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[INTEGRANDO SAÚDE] Amor como caminho através da relação com a Natureza

“Há riqueza o bastante para as necessidades do Homem, mas não para a sua ambição.”
(Gandhi)

Por Gabriela Sencades Migge* |

Vocês já ouviram falar em pegada de carbono (carbon footprint)? Esta seria a quantidade de carbono anual que cada indivíduo emite. Em outras palavras, é a estimativa da quantidade anual que cada individuo destrói o planeta.

Quem faz esses relatórios é o IPCC (painel intergovernamental de mudanças climáticas), órgão da ONU responsável por analisar e avaliar as informações científicas sobre as mudanças climáticas e seus impactos ambientais e socioeconômicos. Para saber mais vocês mesmos podem acompanhar os relatórios neste link!

É lindo o trabalho do IPCC, pois milhares de cientistas se voluntariam de forma gratuita e atuam como autores, colaboradores e revisores de trabalhos científicos, a fim de esclarecerem à população mundial sobre as consequências de suas escolhas destrutivas.

Diante de uma mobilização mundial tão grande, o que cada indivíduo pode fazer para se unir a esse esforço planetário? Será que podemos fazer algo mesmo?

Não só podemos como devemos, afinal, se chegamos à beira da extinção planetária não foi à toa. Cada ser a cada instante, a cada escolha não bem pensada, a cada compra por impulso e não-consciente, a cada inversão de valores priorizando o desnecessário e o descartável assume a responsabilidade por essa destruição desenfreada.

De modo que se não tomarmos consciência agora, se não transformarmos nossas escolhas, não haverá um futuro viável para o nosso planeta daqui a menos de 30 anos. Um período muito curto mesmo, eu e meu marido estaríamos com 64 anos e meus filhos estariam em plena vida adulta uma com 40 e o outro com 33 anos. É duro de imaginar que não vamos chegar a essa idade, por que a própria humanidade extinguiu a humanidade!

É tempo que despertemos urgentemente para as relações de consumo que criamos e que é a responsável pelo desequilíbrio de todo o planeta. Por conta disso nos desconectamos da natureza e ao fazer isso esquecemos nossa essência, que nada mais é do que ser uma parte dentro desse grande mundo.

Foto de satélite da Nasa denunciando a devastação da Amazônia. Publicada no Twiter, em dia 21.09.19.

Agimos como se não fossemos responsáveis, que está tudo bem e que “só vou fazer algo pelo planeta se eu não sair da minha zona de conforto”. Assim, enquanto pudermos estar comprando enlatados, engarrafados, embalados e cheios de agrotóxicos, mas que deixam a dispensa cheia, porém corpo e mente vazios, vamos fazendo como se isso não tivesse nada a ver como picos de calor, tempestades, enxurradas, furacões e tsunamis que isso proporciona. Sem mencionar na quantidade de lixo deposta no mar, na contaminação das águas doces, nas secas, nas queimadas… Enfim, chegamos a um ponto que não podemos mais fingir não ver que o que está na nossa mesa e em nossos “utilitários” promovem, a passos largos e desenfreados, a nossa extinção.

Desse modo, comer orgânicos, por exemplo, e apoiar pequenos produtores, não é luxo ou “cult”, longe de qualquer modismo, pois é necessidade, estando em jogo a nossa própria sobrevivência, pois quando escolhemos comer pimentão, por exemplo, durante o ano inteiro não respeitamos os processos sazonais, ou seja, o curso da natureza, o produtor vai envenenar o alimento, a fim de que este resista e possa produzir o ano inteiro. Mas, fico me perguntando, até quando? E a que preço?

Assim, transformar a relação de consumo é a chave, pois quem diz que comprar orgânico é caro com certeza nunca comprou direto do produtor. Acaba vendo o preço da gondola de supermercado em uma sessão pequenininha estão os orgânicos a um preço fora da realidade. Outra coisa fora da realidade é ter todos os nosso bens de consumo baseados no valor do petróleo. Condicionando o valor do alimento ao frete, pois, nas monoculturas os produtos atravessam grandes distâncias para chegarem à mesa do consumidor. Acho que isso ficou super claro com a greve dos caminhoneiros que ocorreu em 2018, eles ficaram sem trabalhar e alguns alimentos começaram a faltar nos supermercados.

Isso tudo acaba sendo uma ação insana a fim de mantermos a todo custo a “normose”. Assim, por não querer mudar, seja por medo ou comodidade vamos minando com a nossa própria vida, numa dimensão planetária.

Nós já estamos pagando e vendo as consequências de nossas atitudes impensadas e parece que seguimos anestesiados como bois para o abate. Essa é uma realidade muito dura, mas se não atuarmos todos para uma substancial mudança de nossa relação de consumo, vamos estar fadados a fracassar como humanidade.

