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[CANTO DE LU] A importância do autoconhecimento, da expressão criativa e do autocuidado no tratamento do câncer

| Por Lu Rabelo* |
(texto escrito em outubro de 2015)

Ilustração que Silvana recebeu de uma médium durante o tratamento

Foi numa madrugada do final de 2002 que minha irmã Silvana, na época com 37 anos, me encontrou na cozinha da casa de nossos pais e me contou que num exame havia encontrado um nódulo em um dos seios. Naquele momento um sentimento estranho me tomou, mas demonstrei tranquilidade e nossa conversa rumou para questões espirituais. Curiosamente, na nossa família ela era a única chegada ao Espiritismo de Kardec.

Nos dois anos seguintes nossa família vivenciou uma história de luta e tristeza. Foi confirmado que ela estava com um tumor maligno no seio direito, já atingindo alguns gânglios das axilas. O oncologista que a acompanhou indicou cirurgia para que ela retirasse um quadrante do seio, onde se localizava o tumor. Após a cirurgia, vieram as sessões de quimioterapia e radioterapia (e todas as consequências provocadas pela overdose de medicação e radiação). Ela colocara toda esperança naquele tratamento e naquele médico…

Na época eu ainda não conhecia muito bem as terapias holísticas, mas já havia ouvido falar nos Florais e um dia peguntei a ela se ela desejava um Floral e pra quê. Ela me respondeu: pra medo. Uma angústia me tomou. Um sentimento de impotência. Não sabendo direito o que fazer usava minhas mãos para ajudá-la, fazendo massagens suaves e, quando ela estava dormindo, eu parava na porta do quarto, erguia minhas mãos e ficava emanando energia (até então eu não conhecia o Reiki). De vez em quando tocava o telefone de minha casa e era mainha dizendo que ela tava pedindo pra eu ir lá fazer a massagem.

A doença foi se espalhando para outros órgãos. O tratamento convencional não continha aquele câncer. Poucas alternativas foram buscadas. Nenhuma mudança na alimentação, nem em hábitos nocivos que ela tinha.

Quando já em fase terminal ela foi internada, resolvi intuitivamente pegar uns cristais e colocar no corpo dela. Ela estava totalmente aberta ao ritual que eu propunha. E foi muito forte. Já com os cristais posicionados nos principais chakras, alguém bate a porta do quarto do hospital. Era o padre pra fazer uma benção (extrema unção). Ela reuniu os cristais na mão e me entregou, emanando uma energia de cumplicidade no nosso ritual. O padre então fez a parte dele.

Na manhã do dia 9 de janeiro de 2005 minha irmã se foi. Na tarde do dia anterior, ela já praticamente em coma, peguei em sua mão e conversei muito mentalmente, energeticamente, com ela. Prometi, inclusive, que se fosse preciso mesmo ela partir eu iria ajudar mainha e painho a cuidar de seus dois filhos, meus amados sobrinhos, Lucas e Paulinha.

No velório, diante de tanta tristeza, me toquei de algo de forma muito forte. Percebi que nunca tinha visto minha irmã chorar, nem antes, nem durante a doença. Como sou a irmã caçula, quase dez anos mais nova, pensei que talvez eu não tivesse visto porque ela me poupava. Então lá mesmo na cerimônia fúnebre procurei as duas melhores amigas dela e perguntei se elas já haviam visto Silvana chorar. Nenhuma delas se lembrava de tê-la visto chorar em ocasião alguma.

Foi ali que comecei a refletir sobre a necessidade de expressão como caminho de cura.

Em 2010 resolvi fazer a Formação em Arteterapia. E quando chegou na época do estágio, não tive dúvida sobre com que público eu queria trabalhar: mulheres acometidas pelo câncer. Juntamente com dois companheiros de turma – Cleto Campos e Valéria Medeiros – vivenciamos um lindo processo com mulheres assistidas pelo GAAPAC (Grupo de apoio e auto-ajuda para pacientes de câncer), no Recife. A partir dessa vivência, escrevi um artigo intitulado ‘Arteterapia: a contribuição do processo criativo no tratamento do câncer’. Quem desejar ter acesso ao conteúdo pode me solicitar através do e-mail: floresnoar@gmail.com

Estudando o assunto, fiquei refletindo sobre como uma doença como o câncer, que atinge cada um de forma tão específica, tão subjetiva, pode ser tratada com um tratamento padrão, que generaliza os organismos. Em um trecho de meu artigo, descrevo: “Sendo o câncer uma doença que afeta o organismo como um todo, e de forma diferenciada em cada pessoa, é preciso preveni-lo e tratá-lo em todas as frentes (DAHLKE, 2003), aliando ao tratamento convencional, terapias que promovam o autoconhecimento e a auto expressão. É preciso que os pacientes assumam a responsabilidade que têm sobre as próprias vidas.”

