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[INTEGRANDO SAÚDE] Amar a Deus amando a si mesmo no cultivo de uma boa alimentação

Por Gabriela Sencades Migge* |

No artigo anterior ‘Amar a Deus Amando a Si Mesmo‘, um último ponto foi uma sugestão de prática chamada de Metabhavana (meditação do amor universal), que consiste na repetição e visualização do sentido das seguintes frases:
1. Que eu seja feliz (se visualize sendo e sentindo-se feliz e assim por diante);
2. Que eu supere todo o sofrimento;
3. Que eu encontre as verdadeiras causa da felicidade;
4. Que eu supere as verdadeiras causas do sofrimento;
5. Que eu supere todo o carma;
6. Que eu manifeste lucidez instantânea e naturalmente;
7. Que eu desenvolva forma de beneficiar os seres verdadeiramente e
8. Que eu encontre nisso a fonte de alegria e felicidade.

Isso é um bom começo. Mas, não pare por aí. Passo a passo, devagar, à medida que ganhamos confiança, vamos evoluir à visualização e vamos para realização, passando então a agir. Essa ação vem agora a partir da percepção de quais atitudes que tomávamos que nos agredia profundamente. Começamos então a não nos agredir e a perceber que âmbito temos um “nó” mais complicado: família, relações amorosas, amizades, atividades físicas, estudos, alimentação, drogas, poder, dinheiro… enfim, relações entre pessoas e com objetos que pode gerar dependência ou indiferença em qualquer âmbito de nossa vida e nos tornam cegos, fazendo-nos agir contra nós mesmos. Porém, agora, vamos descortinando alguns véus.

A mudança sempre vem, não importa se lenta ou abrupta, ela acontece. E, quando vamos contemplando as situações, vamos lidando com as situações com maior naturalidade, mesmo que sejam super difíceis. Mas não precisamos estar iluminados para começarmos a agir é necessário que a ação venha, pois a medida que vamos agindo vamos aprendendo também.

Podemos começar com ações transformadoras mais simples e pequenas a fim de que possamos ir estabelecendo um continuum de mudanças pequenas na perspectiva de que, em algum momento, elas transformarão toda a nossa vida. Para melhor, assim espero!

Que tal começar com algo simples, como a alimentação, por exemplo. Preciso repetir que o que pode ser simples às vezes não é muito fácil. E quando o assunto é alimentação é necessário considerar que isso mexe diretamente com nossos apegos mais primitivos, nossas memórias mais afetivas, de amor e de cuidado que recebemos, mas que nem sempre nos levam a cultivar saúde, como o caso do “leitinho quentinho” que ganhávamos daquele ente querido quando estávamos gripados. Mas percebam, que, apesar de ser um gesto super amoroso, o leite talvez não seria o melhor dos alimentos para quem está com excesso de muco decorrente de processos inflamatórios, pois o leite, quando de origem animal, vai contribuir para a proliferação desse muco, piorando o processo inflamatório.

Considerando isso como apenas um pequeno exemplo, ainda precisamos refletir a seguinte questão: será que passamos a maior parte do tempo nos intoxicando ou nos nutrindo? Será que a partir da escolha do que eu coloco para dentro do meu corpo eu posso estar cultivando alguma doença que com o passar de um tempo ela irá inevitavelmente se manifestar?

E a sua mente? Como fica depois de ingerir açúcares refinados, gorduras ruins em excesso, carnes com muitos hormônios, remédios, doenças e cheias de agrotóxicos também (lembre que um boi, por exemplo, acumula tanto agrotóxico quanto nós seres humanos, pois essas substâncias são acumulativas em gorduras).

Quando você come, qual a intensão desse ato? Se nutrir? Sentir prazer apenas? Compensar carências, ansiedades e medos pelo prazer da comida? A quem você está servindo na hora de se alimentar: seu ego ou seu corpo?

Perceba que nosso corpo precisa do alimento certo para funcionar bem. Ao colocar coisas tóxicas para dentro de nosso corpo, este vai dar sinais sutis que não ligamos muito e, muitas vezes, nem associamos ao que comemos. É o caso da digestão lenta, sentimo-nos pesados, a mente fica confusa, letárgica, gases, constipação, sonolência, mal cheiros e por aí vai. Já ouviram aquela frase “comi tanto que fiquei triste.”?

