O Sol entra em Gêmeos
Por Haroldo Barros (http://haroldobarros.wordpress.com/)
Continuando sua caminhada pelo Zodíaco, o Sol adentra o signo de Gêmeos, neste 20 de Maio de 2014, às 23h59, dando início a um ciclo de expansão mental e de integração entre as diversas partes que formam um todo.
Mitologicamente, o signo de Gêmeos, primeiro do elemento ar, está associado ao mito de Castor e Pólux, chamados “os Dióscuros”.
Enamorado da bela Leda, esposa do rei Tíndaro, Zeus (Júpiter), senhor dos homens e dos deuses, metamorfoseia-se em cisne para seduzi-la. Da insólita união nascem, da semente de Zeus (e portanto imortais), Pólux e Helena; e da semente de Tíndaro (e portanto mortais) Castor e Cliptemnestra.
Estranhamente, ainda sendo filhos de pais diferentes, Castor e Pólux eram absolutamente idênticos e cresceram unidos por profundo amor. Foram educados nas artes da guerra pelo centauro Quíron e tornaram-se grandes heróis e valorosos guerreiros.
Um dia, numa peleja fatal, Castor é mortalmente ferido. Vendo o amado irmão perecer em seus braços, Pólux é tomado de desesperada dor: não pode viver sem o irmão e até pretende dar cabo da própria vida. Porém, imortal que é, sequer isso lhe é permitido. Implora, então, a Júpiter que divida sua imortalidade com Castor, fazendo-o voltar à vida. O soberano dos deuses atende ao pedido e, mais tarde, tocado por tal demonstração de amor fraternal, resolve premiar os irmãos, catasterizando-os, isto é, transformando-os em constelação, no caso, na constelação de Gêmeos, onde permanecerão amorosamente abraçados para sempre, servindo, inclusive, de exemplo para os mortais.
A entrada do Sol em Gêmeos vem assinalar o início de um ciclo onde podemos e devemos promover o abraço entre as coisas que aparentemente são as mais díspares e contrastantes, buscando a inspiração espiritual, divina (representada por Pólux, o imortal) que nos permitirá realizar o material, o concreto (simbolizado por Castor, o mortal), casando o transcendente com o imanente.
E como Gêmeos é o primeiro signo de ar, regido por Mercúrio, pode ser por meio da palavra que se dê esse abraço, essa comunhão entre os opostos. Portanto, cuide para que a sua palavra seja veículo dessa comunhão, nunca de divisão.
Como reflexão geminiana, as palavras do filósofo Soren Kierkgaard:
“As verdades superficiais têm opostos necessariamente falsos; as verdades profundas têm opostos tão verdadeiros quanto elas próprias.”
Um abraço de parabéns a todos os geminianos!!!
Adorei, Haroldo, sua análise do signo de Gêmios sempre muito bem escrita e inspiradora, além de informativa. Vamos valorizar o abraçar, amorosamente.
Cara Antonieta,
Obrigado pelo feedback e pelas gentis palavras!
Pois é, vamos propiciar o abraço!
Engraçado é que, de modo geral, Gêmeos é apresentado como o signo da dualidade…
Ao contrário: unidade na aparente dualidade.
E mãos à obra!!!