Fique por dentro das novidades do Flores no Ar!

Arquivos

Flores no Ar Logotipo do Portal Flores no Ar

  • Home  /
  • ARTIGOS   /
  • ‘Marte em conjunção com Plutão’, por Haroldo Barros

‘Marte em conjunção com Plutão’, por Haroldo Barros

(artigo publicado originalmente em http://haroldobarros.wordpress.com/)

Aos oito graus do signo de Capricórnio, os planetas Marte e Plutão se encontram, dando início a uma fase de ativação de nosso herói interior.

Segundo os estudiosos da simbologia arquetípica e do inconsciente coletivo, todos os nossos processos de aprendizagem, crescimento e mudança têm características heróicas, ou seja, seguem uma seqüência de passos idêntica, simbolicamente falando, às aventuras dos heróis mitológicos. A própria figura mitológica do herói, pelo seu nascimento, sua genealogia e suas capacidades, em muito se assemelha à estrutura simbólica do homem, em suas buscas pela individuação, evolução e realização.

Se prestarmos atenção, veremos que cada um de nossos projetos, fases de vida, histórias de sucesso ou fracasso, apresentam marcadas semelhanças com mitos como os Trabalhos de Hércules, a vitória de Perseu sobre a Medusa ou de Teseu sobre o Minotauro, pois cada uma dessas narrativas nos evoca e nos remete a verdades primordiais, cujo cenário de ação é a própria alma humana. E essa é a função do mito: falar-nos, através de narrativas, de coisas que não podem ser faladas, a não ser de forma indireta.

O encontro entre Marte e Plutão é indicativo da ativação, em nosso interior, do arquétipo heróico. Ou seja, daquela parcela de nossa psiquê que sonha e resolve perseguir esse sonho: busca e encontra suas armas, luta, mata, sofre, enfrenta o dragão, transforma-se e alcança a imortalidade.

Durante os próximos dias, esse herói estará nos convidando ao início de grandes combates: novos projetos, novas viagens, novas etapas, novos desafios. E qualquer projeto iniciado ou (re)ativado nesta fase conta com os poderosos auspícios desta conjunção, o que lhe reforçará as possibilidades, conferindo-nos mais determinação, coragem, lucidez para enfrentar os dragões ao longo do caminho e, o que pode ser o mais interessante, um grande encanto pelo próprio processo em si, independentemente dos seus resultados.

Vamos agir?

Análise Cíclica
Independentemente da qualidade própria desse momento, sinalizada pela oposição Sol-Plutão, do ponto de vista ciclológico cabe também uma observação.

Como já comentamos em outros artigos, nesta coluna, o ciclo sinódico entre dois planetas se dá da seguinte maneira: na conjunção (quando os dois planetas se encontram no mesmo grau do Zodíaco), inicia-se um ciclo, novas sementes são lançadas, algo novo começa. O planeta mais rápido continua avançando e, na oposição (quando os planetas estão a 180º) esse ciclo atinge o seu máximo. Nesse ponto, as sementes lançadas no momento da conjunção frutificam (para bem ou para mal) e rendem resultados. Mas, entre a conjunção e a oposição e vice-versa existem dois momentos em que os planetas se colocam em quadratura (a 90º um do outro). Os pontos de quadratura representam momentos de crise, de oportunidade. A quadratura crescente (entre a conjunção e a oposição) está relacionada a crescimento. Às vezes, nesta fase, faz-se necessário um ajuste ou reordenamento de metas, para que os projetos ou vivências iniciadas na conjunção continuem ou até mesmo se extingam de vez. Já a quadratura minguante (entre a oposição e a conjunção) está relacionada a uma crise que solicita novos ajustes, porém com vistas ao encerramento do processo.

 

E, na nova conjunção, o ciclo é definitivamente encerrado e um novo se inicia.

Alguns desses ciclos duram um mês, como é o caso dos ciclos envolvendo a Lua. Outros duram vinte anos, como é o caso do ciclo Júpiter-Saturno. E outros ainda duram dois anos a dois anos e meio, como é o caso deste ciclo Marte-Plutão.

Quando observamos esse tipo de ciclo, percebemos que o tempo e seu desenrolar em nossa vida fica impregnado de significados. E vivemos em meio a uma infinidade desses ciclos, que se mesclam e se interpenetram entre si.

A vez mais recente em que Marte e Plutão fizeram uma conjunção foi em Dezembro de 2010. Avalie com cuidado: que sementes você lançou, nos entornos desse momento? Que projetos ou vivências você iniciou aí?

Marte e Plutão fizeram uma quadratura crescente em Abril de 2011. Pergunte-se: que tipo de crise de ajustamento seu projeto ou vivência passou, durante esse momento?

A oposição Marte-Plutão ocorreu em Agosto de 2011. Aí aconteceu o apogeu do ciclo. Que frutos você colheu?

A quadratura minguante Marte-Plutão ocorreu em Julho de 2012. Eis aí o momento da crise final, o princípio do fim do ciclo.

E a conjunção Marte-Plutão ocorrida agora, entre Novembro e Dezembro de 2012, encerra o ciclo iniciado e em Dezembro de 2012 começa outro, que deverá desenrolar-se da seguinte maneira:

Quadratura Crescente: em Março de 2013;

Oposição: em Julho de 2013;

Quadratura Minguante: em Dezembro de 2013 e Janeiro de 2014; por conta do movimento retrógrado de Marte, essa quadratura de repete de Abril a Junho de 2014;

Nova conjunção: Novembro de 2014.

Fique atento. E aproveite para usar os momentos cíclicos a seu favor, em vez de nadar contra a correnteza cósmica.

Dica cinematográfica: o filme “O Pescador de Ilusões” (The Fisher King, USA, 1990), onde você vai ver como os mais improváveis heróis resgatam os mais improváveis ideais, em meio às agruras do mundo.

Leave a comment