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Por novas paisagens

Por Beatriz Brusantin*

Na última quinta-feira, dia 15 de maio, as cidades de Olinda, Recife e região metropolitana e interior do estado vivenciaram o segundo dia da greve da Polícia Militar o que gerou um desequilíbrio em nossas estruturas mentais de segurança e conforto. Diversos crimes ocorreram em um número elevado para poucas horas do dia. Entre roubos, saques, invasões e tumultos, os moradores em geral, juntamente com as mídias locais, se apoiaram no sentimento do medo ao justificar a “desordem”. Porém, o que podemos sentir com o fato?

Uma sociedade que saqueia lojas e mercados é uma sociedade faminta por igualdade! Recife/Olinda ontem trouxe à tona a mais pura realidade: estamos famintos e esgotados de um sistema capitalista falido.

A ausência da PM traz justamente a abertura para a verdade, escondida pelo autoritarismo da polícia que nasceu para proteger a propriedade.

Por favor, precisamos olhar a fundo, vandalismo e banditismo são frutos da sua sociedade. Filhos de um capitalismo que pauta como valor de vida o TER e o CONSUMIR.

Então, com um pouco mais de clareza, seria sábio e consciente os que sonham em passar em um concurso e ter estabilidade FINANCEIRA, ou se dedicam diariamente para ter um posto melhor e, assim, um SALÁRIO melhor, não desenvolver conclusões de que no dia 15 de maio vivemos um clima de guerra, de terror, de falta de consciência coletiva.

Descansemos o cérebro no coração. Vivemos ontem verdades, sintomas da sociedade doente que alimentamos ao cotidianamente ‘enobrecer o MATERIAL e não valorizar o ESPIRITUAL’.

Onde poderíamos pisar sem medo? Creio que a base está no cuidado e no amor a todos. E sabemos todos: a cultura capitalista é que a menos cultiva isso.

Se precisamos de uma PM para nos sentir em PAZ e não temermos o outro, podemos ter certeza, estamos numa sociedade MUITO DOENTE e PRECISANDO DE UM OUTRO CAMINHO. Estamos precisando de NOVAS PAISAGENS mentais e reais. Um viver com menos sistemas artificiais que saqueiam e sabotam insistentemente os acessos à nossa natureza humana genuinamente livre.

* Beatriz Brusantin é historiadora, reikiana, praticante de meditação e aprendiz do budismo tibetano.

1 Comments

  • Lucieni (Mana) on

    Respeito a sua opinião mas acho que educação é de que estamos famintos. Numa tribo indígena, existe respeito às suas leis e regras. E lá não há o capitalismo. Simpatizo com o sistema socialista, mas não acho que conseguiremos uma igualdade desrespeitando leis. Foi lamentável o que aconteceu e muito me envergonhou. Sds

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