‘Mar Negro’, por Wil Vasconcelos
A angústia inunda a alma,
Ondas negras e violentas.
O peso escorre pelos braços,
Sinto falta dos teus beijos.
Quero Sentir novamente a mansuetude,
Vagar com segurança pelas trilhas.
Minha floresta é escura e fria,
Como tuas mãos junto as minhas.
Todo corpo estremece e pede,
Luto contra o desejo iminente.
Busco a verdade e a razão,
Ausentes nos mares do coração.
Vem me salvar de mim mesmo,
Tirar-me desse desespero.
Tuas mãos ainda estão nas minhas,
Peço-te alegrias nessas linhas.
Vem meu anjo da guarda,
Tira-me do pecado,
Assumo minha culpa.
Implodirei com tudo deste negro denso,
Teus olhos não me verão indefeso.
Senta-se junto a mim; Acalento.
Não aguento mais esperar,
Esse ser e este lugar,
A vida sem ti é dolorosa,
Sem mim, não importa.