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Convite à Guerra Florida!

“A este formidable desafío le llamaron simbólicamente “La Batalla Florida”. Cada hombre o mujer que decidía entregar su vida a librar la guerra más difícil que un ser humano puede entablar en el mundo, la guerra contra las debilidades de su espíritu, le llamaron Guerreros o Guerreras.
Esta batalla se libraba en el centro de su corazón y las armas de los guerreros eran Flor y Canto, entendidas como “sabiduría y belleza”.
El objetivo del guerrero era liberar a su espíritu de las cadenas de la estupidez humana, simbolizándolo con la parábola de “Florecer su Corazón”.”
Los Guerreros de la Muerte Florecida, Guillermo Marín

Por Juan Eduardo Isaza Saucedo*

Venho por meio desta carta acrescentar minha opinião depois de ter assistido à palestra do Stellium de Eduardo Maia no dia seis de Janeiro de 2014 no Cinema São Luís em Recife, intitulada “É Guerra!”.

Naquele dia eu participei do Toré de Reis dos Indios Xucurú, em Pesqueira, aprendendo e vivenciando sua luta, que já se alastra desde a chegada dos portugueses neste território depois chamado Brasil, onde perderam terras, foram escravizados e aculturados e muitos outros de seus parentes dizimados. Há dez anos conseguiram recuperar um pedaço de terra e agora vêm lutando para trazer seus familiares e amigos novamente para valorizar e viver sua cultura, para serem “guerreiros” que pisam firmes no chão, e cultivam suas terras e suas estórias como os ancestrais ensinam.

Cheguei ao cinema São Luís, no Stellium, e o vi todo decorado de vermelho, com cartazes imensos chamando pra “Guerra” e pessoas lindas e charmosas muito interessadas no que o palestrante nos daria a conhecer.

É sempre muito inebriante o enfrentar-me com o Universo, com o tamanho dos planetas e das estrelas. O dar-me conta que sou do tamanho de uma formiga, ou de uma célula no corpo de um gigante, ou que o tamanho das coisas são relativas. E que a dança do céu e dos planetas influem minha vida e minhas decisões, e que no fundo não sou eu que tenho o controle de minha vida, mas sigo a dança de algo maior. E que sorte temos em existir grandes especialistas que olham para os céus e estudam os planetas e seus arquétipos e podem muito nos ajudar a dançar sem embaraçarmos, entre nós mesmos e com os outros.

Pelo que entendi da receita, da mistura de dois eclipses de Lua e Sol e entre eles quadraturas de Urano, T de Plutão e forte influência de Marte, a energia para este ano é de “Guerra”, é de ativismo, de luta pela justiça, de reclamar por nossos direitos, como já foi dado este inicio com protestos por todo o Brasil em junho do ano passado. Além de filmes mostrados no evento sobre guerras e revoltas, pré-revoluções da primavera de 69 na França e outros países, época com transições astrais similares.
Eduardo nos chama a ir a uma guerra, a arriscar em nossas conquistas, tanto pessoais como coletivas, a atuar nas redes sócio virtuais, em Oficinas de Lutas. E eu acho ótimo, e por isso venho com esta carta mostrar a minha luta e convidar a ampliar um pouco mais os horizontes.

A Guerra que eu vejo e proponho tem a ver com uma quebra total dos paradigmas vigentes, tem a ver com transcender a ordem dada pelos donos do poder e a recuperação do nosso poder próprio e de viver neste planeta de uma maneira sagrada, consagrando cada coisa esteja viva ou morta, com autoconhecimento e comunicação.

Acredito que na vida humana há coisas pelo que indubitavelmente vale à pena lutar, uma delas é a saúde. O problema da saúde física não é especialidade apenas do médico, nem o da mente do psicólogo-terapeuta, ou o campo emocional da astrologia ou esoterismo e o espiritual da igreja. Estamos numa Era onde essas separações já estão mais que quebradas. O problema da saúde é amplo e perpassa desde o que compramos no supermercado, ao que vemos na televisão, como lidamos com nossos pares, o que comemos, como reagimos a nossos sentimentos e emoções, como pisamos no chão, como nos movimentamos, como lidamos com nossa natureza etc.

