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‘O corpo que não pensa, não dança’, por Bella Maia

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A dança é vista, por muitos, como se fosse algo supérfluo. Como se fosse um passa tempo, uma distração, ginastica. Cada vez que me aprofundo mais nesse universo percebo como é algo fundamental para os seres humanos. Fundamental é fundamental. E não tem como não dançar. Vou lhe dizer a razão:

Dança não é – somente – mover o corpo aleatoriamente ou no ritmo da música. Emagrecer. Atingir um angulo maior do seu alongamento.
Dança não é – somente – socializar-se. Fazer terapia e se distrair, espairecer.

É isso tudo e pode ser tudo isso e muito mais por [consequência].

Mas sabendo que o nosso CORPO é o instrumento de estarmos nesse mundo e de nos relacionarmos, é fundamental e até vital, eu diria, sabermos e conhecermos sobre ele e sua potencialidade.

Não saber o que fazer com o corpo é viver vegetando.
Ou não viver; somente existir.
Como não saber o que fazer com o corpo? Como não saber como tratá-lo? Como não conhecer sobre ele? Como não reproduzir movimentos repetitivos e vazios cheios de padrões?

Dançar é pensar esse corpo [o seu]. Dançar é movê-lo de forma própria e autônoma [por isso é tão individual e intransferível. não há a possibilidade de um ser humano ensinar o outro a dançar].
Dançar é o movimento que lhe possibilita viver sendo você. O mover do pensamento.

Dançamos o tempo todo: escovando os dentes, contraindo os músculos ao dirigir, andando pela rua, pisando no chão ou sentado na cadeira. Até dormindo dançamos.

E se você faz isso de qualquer forma, sem se entender nessas cenas corriqueiras do dia a dia, você se afasta de si. E cria, inexoravelmente, um abismo entre seu corpo e sua mente, criando a tão conhecida dicotomia entre esses elementos.

Não existe esta dicotomia inerente da civilização ocidental que nós herdamos entre corpo e mente.

São uma coisa só! Ou melhor, é uma coisa só.

Quem não dança, ou seja, quem não pensa o corpo, não o alimenta.

E quem não se alimenta, morre.
Tem muita gente por aí vivendo sem tá vivo.

E eu desejo, pra todos, uma vida com mais dança. De verdade.

E se for melhor pra você que eu tire o nome “dança” da frase:
eu desejo pra você uma vida com mais pensamento do corpo!

Dessa maneira você será muito mais livre e inteiro.

Bella Maia
bellamaia@gmail.com

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