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[AGENDA PE] Carolina Cosentino realiza mostra 6/12 no IAC

Registro da performance Taufen.
Fonte: Maria Salguero.

A mestranda em Artes Visuais, performer e arteterapeuta Carolina Cosentino realiza na próxima quarta-feira, dia 6 de dezembro, a mostra dos trabalhos que foram realizados durante a sua pesquisa do mestrado em Artes Visuais (UFPE/UFPB) . A exposição, intitulada ‘Água derramada’, começa às 19h, no Instituto de Arte Contemporânea (IAC/UFPE).

“Iniciei a investigação com a performance e, em seguida, por meio da Fenomenologia da Imaginação, de Gaston Bachelard, adentrei obras feitas por outras artistas, refazendo alguns de seus trabalhos. Minha intenção foi discutir sobre a mulher na cultura contemporânea. A mostra constará de uma seleção de trabalhos feitos nesse trajeto, os quais foram registrados em fotografia e vídeo”, explica Carolina.

Data: 6 de dezembro de 2017
Hora: 19h
Local: Instituto de Arte Contemporânea – UFPE. Rua Benfica, 157, Madalena, Recife/PE
Entrada gratuita!
Obs.: O local possui estacionamento interno.

Saiba mais sobre a pesquisa no texto abaixo escrito por Carolina Cosentino!

“Minha pesquisa do mestrado em Artes Visuais (UFPE/UFPB) Fantasmas do corpo e da Casa, sob orientação da Professora Vitória Amaral, começou com a performance, arte que se processa no corpo, no aqui e agora da vida. A intenção esteve desde o início atrelada à elaboração afetiva de questões íntimas, mas que pareciam ser igualmente vividas por muitas outras mulheres. Ao conhecer alguns trabalhos da História da Arte, especificamente obras das artistas Lygia Clark, Yoko Ono, VALIE EXPORT e Ana Mendieta, passei a querer agregar sua força à minha vida, por isso iniciei os trabalhos com a re-performance. Desejei me apropriar da expressividade afirmativa do corpo da mulher, que vi em suas criações, ao mesmo tempo em que busquei uma transformação na concepção que eu mesma havia aprendido sobre o que é ser mulher. Na pesquisa, entrei fenomenologicamente em seus textos autobiográficos e refiz alguns de seus trabalhos, nos quais me impliquei completamente.

Um desses trabalhos foi Cut Piece, da Yoko Ono. A artista afirma que esta performance, por exemplo, é um desafio ao ego artístico, por não ser ela mesma a definir a completude da obra, por colocar-se à disposição do público, para que realize parte do trabalho. Yoko Ono fez esta performance algumas vezes, e criou instruções para que fosse refeita por outras pessoas, mas observa que Cut Piece está sempre apresentando os modos culturais sobre o corpo da mulher.

Não apenas Cut Piece, mas todos os trabalhos que foram me interessando durante a investigação, fazem perceber a perversão intrínseca a muitos desses modos. A mostra ‘Água derramada’ apresenta uma parte do percurso da pesquisa, cujos trabalhos não funcionam isoladamente, mas como parte de um processo que está em continuação. As performances e re-performances que foram realizadas tiveram também um caráter ritualístico, como se fizessem parte de um grande ritual de passagem. Passagem de uma situação de identificação com uma tragédia geracionalmente repetida na vida das mulheres da minha família, para uma situação em que me desvinculo dela.”

 

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