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O Sol ingressa no signo de Virgem, por Haroldo Barros

(artigo publicado originalmente no blog: http://haroldobarros.wordpress.com)

Em seu contínuo caminhar pela roda zodiacal, o astro-rei adentra no signo de Virgem, no próximo dia 22, quarta-feira, iniciando um ciclo de purificação e simplificação das coisas.

Sexto signo do Zodíaco, Virgem está mitologicamente associado a Astréia, deusa da Pureza e da Harmonia, que, durante a Idade do Ouro (a idade da perfeição) habitava a Terra, entre os mortais. Ao iniciar-se a Idade da Prata e o correspondente declínio da civilização, a deusa retira-se para as montanhas, passando a habitar entre os pastores, onde ainda havia maior pureza e harmonia.

Quando se inicia a Idade de Bronze e as desavenças entre os homens se tornam cada vez mais freqüentes, Astréia, por não suportar tal desarmonia e temendo macular-se, abandona definitivamente a Terra e vai para o Céu, transformando-se na constelação da Virgem.

Desde então, o signo de Virgem, simbolizado por essa constelação, tem sido o ícone da Pureza, símbolo da harmonia, como um sinal nos céus a nos alertar e lembrar de que os homens podem (e devem!) limpar-se da carga de suas impurezas (físicas e emocionais), alcançando uma vida mais harmônica e mais saudável.

Durante a estada do Sol no signo de Virgem, o Cosmos nos convida a um resgate da Pureza e da Simplicidade, por meio da análise crítica e da tomada de consciência de nossas próprias impurezas e excessos interiores. E nada melhor do que o trabalho para purgar as toxinas físicas e emocionais que nos adoecem e sobrecarregam.

O signo de Virgem também está associado à colheita dos cereais (o alimento puro, não poluido). Tanto que a Virgem, na constelação tem em sua mão uma espiga de trigo. Inclusive, a estrela Spica (“espiga” em latim), alfa da constelação da Virgem (ou seja, a mais brilhante da constelação), simboliza fertilidade e prosperidade.

Dante ensinou que na Natureza não existem supérfluos. Portanto, todo supérfluo é contra a Natureza e, conseqüentemente, contra Deus. E como dizia Gandhi, o Mahatma, a grande virada de qualidade da raça humana está associada a um retorno, urgente, a uma vida mais simples. Sem tantas falsas necessidades criadas por uma mídia mistificadora e inconseqüente. Sem a busca incessante de uma suposta liberdade, que, de tão ansiosa, já constitui um grilhão. E, sobretudo com a intenção firme de viver e conviver em paz. Talvez isso seja mais fácil do que imaginamos. E talvez nos requeira menos renúncias do que pensamos.

Aproveite a passagem do Sol em Virgem e procure conscientizar-se acerca de todos os supérfluos em sua vida. Essa será uma boa forma de eliminar as impurezas que impedem o seu sucesso e sua felicidade.

Nesse ciclo, que precede ao início da Primavera (que ocorrerá com a entrada do Sol em Libra, em 22 de Setembro), estamos cosmicamente intimados a uma grande limpeza de ordem física (e, portanto, médica), emocional e espiritual, a fim de nos prepararmos para a celebração do Equinócio, onde ultrapassamos o umbral do “eu” para adentrarmos os domínios do Todo, em núpcias cósmicas.

E já que Virgem é o signo do trabalho, convidemos o inesquecível e indispensável Gibran, o poeta do Líbano, num trecho de “O Profeta”:

“Quando trabalhais, sois como uma flauta através da qual o murmúrio das horas se transforma em melodia. Quem de vós aceitaria ser um caniço mudo e surdo quando tudo o mais canta em uníssono?

(…)

Disseram-vos que a vida é escuridão; e no vosso cansaço, repetis o que os cansados vos disseram.

E eu vos digo que a vida é realmente escuridão, exceto quando há um impulso.

E todo impulso é cego, exceto quando há saber.

E todo saber é vão, exceto quando há trabalho.

E todo trabalho é vazio, exceto quando há amor.

E quando trabalhais com amor, vós vos unis a vós próprios e uns aos outros e a Deus.”

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