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[INTEGRANDO SAÚDE] Alienação X Visão Positiva de Mundo. Você sabe como diferenciar?

Por Gabriela Sencades Migge* |

Um deslize muito comum que acontece com muitos colegas de profissão, amigos religiosos e clientes é pensar que adentrar no mundo das terapias quânticas, ou mesmo das religiões, e, por sua vez, se aproximar da espiritualidade, seria adotar uma espécie de “visão cor-de-rosa” de mundo, distorcendo com isso um ensinamento muito antigo em que nossa realidade é criada por nós. Porém, um resultado muito grave que disso decorre seria subverter grandes injustiças e promover um mundo hedonista.

Dizendo-se que “tudo é bom e certo” perpetua-se e, muitas vezes, nem se olha com profundidade para muitas injustiças e sofrimentos. E assim vamos construindo mais e mais mundos ilusórios, achando que a forma de estar positivamente no mundo seria “maquiando a realidade, onde se pudesse ficar sempre em uma posição de conforto, prazer e estagnação. A partir daí vamos corroborando com abusos e relegando direitos, achando que ter uma postura política ou adotar um certo ativismo social seria assumir posturas caricatas, aguerridas e raivosas, além de pensar que assumir posturas é uma eterna luta contra alguma coisa, cheios de paixões e ira.

Porém, é justamente o contrário que acontece, pois à medida que vamos esclarecendo, iluminando as situações, vamos entendo a complexidade das relações e, principalmente, de nossas relações com o mundo. Vamos entendendo que nosso mundo pode ser criado positivamente e que a maneira mais eficaz de fazer isso NÃO seria colocando “panos quentes” nas situações, mas sim “descobrindo-se” dos panos e transmutando verdadeiramente as realidades.

Por exemplo, colocar “panos quentes” seria achar que está tudo bem ter que pagar uma taxa abusiva às autoridades, achando normal que seja assim, achando até bom pagar. Reparem que pensando assim eu não saio de uma posição de conforto, manipulando a situação para que esta se adeque ao mundo delusório criado. Pensar positivamente vai além da criação de ilusões. E à medida que vamos entrando em conexão com o aspecto da sabedoria através, por exemplo, do silêncio, podemos perceber tais aspectos ilusórios, e mais, que estes são flexíveis e transmutáveis em todas as situações. Nesse sentido, uma taxa imposta seria apenas uma taxa, ela não é boa, nem má, pois quando saímos do âmbito do confronto com a dualidade entramos em um espaço muito mais amplo que realmente fará com que transmutemos a situação.

Nesse caso, a transmutação virá com a promoção, por exemplo, de um debate social amplo, nos posicionando sobre a situação decorrente e da análise de todas as consequências possíveis de tal ato imposto, no caso, a taxa. Sem paixões, sem raivas, sem achar que “eu e somente eu estou com a razão e acabou”. Afinal, a realidade tem muitos pontos de vista e o que nos fará uma sociedade verdadeiramente justa e unida é a capacidade que tivermos de conversar, falar e ouvir, sem disputas, de peito aberto, com muita amorosidade, compaixão e acolhimento, pois a motivação maior sempre será o crescimento mútuo.

Dessa forma, entrar verdadeiramente em qualquer caminho espiritual, sendo este por via da religião, filosofia, terapias, enfim… e ter uma verdadeira postura positiva perante o mundo é ter CORAGEM.

Aliás, gosto muito dessa palavra, coragem, do latim coraticum, cor + aticum, cor (coração), aticum (agir, ação), enfim “agir com o coração”. E agir com o coração é abrir esse chacra e abarcar todos os seres, sem julgamentos, pois estes (os julgamentos) geram raiva, preconceitos, medos ou mesmo preguiça de sair da nossa “querida” e obtusa zona de conforto. Quando se abre o coração, vamos imediatamente atuar no mundo, vamos ao encontro dos seres e das situações, isso é a verdadeira essência da realização espiritual! Gosto muito da história do Sidharta Gautama, o nosso Buda histórico:

Depois Dele meditar por uma semana sem parar, embaixo de uma árvore Bodhi, lá na Índia, Ele simplesmente se levantou! E para onde Ele foi? Repare que Sidharta poderia ter ficado quieto, curtindo seu “samadhi trip”, ou ficado na dele mesmo, se achando o tal, que só ele conseguiu e mais ninguém e aí sucumbiria no último “truque” do Mara (Senhor das Ilusões), que queria prendê-lo no orgulho do materialismo espiritual.

Nada disso! O grande mestre Buda Shakiamuni foi ao encontro dos seres! Foi ensinar! Com humildade e diligência, Ele foi para o mundo! Ensinar para quem quisesse ouvir e aprender. E assim o Buda ensinou 84 mil ensinamentos dentre eles a MEDITAÇÃO. Outra palavra maravilhosa, no latim quer dizer Meditatum, ponderar ou Meditare, voltar-se para o centro. Perceba que tal palavra tem ação em ambos os significados. Não é o mesmo que ficar sem fazer nada como acham por aí. Meditar é a base da coragem, pois é a partir da meditação que abrimos o coração para o agir lúcido, positivo e repleto de compaixão pelos seres.

