PROJETO ‘MANTOS’ VIABILIZA INTERCÂMBIO CULTURAL ENTRE BRASIL E CHILE
Neste Outono de 2024 aconteceu no Chile, o projeto de intercâmbio ‘Mantos – Vestimenta, Memória e Identidade dos Povos Ameríndios, Tecendo Conexões Culturais entre Brasil e Chile’.
O projeto é uma iniciativa do Instituto Casa Astral, em parceria com o mestre Manoelzinho Salustiano, sendo viabilizado pela Bolsa Funarte de Mobilidade Artística, do Ministério da Cultura. Contou com ações, neste final de maio, na Universidad Austral de Chile (UaCh), em Valdívia, e no Instituto Guimarães Rosa, em Santiago.
O intercâmbio cultural uniu – na UaCh (Museo Histórico y Antropológico Maurice Van de Male / Museo de La Exploracion Rudolph Amandus Philippi) – as golas do Maracatu de Baque Solto, levadas pelo mestre Manoelzinho Salustiano, aos mantos Mapuche da artesã Hilda Ñanco. Os dois maestros exibiram os seus mantos, participaram de roda de conversa e facilitaram lindas oficinas, conectando as experiências dos povos originários da América do Sul, através da arte de tecer e bordar. As atividades aconteceram durante a celebração do ‘Día de los Patrimonios’, alcançando a visitação de 2.179 pessoas nos museus da UACh em Valdívia.
No Instituto Guimarães Rosa, em Santiago, o mestre Manuelzinho apresentou sua aula espetáculo, expôs as golas e tirou dúvidas do interessado público.
Manoelzinho e a equipe que o acompanhou – a gestora da casa Astral Guida Gomes, a historiadora e filha do mestre Gabi Salustiano e a comunicadora Lu Rabelo – ainda tiveram a graça de serem convidades a visitar espaços especiais em Santiago, como o Museu Chilheno de Arte Precolombino e o Museu da Memória e dos Direitos Humanos.
Manoelzinho Salustiano é mestre no universo do Maracatu de Baque Solto e do Cavalo Marinho, tendo recebido, em 2020, o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Pernambuco. Filho mais velho do Mestre Salu, desde criança está envolto nas atividades da cultura popular, com reconhecido destaque como artesão de estandartes de agremiações e golas de caboclos e arreiamá do Maracatu de Baque Solto, onde utiliza a técnica do bordado com miçangas e lantejoulas.
REALIZAÇÃO
INSTITUTO CASA ASTRAL
MANOELZINHO SALUSTIAN
FUNARTE / MINISTÉRIO DA CULTURA
APOIO
Secretaria de Cultura da Cida de Recife / Prefeitura do Recife
Cerveceria Kunstmann
Café Restaurante Cosas Ricas @cosasricas.valdivia
Flotar
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![Entre os dias 9 e 13 de setembro de 2024, o artista Edson Barrus Atikun irá percorrer cinco cidades do sertão pernambucano com o projeto ‘c e r c a v i v a’, onde realizará a plantação de estacas de Imburana-de-cambão, em cinco museus do interior de Pernambuco.
O objetivo é dar visibilidade ao risco de extinção dessa árvore, considerada a mãe dos artistas do Nordeste, e ressaltar a importância de mantê-la viva para a preservação da caatinga e o meio ambiente, bem como para a preservação do trabalho de artistas e artesãos nordestinos.
Os espaços contemplados nas ações do ‘c e r c a v i v a’ serão:
1. Museu Kapinawá (Casa de Memória Alexandre Diniz), na Aldeia Malhador Kapinawá – Buíque;
2. Museu Coripós em Santa Maria da Boa Vista;
3. Museu do Pai Chico no Distrito de Caboclo – Afrânio;
4. Museu do Gonzagão no Parque Aza Branca – Exu;
5. Museu do Cangaço em Serra Talhada.
‘c e r c a v i v a’ faz parte de uma ação continuada do artista pernambucano Edson Barrus Atikun, chamada Projeto Imburana. “Em viagem à Carnaubeira da Penha, onde nasci, tomei conhecimento que a imburana estava em risco de extinção, devido à demanda para fazer carrancas. Eu tenho uma relação forte com a escultura, e em particular com a carranca. E fiquei pensando sobre naturacultura, de como a arte poderia colocar em risco a natureza? E a cada imburana que via pelo caminho parecia-me que iria se tornar uma carranca. O Projeto Imburana nasce da preocupação de salvar este pé da espécie Commiphora leptophloeos, que estava sendo ameaçada de corte=morte. Pois, ao se derrubar uma Imburuna-de-cambão é quebrada uma das cadeias naturais importantes da caatinga”, conta o artista.
Posterior às ações, os registros e acompanhamento das imburanas estarão acessíveis, presencial e virtualmente, pela geolocalização das plantAções, disponíveis no site do projeto [projetoimburana.art.br] e em totens de sinalização nos museus contemplados no projeto.
O projeto ‘c e r c a v i v a’ tem o incentivo da Lei Paulo Gustavo, através do Governo do Estado de Pernambuco, Secretaria de Cultura, direcionado pelo Ministério da Cultura/ Governo Federal.
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