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[INTEGRANDO SAÚDE] Amor como caminho direto – Amar a Deus amando a Si mesmo

Por Gabriela Sencades Migge* |

Aquele que ama a si mesmo nunca prejudicará o outro”
(Buda)

Quando consideramos o mundo um terreno inglório, injusto e temeroso, feito apenas de amarguras, sofrimentos, guerras e ódios, onde será que está faltando amor em seu nível mais profundo? Talvez seja em nós mesmos, afinal o mundo é construído de acordo com o que “eu vejo”. Dessa forma, se há guerras é porque eu estou em guerra. Se há conflitos, ódios e misérias é porque “eu” não estou em paz, não sinto amor e não sou grato.

Assim, a partir de nosso “micro mundo”, vamos construindo, como uma espécie de onda, que vai até o nível macro. Pois pensem, se eu não estou em paz e meu vizinho também não e se isso se estende para o nosso bairro, cidade, país, continente e, finalmente, o mundo, que espécie de lugar a humanidade está criando para viver?

Certamente não será um lugar pacífico! E, nesse sentido, é necessário urgentemente atentarmos para o que pensamos, sentimos e vivemos, pois necessariamente isso determinará a nossa realidade de mundo.

Um fato que me atordoa é a crescente falta de intolerância uns com os outros dos tempos atuais. Sempre houve conflitos, é fato. Porém, hoje, é preciso “pisar em ovos” com o que se vai falar, para não ser “apedrejado” na rua. Parece que cada vez menos temos a possibilidade de nos expressar, pela crescente falta de aceitação uns com os outros. E aí há um estranhamento, uma espécie de “rugido” dentro de uma disputa por estar certo, de se ter toda a razão.

Então fico aqui com meus botões: “será que perdemos a capacidade de nos aceitarmos?”

Acredito que passamos nossos dias apontando os erros desse e daquele ser e esquecemos de olharmos para as nossas próprias falhas. Apenas parece que o outro erra e, quando ele erra, deve ser “executado” sem dó nem piedade, pois nos achamos “baluartes” de uma pureza impecável.

Não me admira que o movimento nazista anda crescendo em todo mundo, pois quando paramos de amar e sentir empatia, viramos uma arma mortal que dispara “verdades absolutas” contra tudo que não se enquadraria no “meu” dogma de pureza. Passamos daí a viver encurralados por nossos próprios dogmas, onde não há espaço para errarmos e aprendermos com nossos erros. E vamos criando assim uma sociedade narcisista, baseada em orgulho cego pelo que foi criado como modelo de perfeição e sustentado a todo custo.
E aí passamos a olhar apenas os defeitos dos outros e cegando para os nossos próprios. E assim vamos vivendo sem empatia, vamos guerreando com nossos familiares, vizinhos, bairro, cidade… Mas o ponto é: de onde nasceu tanto ódio, tanta repulsa?

Com toda a certeza respondo: nasceu de nós mesmos, por nós mesmos! Criamos algo para nos enquadrar e não conseguimos, porém não aceitamos e insistimos em viver sob aparências, aparência de que está tudo bem, que “eu” me encaixo perfeitamente, mas, lá no fundo, há um grande esforço para se adequar e dizer “olhem todos, eu sou normal.”

E diante desse fingimento vamos dizendo que somos bons, os melhores, os tais. Cultivando necessidades desnecessárias e passando por cima de tudo e todos para se conseguir. Esquecemos do outro, centramo-nos em nós e assim vamos destruindo as nossas relações, nossa saúde (física, mental e emocional) e o planeta.

Deixamos de ser amorosos para sermos egoístas, autocentrados. “Primeiro meu conforto, minhas necessidades”, “se faltar para os outros, paciência, pois eu primeiro, afinal eu mereço, pois eu sou o tal.”

Bem, toda essa construção até agora é para dizer que confundimos orgulho com amor próprio. Há uma diferença discrepante nesses dois sentimentos. O orgulho seria manifestação do ego, que gera narcisismo (autocentramento). Não há nenhum resquício de amor aqui. A mente cria a ilusão de um ser e se acredita que é realmente aquele ser. É como se você vestisse uma fantasia do Batman e acreditasse realmente que fosse o Batman e saísse cometendo “crimes” por aí, se achando acima das leis, de tudo e todos.

Em termos práticos, vestimos a aparência de “pai de família”, “esposa ideal”, e saímos por aí mostrando “distintivos” da “moral” e dos “bons costumes”. Mas internamente a gente sabe que não é bem assim. Às vezes o casamento está falido, o marido tem vida dupla (outra família) e/ou a mulher sofre de depressão, por exemplo.