Gosto muito também de uma versão da história de Jesus Cristo, daquela parte que não está na bíblia, em que afirmam os historiadores que ele passou esse tempo peregrinando e, lá pela Índia, teve contato com a familiarização da meditação. E, após longa contemplação no deserto, Ele volta a Jerusalém! E para onde Ele vai? Para o mercado! Ou seja, Ele vai até as pessoas, propor outras perspectivas de ver o mundo, mais positivas e compadecidas. E esse vem sendo o trabalho de todos os grandes mestres. São muitos os que se dedicam ao amor e à disseminação do perdão, respeito, felicidade, resiliência, empatia, tudo isso a serviço da compaixão.

Mas, voltando… um vídeo muito bom é este da Monja Coen. É um pouco longo, mas ela vai falando dessa ação positiva que, quando estamos lúcidos, é um desenrolar natural de nossa prática, pois não há realização sem ação no mundo.

Estudiosos do Budismo, inclusive, afirmam que Buda só completou sua realização quando se levantou e foi ao encontro dos seres. Acredito que se deu a mesma coisa com Cristo e com tantos outros mestres que hoje habitam nosso mundo e atuam incansavelmente para levar alento, felicidade, liberação do sofrimento e, principalmente, lucidez.

Desse modo, não deveríamos ter medo de nos posicionar ou promover ações e dialogar soluções que acreditamos ser libertadoras, compassivas e sociais, pois quando estamos sinceramente libertos das emoções que nos obstaculizam, como o auto-interesse, inveja, ciúmes, orgulhos, poder, autopromoção, medos etc., agimos pelo bom senso, que vem por estarmos inseridos dentro de um espaço amplo em que se transcende toda essa dualidade, libertos de toda disputa, raiva, cobiça e julgamentos, onde não há eu e o outro, pois o outro também sou eu. É assim que os grandes mestres se movem ,e eles assim o fazem para nos ensinar esse movimento lúcido diante de todos os obstáculos.

Assim, desenvolver uma ação lúcida pressupõe uma visão positiva e uma escuta profunda que só quem entende que as realidades são construídas é capaz de promover. E isso não quer dizer que vamos olhar absurdos acontecendo e ficar imóveis, fingindo que não estamos vendo, ou pior, ver e achar que é assim mesmo e não se pode fazer nada. Vamos além das situações limitantes, isto é, vamos encará-la, dissecá-las, ouvi-las em profundidade, através do silêncio e ver, a partir dai, quais sofrimentos e alegrias aquilo está promovendo, a quem aquilo serve ou não, quais tipos de jogos estão envolvidos ali, o que funciona ou não, e assim vamos apoiando o que funciona e transmutando o que não está funcionando.

Isso pode se dar no âmbito individual, adotando tais atitudes como prática em nossa vida cotidiana, ou podemos expandir nossa prática para o âmbito coletivo, ampliando assim nossa capacidade de beneficiar pessoas, ou a maior quantidade de seres possível e, por que não, o planeta como um todo?! Também não precisa se filiar ao Greenpeace, vestir tal camisa, apoiar tal partido, empunhar tal bandeira ou entrar para uma religião etc. Tudo isso é bacana, mas atitudes simples, quando de coração-consciência (ou seja, lúcidas), têm reverberações inimagináveis.

Como, por exemplo, não comprar certa roupa porque sua fabricante adota o trabalho escravo, não apoiar discursos e atitudes que promovem violência, guerras, separatividade, ou não consumir tal produto porque usa de crueldade animal nos testes ou, mais simples ainda, quando passear, recolher seu próprio lixo, e porque não do outro também, ou andar mais a pé e menos de carro. Isso é ação no mundo! Só que a partir de um nível micro, individual, mas não menos importante. Pelo contrário, é ação fundamental para se atingir um nível macro e substancialmente significativo.

Vamos indo passo a passo, escolha por escolha, presentes, conscientes de todas as suas implicações. E assim, de olhos e coração bem abertos, eu mudo meu pequeno mundo, promovendo, em efeito cascata, a mudança do nosso grande e vasto mundo também, afinal, já dizia o poeta, “mais vasto é o meu coração.”

Outras sugestões de vídeos da Monja Coen acerca de ação lúcida:
https://www.youtube.com/watch?v=eZvL5BSp-Ok
https://www.youtube.com/watch?v=SUibwm0TzFk

* Gabriela Sencades Migge é terapeuta holística, co-fundadora do Espaço Cuidar, mestra em reiki, frequenciadora de luz, aurículoterapeuta, terapeuta floral, terapeuta prânica, thetahealer, facilitadora em meditação. Realiza atendimentos presenciais no bairro das Graças, no Recife-PE, Brasil.

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