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[MALLIKA FITTIPALDI] Tudo é bom. Duvida?

| Por Mallika Fittipaldi |

‘Tudo é bom. Duvida?’ Com o escorrer da areia do tempo na ampulheta da vida, passei a acreditar nesta afirmação, e veio a reforçá-la uma pequena narrativa lida em algum lugar, não sei quando e nem em que livro.

Contava que um velho monge, com rosto de monge, vestes de monge, caminhar de monge, enfim, todo monge, passara a vida procurando a Iluminação Búdica, o Samadhi, o Êxtase Espiritual, Nirvana, o estágio mais elevado da consciência divina. Essa sua busca o levara aos quatro cantos do mundo, a muitos e muitos mosteiros, a práticas e práticas espirituais. Contudo, até aquele momento amargava a não realização.

Neste dia, ao caminhar por uma feira livre, foi chamada sua atenção para uma pequena discussão entre uma velha senhora e um vendedor de peixes.

– Esses peixes estão podres! – Dizia a senhora.

– Nada disso. Todos estão frescos. – Retrucava o vendedor.

– Veja só que a carne deste aqui está mole e velha!

– Não! Não! Não está!

– E esse cheira a podre!

Irritado o vendedor aumenta o volume da voz e grita:

– Todos os peixes são bons! Tudo é bom!

E o monge naquele instante cósmico se ilumina.

É bom chegar atrasado e perder a saída do trem, do ônibus, do avião? Sim, pode ser que sejamos o único que sobreviverá a um acidente.

É bom ter que trabalhar a vida quase toda em dois empregos, dois contratos? Sim. Quando na velhice tivermos apenas as aposentadorias como ganho.

É bom não ter sido escolhido como par dessa ou daquela pessoa para o resto da nossa vida? Sim. Quando vemos com o tempo que a dita pessoa não era o que imaginávamos.

E tantos e tantos outros exemplos poderiam ser dados.

Pontuo, no entanto, que se tudo é bom, nem tudo é prazeroso…

A solidão que nos faz contar conosco mesmo, a nos amar, é dura, porém, nos fortalece.

O peso extra, a obesidade, nos dirige a uma alimentação saudável.

As exigências do mercado nos arremetem aos estudos e crescimento intelectual.

A morte do ser querido nos faz enfrentar a verdade da impermanência, nos ensina a ficar mais tempo com que gostamos, a atuar amorosamente com todos, a tentar ser mais compreensível e tolerante com os que ainda caminham conosco. E outras atitudes positivas.

E se além dessas percepções somamos à nossa vida a ótica das verdades espirituais, que nos alerta para a perfeição dos acontecimentos universais, teremos a certeza que ‘Tudo é Bom’, mesmo que doa.

* Mallika Fittipaldi é terapeuta Holística, Sensei Reiki e palestrante.
Contato: 99621.2409 (Whatsapp) | mallikafittipaldi@hotmail.com

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