Nesse contexto, onde está a solução? A solução seria simples: é apenas sair do contexto! Seria “tirar a fantasia” entende? É simples, mas não é fácil. Eu bem que sei, não é fácil para mim, nem para ninguém sair daquele contexto sob o qual estruturamos todo o nosso mundo. Parece que vamos ficar sem chão, sem a nossa querida e conhecida estabilidade que nos permite entrarmos numa deliciosa e apática “normose” a vida inteira (em sofrimento, mas em “segurança”, né?)

Porém, amar é antes de tudo um ato de coragem. E este ato começa quando olhamos para nós mesmos. Se auto-amar é olhar diretamente para as nossas sombras, aquilo que há de mais obscuro, vergonhoso, que muitas vezes vendamos nossos olhos para não ver. Retirar essa venda é se olhar no espelho nu, sem véus, sem máscaras, totalmente desarmado, sem acusar, nem defender, sem culpar ou enaltecer, somente aceitar, entender. “Sou o que sou”, com toda carência, raiva, preconceitos, orgulhos etc.

Traga seus “defeitos” (emoções negativas) à sua mente, tome consciência deles e finalmente se perdoe! Você merece se perdoar, se acolher e se compreender. Abrace-se como alguém que perdoa alguém que viveu te magoando e diga para você mesmo “não quero mais te fazer mal, eu vou cuidar de você, eu te amo e você merece ser feliz.”

Não se importe se não soar verdadeiro no inicio, todo cultivo é um processo e é preciso respeitar o seu próprio tempo. Apenas vá cultivando auto-amor, respeitando-se, dando voz a que seu eu mais profundo quer, precisamos primeiro entender o que queremos (isso é fundamental para estarmos em paz), pois quando não sabemos bem o que queremos nasce o conflito interno que se expressa em todos os âmbitos de nossa vida.

Entendendo bem o que eu quero sou mais assertivo nas minhas ações e isso desmantela toda autosabotagem e baixa-autoestima que decorre na não-aceitação, da culpa, do não-merecimento, da vergonha.

Às vezes, aliás, muitas vezes, as pessoas não acham que podem ser felizes. E simplesmente acham que é assim mesmo. “O mundo é de sofrimento, e eu estou sofrendo e isso faz parte de estar no mundo.” Bem, definitivamente essa postura é uma grande geradora de doenças, pois se eu me acomodo a tal padrão, do tipo “não quero me mexer e não me transformo e é assim mesmo que as coisas são.” A doença será certa. Entende isso?

Isso é um grande problema de perspectiva. Talvez, ao mundo, esteja faltando um pouco mais de perspectivas, a fim de olhar nossa própria vida por outros ângulos que possam possibilitar uma mudança. Assim, quando achar que tudo não vai bem, olhe sob outras perspectivas a sua própria vida, pois quando escolhemos mudar os padrões de pensamentos, quando optamos por nos amar e a respeitar nosso corpo, mente e espírito criamos um novo mundo, uma nova realidade de muitas possibilidades e percebemos aí que sair do sofrimento é uma questão de escolha.

Cultivar o auto-amor é essencial para podermos amar aos outros com plenitude, pois entendendo toda a nossa “dor e delícia” aprendemos a amar “o belo por ser belo, pelo seu erro”. Ou seja, entendendo que todos nós somos feitos de luz e sombras, tomando consciência que assim somos, assim nos aceitamos e assim vamos evoluindo e entendemos o outro da mesma forma, pois só conseguimos acolher o outro quando conseguimos, antes de todos, acolher a nós mesmos.

Há uma meditação no budismo tibetano chamada de Metabhavana (meditação do amor universal), mas antes de qualquer ser, devemos direcionar tais intensões para nós mesmos. São oito frases em que se constrói a aspiração e a visualização do ser que vamos mentalizar (nesse caso nós mesmos), superando seus obstáculos e obscurecimentos.

Deixo aqui como sugestão de prática. Façam mesmo, por que é transformador, eu garanto. Mas, façam todos os dias, se puder mais de uma vez por dia. Cinco minutos é um bom começo. Digam as frases (pode ser verbal ou apenas mentalmente) e se visualizem realizando cada frase:
1. Que eu seja feliz (se visualize sendo e sentindo-se feliz);
2. Que eu supere todo o sofrimento;
3. Que eu encontre as verdadeiras causa da felicidade;
4. Que eu supere as verdadeiras causas do sofrimento;
5. Que eu supere todo o carma;
6. Que eu manifeste lucidez instantânea e naturalmente;
7. Que eu desenvolva formas de beneficiar os seres verdadeiramente e
8. Que eu encontre nisso a fonte de alegria e felicidade.
Faça quantas vezes for necessário até se sentir preenchido pela felicidade.
Seja feliz!
Você merece!

* Gabriela Sencades Migge é terapeuta holística, co-fundadora do Espaço Cuidar, mestra em reiki, frequenciadora de luz, aurículoterapeuta, terapeuta floral, terapeuta prânica, thetahealer, facilitadora em meditação. Realiza atendimentos presenciais no bairro das Graças, no Recife-PE, Brasil.

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