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[INTEGRANDO SAÚDE] Amor Como Caminho Direto – Parte 5: Amar a Deus na relação mãe-filho

Imagem de PublicDomainPictures por Pixabay

Por Gabriela Sencades Migge* |

Ser mãe e pai é gerar um potencial imenso de amar incondicionalmente outro ser. É o nosso primeiro grande amor, que vai além de nós mesmos, além de nossas necessidades e interesses. Antes de ter um filho, às vezes pode parecer que já se “experienciou” o amor de forma intensa e que quando achamos que chegamos ao seu limite vem um pequeno ser e expande essa possibilidade, provando para nós que tal sentimento é infinito e está disponível a todos nós o tempo todo.

Amor é a única coisa que à medida que “usamos mais” ele só aumenta, não há restrições de uso, nem contraindicações. Quando acertamos a vibração do amor temos todo o universo em nossas mãos. E é isso que um filho vem para dizer para a gente, sem que uma palavra seja dita, sem que tenhamos consciência… um filho é o próprio Deus dizendo “Olá, estou aqui!” e quando estamos atentos, e percebemos isso, ocorre uma grande transformação.

Relação mãe-filho(a), e aqui pode ser entendida como pai-filho(a) também, não há diferença. O jeito de se relacionar sim, com certeza tem, mas não quer dizer que um seja maior que o outro nunca. É preciso lembrar apenas que quando um filho nasce, nascem também um pai e uma mãe. Quando isso acontece de forma sincrônica temos o amor instalado e desabrochado, vivo e acolhedor.

Porém, algumas vezes ou o pai ou a mãe, quando não os dois, não nascem também e aí temos todo aquele potencial infinito e poderoso de amor adormecido, em estado de latência, mas ainda está lá. Assim como uma semente que ainda não foi germinada, mas tem todo o potencial para germinar. Talvez germine, talvez não.

A nós só cabe torcer para que o potencial se torne potência e que não haja nenhum filho sem pai e mãe, sejam estes de sangue ou não, pois a semente do amor não é exclusiva entre aqueles com DNA compatível. Ela nasce e desabrocha em qualquer local, por mais áridos que possam parecer.

No ocidente, porém, essa relação é tão complexa que às vezes nem conseguimos a entender muito bem. E muitos orientais, quando chegam aqui no ocidente, não conseguem entender como há filhos e mães com emoções tão densas entre si, uma vez que essa relação para eles é tão sagrada, como se fosse uma divindade. E gratidão, educação positiva e bondade amorosa deveriam ser a base dessa relação de plena e total confiança.

Porém, geralmente aqui, no ocidente, cultiva-se as emoções mais paradoxais possíveis. Um misto de alegria e sofrimento, quando não apenas sofrimento, sendo fonte infindável de aflições e prisões. Isso acontece porque aqui, mais que no oriente talvez, se confunda muito amor com apego. E não só isso, parece que a educação que temos é baseada na culpa e na vergonha, de modo que vamos aprendendo a esconder as emoções, não permitindo assim a auto-aceitação.

Desse modo, como vamos aprender a apreciar e amar o outro se não nos amarmos ou nos acolhermos? E assim vamos vivendo um ciclo sem fim de uma educação baseada em autoritarismo e falta de respeito.

Esse ciclo só vai se romper à medida que lançamos luz a essas relações. E aí, de repente, chega um ser na árvore genealógica da família que consegue decodificar toda aquela “herança” que se recebeu por ciclos geracionais sem fim. Esse ser finalmente pensa: “Se comigo foi assim, imagine como foi com o ser que veio antes de mim? Considerando todo o seu contexto histórico-cultural. E o ser que veio antes, deste então!?”

Quando vamos elucidando essas questões o perdão é natural. Pois percebemos que nossos ancestrais não sabiam fazer diferente. E que, dentro do contexto deles, fizeram o melhor que podiam. E, mesmo assim, o seu melhor acarretou em como somos hoje. E, se hoje temos a oportunidade de elucidar essas relações e fazer diferente, deveríamos agradecer.

Agradecemos, pois mesmo na pior das hipóteses de termos uma educação negativa, ela nos permitiu, hoje, saber as complicações e consequências dela e termos a certeza do que, pelo menos, não devemos fazer. E olha que, mesmo aprendendo o que não-fazer com a próxima geração, muitas vezes nós repetimos a eles igualzinho, como naquela música “ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais.” Desse modo, é necessário perceber que devemos sempre lançar consciência do que estamos fazendo com nossos filhos, a fim de não repetir erros e transmutar o que aprendemos de negativo.

De toda maneira é preciso deixar as dúvidas e medos de lado, pois assim como amamos nossos antecessores, os nossos sucessores também vão nos amar, pois quando estamos envolvidos de coração, intencionando educar e desenvolver positividades, tanto nossas quanto dos nossos pequenos, vamos abrindo nossa percepção para o que funciona ou não naquele contexto, para aquele ser. Vamos nos adequando e aprendendo juntos, esse doce e difícil caminho que é educar, baseando-se apenas em amor e não em expectativas.

Para mim, a maternidade foi meu encontro com Deus. A partir dela começou-se a operar uma revolução em minha vida. Pois eu queria ser melhor para pode acolher a pequena Malu da melhor forma possível. Quem me colocou nesse caminho de cultivo interno foi esta minha pequena mestra. Malu, que a partir da primeira batida de seu coração, ainda dentro de mim, me mostrou que eu poderia ser melhor, que ainda tinha e tem todo um potencial latente muito pouco explorado.

Mergulhei fundo nessa caminhada, encontrando minha própria sombra várias vezes. E, mesmo quando parecia que eu estava fisicamente longe, em retiros e estudos, eu não poderia estar mais perto dela, pois a força para caminhar brotou dela. Agora o pequeno mestre Chico chegou para me ensinar a lançar sementes, compartilhando o que vi, vivi e ainda vivo. Já caminhei muito, mas sinto que ainda é só o começo.

Meus filhos são meus mestres, sem dúvida. E a cada dia é um desafio novo de situações surpreendentes, tanto boas quanto más, mas se abrir e tentar enfrentar tais situações com coragem, calma, humor, amorosidade e sabedoria encaro como um dever, pois meus queridos mestres precisam de uma mãe emocionalmente estável, o quanto mais eu consiga ser, a fim de poder honrar o presente recebido do Universo por mim.

Que a vida deles seja leve, cheia de alegrias e aprendizados e que eu possa contribuir de alguma forma para que o encantamento natural que eles têm pela vida nunca se perca. Mas, se perder também, tudo bem! Sempre há tempo para resgatá-lo. Se eu conseguir ensinar isso já valeu a missão!

* Gabriela Sencades Migge é terapeuta holística, co-fundadora do Espaço Cuidar, mestra em reiki, frequenciadora de luz, aurículoterapeuta, terapeuta floral, terapeuta prânica, thetahealer, facilitadora em meditação. Realiza atendimentos presenciais no bairro das Graças, no Recife-PE, Brasil.

Marque sua consulta pelo número: (81) 9.9163-5351 (claro/whatsapp).
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