Porém, ao teimar e não dar ouvidos ao que o corpo está pedindo (repare que precisamos ouvir o que o corpo pede e não o ego), como, por exemplo, alimentos de fácil digestão, frescos, naturais, sem venenos, enfim, quando não ouvimos o pedido de nosso corpo, vamos cultivando doenças de todos os tipos, por anos, até que elas despontam como um pedido de socorro de nosso corpo para nós mesmos.

Nesse sentido, toda doença é um grito de socorro de nosso corpo que diz “por favor, pare de me tratar mal!”, “você precisa mudar, senão vamos colapsar!”. Importante considerar aqui que não é só de alimentos que nosso corpo se nutre. Emoções tóxicas, como solidão, tristeza, ciúmes, raiva, inveja, tristeza, também são péssimos “alimentos”. Portanto, cuidado! Para uma boa nutrição é preciso que ela seja integral também (em corpo, mente e espírito).

Mas bem… à medida que vamos aprendendo a nos amar, nós vamos ficando mais atentos ao pedidos de nosso corpo e assim vamos cuidando dele com carinho. Afinal, ele é nosso veículo, nossa casa neste mundo e, como toda casa, precisa de cuidados.

E, nesse sentido, começar a dar o alimento adequado é fazer uma grande reforma estrutural. Seria como transformar um cortiço em palácio, e dar a todos os seres que moram nele – no caso, células, bactérias, órgãos e tecidos – o título de nobreza, ou melhor, talvez o de santidade, onde todos são igualmente importantes e reverenciados por nós mesmos, o seu único súdito, e que é integralmente responsável por todo seu sustento e beleza (no caso, a sua saúde, pois corpo bonito é corpo saudável, não importa a forma).

Eu realmente não pretendo fazer apologias a este ou aquele estilo de se alimentar. Não se trata disso. Quero aqui apenas abrir pontos de reflexão sobre o assunto e deixar que o leitor procure o melhor e a partir daí aplique em sua vida.

Com isso aspiro que suas escolhas sejam feitas com consciência e liberdade. Sem influência de outras pessoas, da indústria e/ou do próprio aprisionamento do ego. Com muita observação e experimentação vamos intuindo naturalmente o que nosso corpo pede ou que nosso ego exige, vamos nos libertando das exigências e nos orientando pelo bom senso. De forma natural, prazerosa também, mas que esse prazer esteja vinculado ao bom senso, unindo-o com a nutrição e a funcionalidade dos alimentos também, por que não né!?.

Minha aspiração é que, sejam quais forem suas escolhas, que estas se baseiem na aspiração de que seu corpo seja seu templo sagrado a fim de manifestares a sua expressão divina, a sua melhor versão.

Vamos começar?

Deixo, ao final, algumas boas receitinhas, caso você não saiba por onde começar, mas deseja com sinceridade tentar.

Leites vegetais – podemos fazer com coco, frutas oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas), amendoim, gergelim, enfim, existe uma grande variedade para todos os gostos e bolsos também. Os mais baratos são o de coco, de amendoim e de semente de girassol sem casca.

São super versáteis, podemos usar em tudo, substituindo o leite animal das receitas tradicionais. Não altera em nada a textura, mas pode ser que deixe algum sabor, vá testando os leites vegetais que mais se adequam ao seu paladar.

O passo a passo básico é:
1. Deixe de molho a semente que quer experimentar por no mínimo 4h (o leite de coco não precisa deixar de molho, a menos que queira germiná-lo, o que é uma ótima opção nutricional, mas germinar um coco seco precisa de paciência, às vezes leva um mês ou mais para ele despontar o “narizinho” indicando que germinou);
2. Dispense essa água do molho;
3. Bata no liquidificador na proporção 1:3, ou seja, uma parte de semente (ou coco ralado) para 3 partes de água. (se quiser mais denso bata com menos água ou use, no máximo, 4 partes de água para 1 de semente, caso queira mais ralo.
4. Coe. O leite de coco, pode ser coado no coado tradicional mesmo, porém os outros é ideal coar com um paninho de voal fininho, a fim de que as fibras não deixem seu leite rançoso.
5. Está pronto! Pode-se fazer bolos, tortas, biscoitos, iogurte, papa, ou simplesmente tomar com café ou chocolate.

