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O ‘Polígono Áureo’ é um convite à inspiração!

Por Luciana Rabelo*
“Toda parte tem em si a predisposição de unir-se ao Todo,
 para que assim possa escapar à sua própria imperfeição,
 perceber a preocupação da unidade ao mesmo tempo
 em que não se omitem os buracos”. (Leonardo da Vinci, 1490)
palestra eduardo maia 2
Palestra ‘O Mapa Áureo’, na Academia Castor & Pólux

 

Este ano um raro evento astrológico, ocorrido no dia 26 de agosto, chamou a atenção do astrólogo pernambucano Eduardo Maia . No Recife/PE, o Mapa do Céu deste dia – exatamente a ‘0 hora 35 minutos e 33 segundos’ –  revelava um grande polígono formado pelos ângulos que os planetas fazem entre si. Para explicar o significado deste evento, a Academia Castor & Pólux promoveu no dia 9 de outubro a palestra ‘O Mapa Áureo’, ministrada por Eduardo Maia.

Com a sala cheia, o astrólogo iniciou o encontro ressaltando os Aspectos Áureos formados pelos planetas naquele instante: uma Grande Cruz, um Stellium,  um Grande Trígono, um Retângulo Áureo  e mais um pequeno Trígono, além de dois Sêxtils. Veja detalhes do polígono aqui! Os ângulos envolveram quase todos os planetas, além dos Luminares. Só ficaram de fora (ilhados) Marte e Pallas, ambos no signo de Câncer. “Nestes 43 anos de estudos astrológicos, eu nunca vi uma configuração geométrica de planetas entre si como essa”, declarou o astrólogo.

Eduardo ressaltou que no Mapa as angulações configuram linhas, as vermelhas representando obstáculos e as azuis facilidades. “Nós estamos no plano da manifestação, não é paraíso, mas também não é inferno. É o plano da matéria, mas o sagrado, o transcendente, se faz presente”, destacou Eduardo, chamando atenção para o polígono como um convite à inspiração.

“Na Geometria, segundo Euclides, o ponto ocupa uma posição, mas não tem dimensão. O ponto aparece no espaço, mas não pode ser pegado, não pode ser medido. Ele não é corpo, mas aparece onde os corpos aparecem, sem que seja um corpo. O ponto é pra chatear os que acham que o espaço é só finito, porque o ponto é a marca da infinitude no espaço, da mesma maneira que o instante é a marca da eternidade no tempo”, exemplificou Eduardo, introduzindo em seguida informações sobre o Número Áureo (Phi= 1.618 (valor arredondado)). “O número áureo é uma proporção absurda e contínua que aparece na fauna, na flora e no ser humano. Foi nomeado pela letra grega Phi, em homenagem a Phideas, arquiteto que utilizou a medida áurea para conceber o Parthenon. A busca pela proporção ideal, pela beleza e pela harmonia sempre esteve na humanidade.”

homem vitruviano
‘Homem Vitruviano’, de Leonardo Da Vinci

Durante a palestra o astrólogo apresentou pesquisas realizadas por estudiosos, como Euclides, Kepler e a Escola de Pitágoras, que tentaram desenhar a quadratura do círculo com o ser humano dentro. “O desafio lançado por Vitruvio  foi o de circunscrever o ser humano prático no meio do universo. Apesar de vários tentarem, só Leonardo da Vinci conseguiu, no desenho o Homem Vitruviano”.

O astrólogo aprofundou a pesquisa defendendo que são áureos todos os aspectos que formam figuras geométricas no mapa astrológico, assim como conjunções com mais de dois planetas (Stellium). “Uma linha no mapa já é um convite pra ser áureo”, destacou Maia, explicando que os Signos, dispostos no Zodíaco em 12 áreas de 30 graus cada, representam uma Mandala Áurea, formando um círculo perfeito. “O Zodíaco já é a marca do sagrado!”

Ele aproveita para esclarecer a diferença entre Astrologia e Astronomia, em relação às constelações.  “Astronomicamente as constelações são diferentes das astrológicas, por exemplo, a de Virgem é muito maior, a de Câncer menor, falam até de uma décima terceira constelação.  Na Astronomia são constelações precessionadas ( influenciadas pelo movimento da precessão da Terra). Na Astrologia são marcos, marcas, avos do sagrado, todas elas áureas e proporcionais. Os Signos apoiam-se nas constelações , mas não com elas se confundem, nem como identidade, nem como igualdade, mas claro que têm semelhanças. A Astrologia leva em consideração, por exemplo, o ponto vernal de Áries, que pra gente  no Hemisfério Sul é o Equinócio de Outono. Neste  ponto coincidem Astronomia e Astrologia”.

