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[CHAMO ESTRELA] Sol em Peixes

 

Imagem: Pixabay (reedição Flores no Ar)

“Imagine all the people living life in peace”
(John Lennon)

Por Ana Ghandra* |

Estamos chegando ao final do ano astrológico, com o trânsito do Sol pelo último signo do zodíaco: Peixes.

Peixes é um dos signos mais misteriosos (junto com Escorpião) para buscar definições, pois fala do invisível e do intangível; daquilo que ainda não tem forma, mas já o sinto; do que não vejo materializado, mas sou capaz de visualizar; do imperceptível, porém aos ouvidos piscianos se pode escutar.

Por ser o último signo da mandala astrológica, Peixes traz um pouco de cada um que veio antes. É da qualidade mutável e do elemento água, que o permite tomar infinitas formas, sendo assim, muitas vezes, é um signo taxado como sem personalidade ou com um ego mau desenvolvido.

De qualquer maneira, Peixes é este signo sem rosto, ou de todos os rostos, é o ator que se transforma em outro ser, sem dificuldade ou resistência, porque se entrega e é capaz de sentir em uma magnífica amplitude, o que outro vibra.

É o signo da empatia.

Um de seus regentes, Júpiter, traz consciência espiritual, além da capacidade de integrar saberes e acessar conhecimentos elevados. Aqui ressaltemos a conexão de Peixes com a Medicina e Física Quântica – Einstein era pisciano, justamente por ter aptidão em ver o que os outros não percebem.

O regente moderno de Peixes é Netuno (que na mitologia Grega era ‘Poseidon’ o Senhor dos Mares) e isso confere aos piscianos livre acesso ao inconsciente coletivo, traz aptidão para as artes (música, teatro, cinema e fotografia) e uma facilidade (ou desafio) de ir junto com a maré.

Falemos um pouco sobre o símbolo deste signo (dois peixes que se unem, mas cada um está em uma direção) e também o animal que o representa. É um dos signos duplos do zodíaco, junto a Gêmeos, e isso exalta sua indecisão e desafios em escolher um caminho.

Estes dois Peixes seriam uma representação desta longa jornada em integrar duas formas (uma mais mundana e outra mais espiritual) e com isso conseguir superar seu medo primordial da realidade, que muitas vezes o leva aos vícios, mentiras, ilusões, a fim de fugir das responsabilidades e exigências do mundo concreto.

O animal Peixes se movimenta alinhado às correntes marítimas, logo pode-se cruzar longas distâncias, sem tanto esforço. E neste movimento aquático consegue avaliar presenças de predadores com antecedência (isso seria uma das explicações da poderosa intuição pisciana), além de sua capacidade auditiva, uma vez que o som, por ser mais veloz na água (3x mais veloz do que no ar), permite a este animal avaliar com mais precisão o seu entorno.

Neste ano de 2022, estamos vivenciando o trânsito de Júpiter em Peixes e a próxima Lua Nova, dia 2 de março, ativa potencialmente esta energia pisciana (que pode nos levar às alturas em fé e criatividade, mas quando desequilibrada nos encaminha ao desespero, dor e depressão).

Teremos ainda este ano (exato dia 12 de abril) uma poderosa conjunção de Júpiter e Netuno, no grau 23 graus de Peixes. A última conjunção entre Júpiter e Netuno ocorreu em 2009, porém no signo de Aquário. Esta conjunção, que ocorrerá no signo de Peixes – regido por Júpiter e Netuno, não acontece há 166 anos. Tudo isso traz um aspecto de raridade e força para este evento, intensificando o simbolismo Pisciano, por isso muitos astrólogos consideram esta conjunção um marco para os temas piscianos: arte, espiritualidade, cura, empatia.

Entretanto, o momento atual não nos inspira tanta esperança (mundo prestes a entrar em um novo conflito bélico, fascismo, a desigualdade absurda, violência aos mais vulneráveis, trabalhadores explorados em níveis desumanos, Natureza sob as correntes do capital) e aqui estamos, atravessando esta encruzilhada simbolizada pelos dois peixes: um que nos leva à ilusão, presos à uma bolha cor de rosa de positividade tóxica, entorpecidos e esperando um milagre, enquanto o outro nos convida a vislumbrar uma outra realidade, com mais empatia e cuidado com os que sofrem.

Que os ventos soprem a nosso favor e a maré possa nos levar a algum lugar mais seguro, onde seja possível sonhar que a vida pode ser bem melhor, para todos.

 

* Ana Ghandra é mineira, radicada na Chapada Diamantina. Há 20 anos estuda Astrologia e pratica a interpretação de mapas. Nos últimos anos tem dedicado sua pesquisa à fomentação de pontes entre a Astrologia, a contemporaneidade, a espiritualidade e a política.

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