Me deu vontade de escrever este artigo porque ontem por conta do movimento Outubro Rosa ouvi um debate numa rádio e os médicos ressaltavam a importância do diagnóstico precoce e do tratamento convencional. Não quero aqui falar mal deste tipo de tratamento. Reconheço e reverencio a importância da medicina em alguns casos. Mas também desconfio bastante da indústria médico-farmacêutica (e alimentícia) com seus vorazes interesses financeiros.

Quero entretanto ressaltar a importância da pessoa (adulta) que adoece assumir a responsabilidade por sua vida. Não entregar na mão de outros a própria vida. Sentir e decidir o que é melhor pra si próprio, e procurar sim ajuda, de acordo com suas convicções mais íntimas. A doença vem para nos alertar que algo está descompassado. Não adianta apenas tomar a medicação receitada para os sintomas sem ir fundo nas causas. Pelo pouco que estudei desconfio fortemente que o que desorganiza o organismo e faz com que o corpo fique vulnerável ao câncer esteja relacionado a mágoas, questões emocionais e psíquicas não resolvidas, não expressadas (juntamente a outros fatores: ambientais, genéticos…)

Em nenhum momento minha irmã foi incentivada pela equipe médica a refletir sobre a própria vida, a mergulhar num processo de autoconhecimento e transformação. Lembro que, já no final, o oncologista que a acompanhava nem ia mais lá vê-la e ela se sentiu totalmente abandonada por ele.

É fato que o tratamento convencional detona a imunidade do organismo. Mas se esta for a opção de tratamento escolhida, faz-se necessário colaborar com o próprio organismo, nutrindo-o de alimentos saudáveis, retirando todos os industrializados, respirando ar puro, se movimentando, pisando na terra, na grama, se banhando em águas naturais. É fundamental se integrar, se conectar à Natureza e usufruir de todos os seus benefícios. Conectar com o presente, o agora, ter momentos diários de silenciar a mente. Movimentar o corpo é outra ação importantíssima. Yoga (ou alongamentos e exercícios respiratórios) e automassagem, por exemplo, são atividades indispensáveis e que devem ser praticadas diariamente. Harmonizam corpo, mente e emoções!

Se expressar também é vital neste processo. Indico demais a Arteterapia! Através dela a gente consegue acessar conteúdos enterrados, padrões arraigados, desejos da alma, emoções que nem sabíamos que estavam em nós, pois se escondem no inconsciente. A expressão criativa – através da pintura, colagem, modelagem, escrita, dança… – nos permite botar pra fora o que tá lá dentro preso, escondido, e olhar pra o que aparece, refletir e transformar. Na Arteterapia não há certo e errado, feio e bonito. O que vale é o que surge, aparece, e como a gente se vê.

O autoconhecimento, a expressão e a transformação do que precisa ser transformado é garantia de cura? Da cura física talvez não, talvez sim, pois cada um vive na Terra o que precisa viver. Mas de Cura num nível Maior, creio fortemente que sim.

ps: Não sou médica, nem pesquisadora. Este texto é um desabafo. Falo aqui mais com o coração. 

* Lu Rabelo é cantadeiraarteterapeuta, jornalista e editora do Portal Flores no Ar.

2 Comments

  • Lucieni Queiróz on

    Emocionante demais!!!

  • Um grande testemunho i devem compartilhar para todos os pacientes de câncer no mundo i nunca acreditou que sua poderia ser qualquer cura completa para o cancro do pulmão ou qualquer tipo de câncer, eu vi o testemunho das pessoas em sites de blog de como Rick Simpson cannabis óleo trouxe de volta à vida novamente i tinha de experimentá-lo também e você não pode acreditar que em apenas poucas semanas eu comecei a usá-lo todas as minhas dores parar gradualmente, e eu tive que deixar sem usar os medicamentos que o médico me deu, agora eu posso dizer-lhe que há meses i nunca tiveram qualquer dor e tenho a apenas fui para o texto eo médico confirmou que não há qualquer vestígio de qualquer tipo de câncer de novo, glória a Jesus por me leva a este homem genuíno chamado Rick Simpson, eu estou tão feliz por compartilhar este testemunho, meu conselho a você pessoas que pensam que a sua não é cura para o câncer, basta entrar em contato e obter o tratamento de óleo de Rick Simpson experimentá-lo e

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