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‘Sol, Júpiter, Marte, Vênus e Plutão formam a ponta do diamante’, por Haroldo Barros

(Artigo publicado originalmente no blog do autor: http://haroldobarros.wordpress.com)

Os planetas acima se posicionam de maneira a formar essa rara configuração planetária, indicando a possibilidade de aprendizados ou decisões difíceis.

Muitas das técnicas de interpretação astrológica se baseiam nas figuras geométricas formadas pelos aspectos (ângulos) entre os planetas. Ao analisar essas figuras, devemos, portanto, levar em conta, entre outras coisas, as cores desses aspectos. Dessa maneira, os aspectos facilitadores (trígono e sêxtil), normalmente grafados em azul, significam facilidades e talentos, enquanto os aspectos desafiadores (quadratura e oposição), normalmente grafados em vermelho, indicam obstáculos a serem vencidos, assim como a energia necessária para os impulsos às nossas conquistas. Já os aspectos de ajuste (semi-sêxtil e quincúncio), normalmente grafados em verde, representam aprendizados e/ou necessidade de ajustar algo, para que os potenciais possam aflorar.

Portanto, num mapa astrológico pessoal (falando de maneira superficial, é claro), uma figura geométrica inteiramente azul traduz uma ampla fluência de talentos; já uma figura totalmente vermelha pode significar uma grande energia, ao lado de uma boa dose de desafios; e uma figura formada apenas por linhas verdes indica algo a ser aprendido ou ajustado.

As figuras mais fascinantes e mais cheias de significados são as mistas (aquelas formadas por linhas de mais de uma cor), pois podem significar marcantes oportunidades de crescimento e aprendizado.

Neste dia 02/12/12, o Sol, em Sagitário, se coloca em oposição (ângulo de 180º) a Júpiter, em Gêmeos; por outro lado, o par Plutão-Marte, em Capricórnio, se coloca em sêxtil (ângulo de 60º) a Vênus, em Escorpião. Essas linhas se cruzam, formando uma figura angulosa e aguda, com a ponta no planeta Júpiter, aos onze graus de Gêmeos, chamada por muitos de “ponta de diamante”.

Essa figura é significadora de crises e oportunidades de mudança, ainda que de modo não muito fácil.

Ficou mundialmente famosa uma pesquisa realizada pela Dra. Elizabeth Kübler-Ross, médica psiquiatra que trabalhou com doentes terminais. Segundo a Dra. Kübler-Ross, existem cinco estágios pelos quais os pacientes terminais passam, antes de aceitar a morte iminente. Primeiro, o estágio da negação. O paciente não aceita a ideia e nega a possibilidade, mesmo diante de evidências. O segundo estágio é o da cólera: o paciente esbraveja e grita contra o destino ou contra Deus. Fica realmente zangado porque sua vida está chegando ao fim. O terceiro estágio é o da barganha: o paciente começa a oferecer um novo tipo de comportamento (um nova dieta, um novo modo de lidar com as pessoas, uma nova chance à religião) em troca de um prolongamento de sua vida. O quarto estágio é o da depressão: a tristeza que se instala diante do inevitável. E, finalmente, vem o estágio final da aceitação: consciente dos fatos, o paciente reconcilia-se com a vida e com a morte iminente e pode usufruir de seus últimos instantes em paz.

Em Astrologia, normalmente não estudamos a morte física, por considerar que ela está fora do alcance de nosso livre-arbítrio. Mas entendemos que as mesmas fases da morte detectadas por Kübler-Ross podem ser encontradas nos processos de mudança pelos quais passamos, ao longo de nossas vidas. Investimos muito de nosso tempo e energia para evitar a dor e a crise. A maior parte de nós abomina a idéia de perder ou de se desligar de qualquer coisa à qual estejamos ligados, mesmo aquelas coisas que sabemos prejudiciais, mas que, pela força do hábito, mantemos.

Nutrimos e alimentamos um medo especial por perder aquelas coisas que representam o nosso senso de identidade: relacionamentos, empregos, salários, ideais, conceitos religiosos, etc.

E muitas vezes, diante da mudança inevitável (= morte do ego), reagimos exatamente como os pacientes terminais estudados pela Dra. Kübler-Ross: primeiro, negamos que algo tão característico de nossa ego-identidade esteja prestes a desmoronar; depois, esbravejamos a nossa cólera contra tudo e contra todos; em seguida, tentamos barganhar (tarde demais!) a sobrevivência dessa nossa parte tão desgastada de nossa composição psíquica: “vou passar a me comportar assim ou assado”, “vou me emendar e mostrar serviço”; depois, ficamos profundamente deprimidos pela inexorabilidade da mudança; e finalmente, aceitamos a mudança e somente a partir daí podemos agir para criar o destino que desejamos e merecemos.

A ponta de diamante, formada nos céus nesse dia 02 de Dezembro, é um poderoso indicativo de que o Cosmos nos dá a chance de compreender a mudança e seus porquês, seja pela consciência, seja pela dor. Não necessariamente o desenvolvimento se dá pela dor. Isso só acontece quando teimamos em não tomar consciência da necessidade de mudança. Daí surge a crise e a dor que faz aprender.

Se você já tem o seu mapa astrológico, observe a figura formada pelo retângulo e veja que casa do seu mapa é tocada pela ponta do diamante (os onze graus de Gêmeos, onde está Júpiter) e assim você terá uma indicação da área da vida onde você pode vir a passar por testes de vida que lhe trarão consciência e aprendizado.

Dica literária: “A Roda da Vida” ou ”Sobre a Morte e o Morrer”, da Dra. Kübler-Ross. Esse ou qualquer outro dos títulos de sua autoria farão você ter uma perspectiva diferente sobre a vida e a morte.

Dica cinematográfica: Lado a Lado (Stepmom, USA, 1998, dirigido por Chris Columbus), onde você vai ver um super elenco (Julia Roberts, Susan Sarandon e Ed Harris) encenar uma luta pela vida diante da inevitabilidade da morte e a busca da adaptação para as novas realidades impostas pelas mudanças (=pequenas mortes) que a vida traz.

Ah, prepare um lenço… Você pode chorar um pouco, ao ver que a história é sobre você.

 

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