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[CANTO DE LU] A dor de viver sem a presença da nossa cachorrinha Rubi

Biba

Por Lu Rabelo*

É a dor que me faz escrever este texto hoje. A dor do luto, da saudade, da falta. Esta semana perdemos nossa cachorrinha Rubi. Ela tava doentinha e se foi. E tá muito difícil. A vida se mostrando em toda a sua fragilidade e imensidão. É uma dor que rasga a alma, muito parecida com aquela de quando perdemos familiares e amigos. Desampara. As lembranças não param na mente. Não ter mais aqueles olhinhos pra olhar, aquele pêlinho pra tocar, me traz uma tristeza que me deixa mole, atônita. Escrevo pra tentar botar pra fora, junto com as lágrimas, essa angústia que me toma. Ver meus familiares sofrendo também está quase insuportável.

E o que fazer pra amenizar tanta saudade?

O choro é compulsivo. E deixo-me desaguar.

Não tenho conseguido fazer coisas que requeira concentração, então vou lavar prato, lavar roupa, varrer a casa.

Também não tenho sentido vontade de comer. Então tenho bebido muita água e empurrado frutas e sucos pra dentro.

Quando paro de chorar, vou até Fulô, minha gatinha, e fico ali parada com ela no colo, curtindo ela.

Ir na casa dos meus pais, onde Rubi morava, tem sido um suplício. Chegar lá, botar a chave na porta e não escutar mais aqueles latidinhos histéricos, é surreal. Ao entrar, a primeira coisa que eu fazia era ir lá até ela, que não parava de latir até que desse início o nosso Ritual. Quando eu a tocava ficava se derretendo no chão. Ao final do Ritual de toques, olhares, conversinhas e musiquinhas, ela ficava correndo e saltitando alvoroçadamente em círculos.

As coisinhas dela, caminha, roupinha, bichinhos de pelúcia, lacinhos…não posso nem ver.

Acho que o fato de ter sido tudo muito rápido – da doença até a morte dela foram três dias – não nos preparou para a falta. Agora só o tempo mesmo pra ir aliviando esta saudade tão grande.

Aonde ela está agora, além de dentro de nós? O mistério da morte é cruel.

Algum conforto é saber que a amei demais e demonstrei todo o meu amor. E continuarei amando-a.

Biba, minha bolinha de pêlo, minha rapozinha do Mar, meu floquinho de lã, meus zoínho de jabuticaba, te amarei eternamente! Gratidão por fazer parte da minha existência.

Esta música fiz pra ela, há alguns anos. Na gravação, Ravi, Flora, Serena e Luíza cantando! <3

 

A letra inteira:

RUBI
(Lu Rabelo e Ravi Rabelo)

Existe uma cachorrinha
Um floquinho de algodão
O nome dela é Rubi
A rapozinha do mar

Ela é vegetariana
Só come ovo e melão
Queijo coalho, melancia
Pipoca, bolo, sorvete

E ela late,late,late,late,late
E ela late e adora chocolate
A cãozinha escarlate late,late,late
A Bibi escarlate adora chocolate

minha cãozinha é bem sabida
tem perninhas avexadas
ao me ver corre e late
fica toda esparramada

Vocês precisam ver
Como são os olhinhos dela
Duas bolinhas pretinhas
Refletindo uma aquarela

ela é minha veínha
Rubizinha, pedra em flor
De dentinhos afiados
Mas tão cheia de amor

E ela late,late,late,late,late
E ela late e adora chocolate
A cãozinha escarlate late,late,late
A Bibi escarlate adora chocolate

* Lu Rabelo é cantadeiraarteterapeuta, jornalista e editora do Portal Flores no Ar.

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