Mingau de aveia super prático
1. Depois de feito um leitinho vegetal bem consistente com 1/2 xic. de qualquer oleaginosa já hidratada  – castanhas, amêndoas, nozes, amendoim… (Eu gosto muito de usar sementes de girassol sem casca),  batidas no liquidificador com 1 xic. de água (não precisa ser coado)
Juntar com:
2. 2 col. Sopa de aveia em flocos
3. 1 col sopa de chia
4. Pedaços de tâmaras secas e ou passas para dar um docinho. (Opcional)
5. Uma Pitadinha de nada de sal
6. Melado ou açúcar de sua preferência (uso demerara misturado com canela proporção 1:1)
Coloque tudo em um pote de vidro, e leve à geladeira da noite para o dia, ou pelo menos por 3h, e pronto!

Yogurte de leite de coco
1. Faz-se um leite de coco bem grossinho (de preferência com o coco germinado), daí usa uns 500ml e coloca uma cápsula de kefir ou qualquer outro lactobacillus que vende nas farmácias em cápsulas (tipo floratil, repoflor…). O trabalho que dá é abrir uma cápsula e derramar o pozinho no leite.
Detalhe: faz o leite de coco com água morninha (quente demais não pois matará as bactérias e não fermentará), para acordar nossas amadas bactérias. O ponto da temperatura da água é você colocar seu dedo imerso na água e poder suportar a temperatura por 5 segundos.
2. Cobre o pote e espera por até 10h fora da geladeira para fermentar.
3. Depois vai para a geladeira.
4. E em 2h tá geladinho.
5. Pode adoçar com melado ou o açúcar que quiser. Ou bater com frutas ou geleia, para deixar docinho, pois fica bem azedinho.

Almôndegas de lentilha
1. Das lentilhas cozidas e temperadas que geralmente sobram do almoço, pode-se colocar chimichurri, alho frito (mas pode ser cebola e alho refogados também) e mais um salzinho, cuidado para não temperar demais! Siga provando ;)
2. Acrescente também gergelim hidratado (por no mínimo 2h) para agregar valor nutricional e aí, além de proteínas, temos um prato rico em cálcio, magnésio etc. (opcional)
3. Misturar na centrífuga para fazer uma massinha úmida, eu uso um Mixer (daqueles de mão, super prático)
4. Depois vai juntando e misturando com as mãos o polvilho doce, aos poucos.
5. Vai testando até dar o ponto de fazer as bolinhas. Elas ficam meio grudentas na mão, mas dá p fazer, uma boa é ir lavando a mão e fazendo as bolinhas com as mãos molhadas para eles não grudarem tanto.
6. Colocar as bolinhas no prato ou forma untados com óleo e vai ao forno ou na fritadeira sem óleo. Em 15 minutinhos fica pronto na fritadeira, no forno leva uns 30 minutos. Ver se tá douradinho e pronto!
Pode servir com vários molhos, uso muito o de tomate e ralo castanha do Pará por cima.

Bon appétit!

PS: Para qualquer dúvida, ou para mais receitinhas, você pode visitar meu instagram: @gabrielasencades
Pode me mandar mensagem por lá sobre dúvidas culinárias, adoro responder essas questões. Sempre estou pesquisando algo sobre alimentação e nutrição e o que eu não souber eu corro atrás para responder de forma segura. ;)

* Gabriela Sencades Migge é terapeuta holística, co-fundadora do Espaço Cuidar, mestra em reiki, frequenciadora de luz, aurículoterapeuta, terapeuta floral, terapeuta prânica, thetahealer, facilitadora em meditação. Realiza atendimentos presenciais no bairro das Graças, no Recife-PE, Brasil.

Marque sua consulta pelo número: (81) 9.9163-5351 (claro/whatsapp).
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Atendimentos via Skype: Gabi Sencades

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