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Coletivo Lugar Comum leva dança e poesia ao público dias 24 e 25 de maio

Foto: Aldren Lincoln
Foto: Aldren Lincoln

O espetáculo Corpos Compartilhados, do Coletivo Lugar Comum, terá duas apresentações neste final de semana. Na sexta (24), às 18h, integra a programação do Festival Palco Giratório, com entrada gratuita e recursos de audiodescrição, no pátio do Centro Apolo-Hermilo. No sábado (25), às 19h, os solos/performances estarão no Mercado da Ribeira, em Olinda, também com acesso livre. O trabalho, composto de quatro solos, propõe uma maior aproximação entre o público e os corpos dos bailarinos utilizando a poesia como parte da criação e inspiração dos movimentos.

Corpos Comparitilhados iniciou o mês de maio com três apresentações, sendo duas delas em Camaragibe, na Escola Municipal José Collier, na Vila da Fábrica e uma no Recife. A da capital pernambucana foi a primeira dentro da programação do Festival Palco Giratório, em parceria com o SESC, dia 09, no pátio do Centro Apolo-Hermilo, com recursos de audiodescrição e em cena os bailarinos Cyro Morais, com Valsa.me e Liana Gesteira, com Topografias do Feminino. Nesta sexta, a segunda apresentação em parceria com o Palco Giratório, levará para a cena a bailarina Maria Agrelli, com Pé de Saudade e Silvia Góes, com OSSevaO. A agenda segue na próxima semana. Dia 29, às 19h, será no Teatro Barreto Jr do Cabo, na Rua Joaquim Nabuco, Centro. Dia 30 o espetáculo volta à Olinda, às 19h30, na Biblioteca Pública Municipal, na Praça do Carmo.

Corpos Compartilhados iniciou uma série de 10 apresentações gratuitas pelo Recife e Região Metropolitana em espaços alternativos no final de abril. As primeiras encenações dentro do projeto, aprovado pelo FUNCULTURA, aconteceram na Associação Comunitária da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes. São ao todo quatro solos que propõem uma maior aproximação entre o público e os corpos dos bailarinos, todos utilizando a poesia como parte da criação e inspiração dos movimentos. Corpos Compartilhados terá ainda mais uma apresentação no Recife e outra em São Lourenço da Mata.
O trabalho de consultoria e desenvolvimento do projeto de acessibilidade para desenvolvimento dos recursos de audiodescrição, aproximando Corpos Compartilhados também das pessoas com deficiência visual, é da VouVer, da atriz Andreza Nóbrega e da psicóloga Liliana Tavares, ambas consultoras em acessibilidade e audiodescritoras. “LEVE, que também é um espetáculo do Coletivo Lugar Comum, foi o primeiro espetáculo de dança em Pernambuco a contar com o recurso da audiodescrição, durante uma das apresentações do Palco Giratório, em 2010. Depois o mesmo LEVE foi o primeiro a realizar uma temporada inteira com esse pensamento que integra a arte e a acessibilidade comunicacional com audiodescrição na concepção de cada uma das sessões. Agora é a vez do Corpos Compartolhados”, diz Andreza Nóbrega. Ela diz que em teatro já há mais iniciativas, mas em dança ainda são poucos os grupos que se concentram no debate. “Mas tudo isso vai mudando aos poucos. A orientação sobre a importância da acessibilidade ressaltada nos próprios editais, como é o caso do FUNCULTURA, tem feito os coletivos e artistas planejarem seus espetáculos com essa prioridade”, completa Liliana Tavares.

“A audiodescrição em dança tem que dançar com o corpo na cena, porque é movimento”, destaca Andreza com o brilho nos olhos de quem fala com paixão sobre a sua luta e suas conquistas. Para Liliana “é um processo muito rico. Cada obra é nova, cada trabalho é único, seja teatro, ópera, dança, cada espetáculo é único”.

Corpos Compartilhados é composto de quatro solos de dança contemporânea criados por artistas do Coletivo Lugar Comum a partir de um pensamento de performance. Os trabalhos são Topografias do Feminino, de Liana Gesteira, sobre o corpo-território da mulher, com seus significados, sensações e simbologias; OSSevaO (expressão de O Avesso espelhado), de Silvia Góes, poetizando sons e lapidando letras num corpo-palavra que se mostra no desnudamento do seu avesso; Valsa.me, de Cyro Morais, um convite para a dança de um corpo que traz marcas de diferentes amores vivenciados; e Pé de Saudade, de Maria Agrelli, que compartilha com o público a sensação da saudade como parte inextricável do próprio corpo. Todos têm em comum a proposta de discutir em seus corpos memórias e vivências de outros.




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