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Budistas apresentam Nota Pública em favor da democracia

Nós, Budistas Pela Democracia, viemos nos juntar à Comunidade de Budistas Progressistas e à Comunidade Zen Budista do Vale dos Sinos e apresentar a seguinte NOTA PÚBLICA:

Diante do momento extremamente delicado que estamos vivenciando no Brasil, sentimo-nos chamados, como budistas, a fazer a nossa parte.

Ser Budista é, por definição, estar presente no presente, de forma engajada, acolhendo tudo o que acontece com sabedoria compassiva e responsabilidade de diminuir o sofrimento no mundo.

Portanto, aqui estamos, acolhendo o nosso presente com o propósito de promover a paz e a compaixão.

A iminência de uma escolha política que poderá levar a consequências dramáticas para nosso país nos chama a dedicar esforços contra a recente tendência ao ódio e à violência.

Compreendemos a ação compassiva como um caminho para contribuir de forma sensível, responsável, afirmativa e pacífica com a luta pela não instalação de um governo autoritário, opressivo e contrário aos direitos fundamentais dos brasileiros, principalmente dos mais pobres.

Faz-se necessário, portanto, alertar quanto à manipulação exercida por promessas de pessoa autoritária, a qual se aproveita da insegurança instalada no país, reforçando a ideia de ordenamento através do uso da força e da coerção, legitimando atos que estimulam a intolerância e a raiva.

Recentemente, em Porto Alegre, o símbolo nazista foi riscado, por agressores, na pele de uma jovem que se identificava com o movimento #EleNão.

Importante considerar que o símbolo em questão não foi originalmente criado pelos nazistas. Trata-se de um símbolo milenar também usado no budismo, embora com distinta estrutura e significação.

Sabe-se que este símbolo é muito antigo, com aproximadamente 5 mil anos, e seu nome deriva da palavra svástika, do Sânscrito, idioma ancestral da Índia, cujo significado é bem-estar, ou seja, algo altamente positivo. Foi utilizado ao longo da história por vários povos, tais como: índios Navajos, Celtas, Judeus, Cristãos, gregos e romanos. No caso do budismo japonês, em que é chamado de manji, ele também é um símbolo importante, e representa a harmonia universal, equilíbrio entre os opostos, eternidade e boa sorte.

O fato de o nazismo ter utilizado símbolo semelhante, mas com conotação negativa, conforme a elaboração de sua ideologia delirante, o resgate do mítico povo Ariano, representando a “limpeza étnica”, inteligência (supostamente) superior, orgulho, ódio, discriminação e destruição de comunidades consideradas inferiores, não permite, absolutamente, realizarmos comparações.

Com o advento da Segunda Guerra Mundial, este símbolo, que durante milhares de anos foi associado à positividade, foi transfigurado, em menos de trinta anos, em um símbolo assemelhado e repudiado.

É importante, pois, mostrar claramente as diferenças no uso deste símbolo, a svástika, entre os budistas, tão diametralmente oposto ao que dela fazem os grupos que, neste momento, promovem o ódio no Brasil.

Portanto, com o intuito de preservar uma cultura democrática e de paz, reafirmamos o nosso apoio aos candidatos Haddad e Manuela e aos grupos do campo democrático.

Pois, embora os nossos propósitos sejam regidos por valores que transcendem este momento histórico, isso não nos isenta de intervir nele com responsabilidade.

Link de assinaturas:

 https://secure.avaaz.org/po/petition/Budistas_e_simpatizantes_apoiadores_de_uma_cultura_de_paz_e_da_democracia_Budistas_Pela_Democracia/share/?new

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