[CARCARÁ TAROT] A prática do Tarot
| Por Sabrina Carvalho |
O Tarot tem se popularizado rapidamente após a criação das redes sociais. Assim como a crescente da sua popularidade, também crescem as pesquisas sobre sua origem histórica e seu valor simbólico entre as terapias integrativas. Entre o olhar místico da cartomancia e o estudo arquetípico da tarologia, o Tarot ganha força diariamente, entre clientes, consulentes e praticantes.
As pessoas procuram o Tarot por razões diferentes. Eu mesma o procurei, há 10 anos, porque, apesar de sentir que minha intuição me levava a algo, me achava extremamente perdida quanto aos caminhos a seguir. Intuitivamente achei que o Tarot iria me dar a resposta. Acreditava piamente que o tarot revelaria meu futuro e resolveria a minha desorientação. Essa crença, de que a resposta estava ali, me gerou uma ansiedade desordenada. Manhã, tarde e noite com as cartas nas mãos, buscando a resposta…os jogos se contradizendo e eu, bem no comecinho, não entendia praticamente nada do que queriam me dizer tantas contradições. Foi quando eu percebi que eram as minhas dúvidas que apareciam, percebi naquela confusão o meu próprio reflexo…eu estava diante de um espelho e não de um dispositivo mágico que trariam respostas rápidas a coisas que ainda não estavam esclarecidas dentro de mim.
Praticar o Tarot é ir em busca de si. Mesmo quando a ansiedade do futuro nos toma, ele mesmo nos leva ao processo, às imagens que precisamos decodificar antes de dar o próximo passo. O futuro muda toda hora no presente. A cada novo pensamento ou antiga dor, temos diante de nós caminhos distintos a seguir… às vezes eles se cruzam.
Estudar Tarot não significa ser profissional do Tarot no futuro; isso é uma escolha que só pode vir depois do contato e dos próprios enfrentamentos de aprendizado com essa ferramenta. É o que eu acredito, pelo menos. O chamado do Tarot, é um canto da sereia que nos espanta, quando nos deparamos com ela: a sereia somos nós e ela não vai nos matar. Nós somos a chave do nosso próprio mistério. Quem procura a resposta e não a si mesmo, talvez se decepcione bastante com a ferramenta. Quem quer achar outra pessoa e não a si mesma, não vai encontrar nada no Tarot… nem mesmo uma resposta.
Aos poucos o Tarot vai nos acolhendo e a multiplicidade de sincronicidades vai dando à vida um toque mágico! De repente teu espelho fala contigo uma linguagem tão fluida que as pessoas ao seu redor começam a perceber e a quererem se ver também. É contagiante! A sensação de que as cartas estão vivas e falam contigo em vários idiomas entendíveis torna essa viagem dinâmica, nada de tédio!
Praticar o Tarot é se abrir aos espelhamentos do universo, entendendo que nós somos um reflexo dele. A arte vai se revelando parte essencial do instrumento, o olhar poético se aguça, o auto entendimento se multiplica através do olhar. Se você sente o chamado do teu espelho, olhe para ele como uma auto sedução. Esse espelho quer te revelar tuas belezas e tuas forças e, principalmente, te acolher nos teus processos de transformação e desenvolvimento pessoa!
Sabrina Carvalho é taróloga, pesquisadora e escritora/colunista do Portal Flores no Ar. Realiza leituras com foco em autoconhecimento, autoempoderamento e transformação. Também ministra aulas de iniciação aos Arcanos Maiores e Menores.
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