Da Boazinha a Mulher Boa!
| Por Carol Shanti |
Xamanismo Para Mulheres – Escola de Saberes Femininos
Despir-se, rasgar a roupa dos antigos padrões, é como enfiar uma haste no peito. Dói, rasga, desconforta… Desconforta o que está tranquilo e faz nascer o que não se conhece, e o desconhecido tememos.
E assim tememos a Mulher que mora nos aposentos da nossa essência. A dona da própria verdade, temida, amada, respeitada, odiada. A Mulher que permitiu se olhar nua no seu espelho interno, conhecer suas dores, medos, e apegos que faziam retirar a sua coroa diante do que era lhe imposto. A Mulher que dizia SIM quando seu coração pedia para dizer NÃO!
Quando a Mulher abandona o arquétipo da mulher boazinha – aquela que está sempre para o outro e nunca para si – ela abandona com ela um mundo de ilusões.
A Mulher BOA, é a Amante, a Esposa, a Amiga, a Mãe, as mil faces em si, mas antes de qualquer arquétipo ela é ELA – A Deusa que respeita os seus desejos, as suas vontades, os seus limites.
Ela não se importa com o que o outro acha de si, ela se importa com o que ela está fazendo para si. Ela não age com egoísmo, ela age com altruísmo.
Ela compartilha, ela ensina, ela doa, ela se entrega, pois ela não teme, e quando a sua zona de perigo lhe dá o sinal de alerta a sua entrega vira o seu afastamento. Ela respeita a sua sabedoria e escuta a sua intuição. Ela não vive apenas para ela; Ela vive em primeiro para Ela e para tudo aquilo que faz ser verdadeiro em seu mundo.
Ela coloca a andar as suas palavras, e se amanhã a sua verdade for contrária do que era hoje, ela não se importará em se inclinar e dizer ” Sim, é diferente”, afinal a sua essência é cíclica e ela respeita o aprender para receber, o receber para modificar!
Ela para, analisa e não mais permite-se envolver com o que lhe causa dor. E se a dor chegar ela aprenderá.
Ela é intensa, e não teme a experiência.
A Mulher Boa, rasgou a roupa da menina fragilizada e transformou aos olhos de muitos a santa em puta.
A Mulher Boa nasceu e o seu mundo FLORESCEU !