É necessário trazer uma conversa sobre a saúde como um todo que integra tanto o físico e o psíquico, assim como o social e ambiental. Fazer uma conversa séria e aberta entre médicos e terapeutas holísticos e outros interessados para fazer uma mudança na estrutura do sistema manejado hoje em dia pelas corporações que controlam o “negócio da saúde”, ou melhor, “negócio da doença”, pois trabalham mais com farmácias, e tecnologias de medicina “avançada” e contratos de plano de “saúde” e seguros de “vida” do que qualidade de vida propriamente dita.

Eu convido a todos a se questionarem sobre os produtos vendidos num supermercado, já que nossa nota fiscal pode ser tão grande. Quantos produtos possuem venenos aceitos por uma indústria que pensa mais em vender do que em alimentar as pessoas (e qual será a relação que elas têm com as empresas do negócio da “saúde”?). Eu convido a nos questionar sobre o dinheiro, sobre com que e com quem gastamos esse nosso precioso dinheiro. Aonde fazemos nosso dinheiro circular? Será que nosso dinheiro gera mais lixo para o planeta ou menos lixo? Não precisamos de mais carros nas ruas, certo? Será que precisamos fabricar mais carros? De fabricar mais derivados de petróleo? Será que precisamos buscar mais petróleo num buraco no meio do mar, onde qualquer pequeno erro pode matar milhares de diversidade viva marinha assim como do ar e da terra?

É necessário trazer a meditação e o silêncio como prática habitual de autoconhecimento e reconexão espiritual, desmitificando a mentira enraizada em nossa sociedade de que Deus está nas igrejas, de que Deus está lá fora e devemos temê-lo. Já é comprovado cientificamente que o poder da mente junto com o coração cria realidades divinas, que somos semelhantes a Deus, portanto criadores de nossa realidade, co-criadores junto com a força maior. E que podemos fazer esta criação sem karma se o fizermos junto com esta força maior, ou seja, com o coração, de uma maneira descompromissada, apenas por amor incondicional.

Eu apenas sinto que nossos problemas são muito mais profundos que um simples reclamar pela conta do supermercado ou o atendimento da Oi. E sinto que esses problemas devem ser clamados também pelos “brutos” que preferiram sair das faculdades e escolas e estudar sozinhos outros gregos, pois viram que lá dentro só nos enchiam a cabeça com linguiça para sermos aceitos no mercado de trabalho. Assim trago também a questão da educação. Que tal desescolarizar a sociedade?

Eu convido a todos a conhecerem outra maneira de contar o tempo, uma maneira que tem muito mais a ver com nossa natureza de seres vivos, pulsantes de marés e luas, de planetas que regem nossos signos astrais. Por que continuar contando o tempo com horas de 60 minutos, e com anos de 12 meses, se esses meses são desregrados (30, 31, 28, 29) e as horas dependem muito de nosso estado de percepção?

Não seria muito mais prudente contar os meses vendo e sentindo as fases da lua, fazendo assim um ano de 13 luas (13 x 28 = 364) mais um dia de festa e perdão (“dia fora do tempo”)? E viver o tempo para criar nossa realidade, para fazer Arte, e quebrar esse velho conceito que já não nos serve de que “Tempo é dinheiro”. Viver a nossa quarta dimensão trazida por Einstein e muito bem estudada por José Argüelles e Lloydine Argüelles, através do estudo dos sistemas dos calendários dos Maias antigos, profundos conhecedores dos céus, da Matemática, Geometria e do Tempo Sagrado.