Quando vejo esses estudos sobre a pegada de carbono e mudanças climáticas começo a olhar para nós como se fôssemos parasitas. Afinal, qual é o tipo de relação em que um ser se beneficia prejudicando o outro (considerando o planeta Terra como um ser vivo, um complexo integrado de seres que atuam em conjunto para dar vida ao organismo)? Nesse caso, a Terra, a nossa postura em relação a este organismo é parasitária, pois nós estamos nos “beneficiando” em detrimento de sua degradação, como se não soubéssemos que sem um planeta viável não temos nada, não temos roupas, não temos alimentos, tecnologias, pois nem sequer temos vida.

Existiu um mestre cuja história me inspira muito, São Francisco de Assis. Ele veio ao mundo para nos ensinar humildade, simplicidade, desapego e, principalmente, amor por toda a Criação. Ele conversava com os animais e os chamava de irmão. Irmão pássaro, irmã vaca, irmã ovelha etc. fazendo vivo o ensinamento de outro mestre, Jesus Cristo, de “amar ao próximo como a ti mesmo”. Nesse sentido, “o próximo” para São Francisco seria todo organismo vivo, que é digno de amor e compaixão.

Dessa maneira, só haverá uma substancial mudança quando pararmos de olhar a natureza como “recursos”, pois recursos são objetos disponíveis a serem usados de forma displicente e “esbanjadora”. No momento que olharmos a natureza como “próximo”, ou seja, inseparável de mim e, como eu, merecedora de meu amor (ela também deve ser amada!) retiramos a ideia de objeto e vemos a qualidade de ser. E, por fim, deixaremos posturas parasitárias e viveremos finalmente uma relação simbiótica, onde há benefícios mútuos entre os seres.

Para continuarmos essa reflexão recomendo ver e talvez rever alguns filmes da lista abaixo e espero que tenhamos todos a vontade de agir para mudar nossa realidade promovendo assim previsões mais positivas para o futuro planetário.

Segue a lista:

  1. Muito além do peso: https://www.youtube.com/watch?v=8UGe5GiHCT4

  2. A Carne é Fraca: https://www.youtube.com/watch?v=BjEZi_zN29E

  3. Fast food é droga?: https://www.youtube.com/watch?v=VXHGUlXP37w

  4. Meat the truth – uma verdade mais que inconveniente: https://www.youtube.com/watch?v=u7LBPHtOBnk

  5. Cowspiracy: https://www.youtube.com/watch?v=5ATRlfHSgHM

  6. GMO OMG: https://www.youtube.com/watch?v=_7ojcZrjxTg

  7. Food Inc (comida S.A): https://www.youtube.com/watch?v=_bFQHXCtn3Y

  8. Netflix: cooked: https://www.youtube.com/watch?v=epMAq5WYJk4

  9. Fed up: https://www.youtube.com/watch?v=oRzFmxhZkQ0

  10. Food choices: https://www.youtube.com/watch?v=oRzFmxhZkQ0

  11. Folks over knives: https://www.youtube.com/watch?v=O7ijukNzlUg

  12. Sustainable: https://www.youtube.com/watch?v=VbWqIIl8EL0

  13. Indefense of food – manifesto em defesa da comida: https://www.youtube.com/watch?v=3rWfbBlm_Vk

  14. Super size me – a dieta do palhaço: https://www.youtube.com/watch?v=FW0MsB-KVDk

  15. Fat, Sick and nearly dead – Gordo, doente e quase morto: https://www.youtube.com/watch?v=5Z1Jo0GZnV4

  16. Jiro Dreams of sushi: https://www.youtube.com/watch?v=vwbWNv0SCcA

  17. Tedx ensinar alimentação a todas as crianças: https://www.ted.com/talks/jamie_oliver/transcript?language=pt-br

  18. Tedx o que esta errado com o que comemos: https://www.ted.com/talks/mark_bittman_on_what_s_wrong_with_what_we_eat?language=pt-br

  19. Tedx um Jardineiro guerrilheiro no centro-sul de L.A: https://www.ted.com/talks/ron_finley_a_guerilla_gardener_in_south_central_la?language=pt-br

  20. That sugar film: https://www.youtube.com/watch?v=5k7ZJijIt-4

Leitura recomendada:

Giannetti, Eduardo. Felicidade: diálogos sobre o bem-estar na civilização. São Paulo: companhia das letras, 2002.

Samten, Padma. O Lama e o economist – dialogos sobre budismo, economia e ecologia. São Carlos: RiMa, 2004.

Reportagem Olhar Digital 20.08.19 – https://olhardigital.com.br/noticia/fotos-de-satelites-da-nasa-mostram-queimadas-na-amazonia/89447

Reportagem BBC de 20.08.19 – https://www.bbc.com/portuguese/geral-49402577

Post revista Bodisatva dia 22.08.19 – https://www.facebook.com/revistabodisatva/photos/a.853772061427423/1408487755955848/?type=3&theater

Revista Bodisatva – http://bodisatva.com.br/altruismo-e-meio-ambiente/

* Gabriela Sencades Migge é terapeuta holística, co-fundadora do Espaço Cuidar, mestra em reiki, frequenciadora de luz, aurículoterapeuta, terapeuta floral, terapeuta prânica, thetahealer, facilitadora em meditação. Realiza atendimentos presenciais no bairro das Graças, no Recife-PE, Brasil.

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