar alguns episódios da História, ao longo do Século XX.

Em 1945, com Júpiter em Libra: no Brasil, o ditador Getúlio Vargas é deposto e chega ao fim o Estado Novo. Na Europa, o Tribunal de Nuremberg julga e pune os líderes nazistas da II Guerra Mundial.

Em 1980, com Júpiter em Libra: no Brasil, o presidente João Baptista de Figueiredo restabelece as eleições diretas para governador. Na Europa, o Sindicato Solidariedade é reconhecido pelo governo polonês.

Em 1992, com Júpiter em Libra: Fernando Collor, primeiro presidente brasileiro a sofrer um processo de impeachment, renuncia ao mandato.

Agora, Júpiter retorna a Libra para nos lembrar que precisamos sempre recolocar na Balança os atos dos poderosos e daqueles que detêm o poder. Mas não fiquemos esperando acontecimentos mirabolantes ou espetaculares, com tais ou quais efeitos políticos. Mais importante do que isso é pesar, na justa Balança, a nossa sabedoria, o nosso poder interno, a nossa autoridade pessoal e nossa capacidade de alterar a realidade, pois, afinal, isso é que é, verdadeiramente, poder. E, enquanto durar esse ciclo, que esse julgamento nos conduza a um resgate da Sabedoria, ao lado de quem o poder deve sempre estar.

É válido lembrar que as próximas eleições municipais brasileiras já ocorrem sob a égide deste ciclo, convidando-nos a um maior discernimento e visão, ao optarmos por nossos candidatos.

Júpiter em Libra nos lembra, como diria Platão, que o mundo será um ótimo lugar para se viver, quando os filósofos forem conduzidos ao poder ou quando os reis se tornarem filósofos.

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