Esta forma de ver e sentir o tempo que traz uma nova frequência (13:20) onde o tempo é igual à Arte vê os signos das pessoas (cada pessoa nascida num dia tal tem um signo ou kin, assim como no sistema zodiacal, só que neste são 260 signos ou kins) em um estado de evolução e de interação com o Todo, com uma função específica para o bom funcionamento do organismo social, como uma parte fundamental da engrenagem do Universo.

Dessa forma, paramos de viver lutando uns com os outros para ser melhores e ter as melhores coisas e começamos a viver em rodas, compartilhando, co-criando nossa realidade, consagrando a natureza e co-evoluindo junto com toda a Galáxia.

E assim volto ao Toré dos amigos Xucurus que dançam num círculo sem fim, fincando o pé direito no chão, dançando e cantando “quem está aqui SOU EU, quem pisa esta Terra SOU EU!”, se afirmando como seres co-criadores, se inclinando com o coração à Mãe Terra, Pachamama, que é a linda Virgem Santa que tudo nos brinda, que tudo nos dá. De onde viemos e para onde voltaremos como seres da matéria que somos a experienciar a vida nesta vibração tridimensional.

E agora, voltando a viver o Tempo, para assim harmonizarmos com toda a biosfera e consertar e concertar nossa noosfera (a esfera da mente) que tá tão doente coitadinha com tantas crenças de que não temos poder, de que não conseguimos, de que somos pobres e temos que lutar para conseguir as coisas. Afirmar que SOMOS UM, com o pé direito no chão, com arte, com dança e atrevimento, pois cada um é um ser Único e especial e essencialmente necessário para o grande vôo desta nossa Nave Terra.

Somos a Gradiva, a heroína que avança, a mulher que dança. Recuperamos nossa força feminina, nosso poder de gerar, nossa intuição, nosso lugar na natureza. Basta agora ir à Guerra, escutar nossa voz interior e nos lançarmos não só nas redes sociais virtuais, mas nas ruas, no trabalho, em todos os lugares. Ir à guerra com arte, com alegria e, principalmente, com Amor.

* Juan Eduardo Isaza Saucedo é artista e terapeuta holístico

2 Comments

  • Sarah Caroline on

    Legal, amigo artista/terapeuta! Reforçando, no ‘Dia de Reis’, fiz uma oficina de danças circulares (maravilhosa, como sempre), com o amigo França Filho antes da palestra de Eduardo Maia, e novamente fui dançar depois – no cavalo marinho do espaço de Mestre Salu. Foi tudo ótimo. Concordo com as colocações de Juan, Vamos seguir mais a Gradiva, gente: namorar, dançar, pintar, plantar e cantar com muito carinho e humor, e deixar as intervenções políticas, protestos e reivindicações em segundo plano, na medida do possível, para re-equilibrarmos as nossas energias e as planetárias?

  • Etevaldo Alves dos Santos on

    ótimas colocações de despertar, que surta o efeito por vc. e tantos outros combatentes para a moralização na divizão lógica dos direitos e propriedades que não são de acumulo de riqueza de bens materias e sim no sentido de alavancar ainda mais a clareza das afirmações e a realidade sobre a história tão distorcida pelos inescrupulosos seres que veém na ignorância dos fatos reais uma forma de pregação da mentira repassada nas escolas, faculdades e demais orgãos que apenas cumprem ditames dos pretensos poderosos, que fizeram fortuna se fazendo crer pela imposição do béns que detinham, além de titúlos inventados na intenção única de meter medo aos menos favorecidos por um sistema árcaico e devasso que durante fodos os periodos da história, apenas fizeram para acumular fortunas extraidas do trabalho bruto desenvolvido por estas mesmas nações que ainda ameaçam extinguir, cito Xucurus e muitas outras ou todas as nações indigenas e de qualquer outra etnia, como as que damos testemunho da exploração desenfreada dos direito e propriedades do carater de cada um.
    Vamos a luta, esta é uma guerra que precisa ser travada, sem temer as armas utilizadas pelos inimigos, que até podem ser poderosas, mas que se voltará contra eles mesmo.

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