Segundo Eduardo Maia, na Astrologia, apesar de casas e planetas apresentarem distorções, os signos não apresentam. Os planetas são astros errantes, e as casas variam de acordo com o local do nascimento. “Podemos dizer que os planetas são avos da psique e as casas são avos do soma, da nossa prática. Mas os signos são avos do sagrado.  Por isso não tem signo melhor ou pior. Signo não tem característica, tem classificação. Por exemplo, Áries é a aventura, Gêmeos o abraço, Virgem a pureza…são conceitos”.

O astrólogo explica que o ser humano tem três corpos básicos: o espiritual, o físico e o emocional.  “O objetivo do espiritual é a felicidade, aqui ou em outra vida. O do físico é a saúde. E o objetivo do emocional é a harmonia. E este é o objetivo da  Astrologia, fazer com que a harmonia ultrapasse e prevaleça a desarmonia do mundo. A desarmonia é própria do plano da manifestação, faz parte da provação.  Se você reagir com muito excesso  você se estressa e ela ganha. Se você se omitir vai ser pior porque não aprende como conviver com ela. ”

O convite que Eduardo Maia faz é para que cada um olhe o seu mapa natal e verifique onde estão atuando os Ângulos Áureos para se “construir e reconstruir aspectos de nossa gestão emocional”. E como tarefa de casa, Maia sugeriu que as pessoas que possuem o Mapa Natal vejam onde cai o grau 20 de Gêmeos – posição do ascendente do Polígono Áureo – colocando o Mapa Natal dentro e o do Polígono fora.  De acordo com o astrólogo, a atuação dos Aspectos que formaram o Polígono ainda durará um bom tempo. No material impresso entregue durante a palestra, além do mapa do Polígono Áureo, também havia um folder com a programação, onde o astrólogo escreveu a seguinte colocação: “Você tem algum Polígono Áureo no Mapa do Céu? Se tem, considere; se não, complete e reconsidere. Estenda as tensões e entenda as intenções!”

Cinéfilo que é, Eduardo ilustrou alguns aspectos astrológicos com sequências de filmes. Para exemplificar a Conjunção(une e agrega), foi exibido trecho do filme Como era verde o meu vale (1941), de John Ford; a Oposição (confronta e separa) foi representada  por uma sequência de Glória Feita de Sangue (1957), de Stanley Kubrick; o Trígono (engrandece e entusiasma) por A Fonte dos Desejos (1954), de Jean Negulesco; o Sêxtil (afina e ensina) pela animação A Dama e o Vagabundo (1955)e a Quadratura (atrita e abala) pelo trecho de ‘Vidas Secas’ (1963), de Nelson Pereira dos Santos, onde a cachorra Baleia é morta.

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Pintura de Paulo Brito que compõe a exposição ‘Lux Fruto’

O encontro foi finalizado com Eduardo recitando a poesia ‘Canção do Cosmos’ de Attila Josef, seguida da exposição Lux Fruto, composta por telas e panneaux do artista plástico e astrólogo Paulo Brito. “Nos meus trabalhos, procuro realçar os frutos com uma luz que gera cores provocando uma admiração movida pelo coração, com intenção de nos conectarmos numa faixa Áurea de percepção. É a proposta: fazer acender a luz do coração para pensar com ele e, assim, perceber além da forma e da cor. Perceber a LUX!”,  declara o artista.

Pois bem, saí do evento com o desejo de fazer a tarefa de casa e refletir sobre minhas imperfeições emocionais. Como aconselha Eduardo: “Não se pode esconder os buracos, é preciso enfrentá-los”. E sigo com fé, afinal, como seres humanos também temos nossa medida áurea, divina!

ps: Eduardo Maia participa em novembro, no Rio de Janeiro, do Simpósio Internacional de Astrologia ‘A Terceira Força – a Astrologia e suas Intersecções com outros Saberes’. O tema da palestra de Eduardo será ‘Mutus & Fábula na Astrologia – as 19 Ocultações & o mal invisível de Plutão’, no sábado (23/11), às 14h. Saiba mais sobre o Simpósio aqui!

* Luciana Rabelo é editora do Portal Flores no Ar

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