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Herbert Lucena lança novo disco

COCO VIAJADO by Herbert Lucena

“Não me peçam jamais que eu dê de graça tudo aquilo que eu tenho pra vender” é o título do segundo disco de Herbert Lucena, onde o cantor mistura instrumentos populares como pandeiros, pífanos e zabumbas com os eruditos piano, violino e violoncelo.

Herbert Lucena nasceu em Recife, mas passou toda sua infância e adolescência em Caruaru, Agreste de Pernambuco. Seu pai é do Sertão do Estado, sua mãe da Zona da Mata. Essa mistura de tempero nas suas raízes explica a escolha de Herbert por um ritmo bem invocado: o coco. Um ritmo de estrofes variáveis, cantado pelos ‘coquistas’ ou ‘cantadores de coco’, que acompanhados de pandeiros ou ganzás, revezam-se nos improvisos e na estrofe prefixada, como define Câmara Cascudo.

A música influencia Herbert desde criança, mas o envolvimento maior e definitivo surge na adolescência, com a “turma da esquina”. Era um grupo de meninos que se juntavam numa esquina do bairro Indianópolis (em Caruaru) e tocava madrugada adentro. A turma resolveu levar música a sério e formou a banda de rock Uzzo. Herbert foi um dos fundadores, junto a Junio Barreto, Djalma Acioli e Romero Viegas. No início da década de 80 os meninos de Caruaru perceberam que a cidade estava ficando pequena para eles. A banda Uzzo ganhou asas e partiu para Recife. A música foi executada em todas as rádios do Estado e ainda embalou em emissoras do Rio de Janeiro e Salvador.

A banda Uzzo se desfez no ano de 1993, com dez anos de duração e um EP gravado, Herbert ainda se integrou à banda Má Companhia, como baterista (instrumento que ele tocou por muito tempo). Depois dessa experiência voltou para Caruaru. Cada integrante da Uzzo seguiu um rumo, uns insistiram na música. O fato é que Herbert queria mesmo era cantar coco. Repare: Ele juntou seus vinis, ouviu, pesquisou ritmos e fez a opção. Foi assim: desde menino Herbert ouvia e dançava coco, forró e ciranda, lá na Rua 3 de Maio, em Caruaru (que fazia sucesso no São João, onde só se tocava e dançava os ritmos autênticos).

Jacinto Silva, Jackson do Pandeiro e Azulão também foram decisivos na sua escolha. E assim ele abandonou de vez o rock por uma nova e inseparável paixão. Mas ainda tem outra explicação nessa descoberta de Herbert Lucena pelo coco, essa mais particular: por ele ser meio aperreado e só gostar de cantar ligeiro, ele viu no coco o que procurava: um ritmo apressadinho, de frases longas num compasso curto.

O cantor sempre sentiu uma grande admiração pela parte rítmica das bandas de pífanos, esse sentimento levou Herbert a introduzir esta formação percussiva em seu trabalho, fazendo assim um casamento perfeito.

A primeira música de Herbert como ‘coquista’ foi “Na pisada desse coco”, que deu nome a seu primeiro CD, lançado em junho de 2004. Logo em seguida ele se mudou para Recife com uma só meta: tornar o coco reconhecido e valorizado em todo o Estado. Mas é o cenário do Agreste pernambucano que inspira o artista a compor e produzir novos trabalhos.

Como compositor tem músicas de sua autoria gravadas por nomes como Irah Caldeira, Silvério Pessoa, Azulão, Dominguinhos e Terezinha do Acordeón.

Além de cantor e compositor, Herbert Lucena também atua na produção musical e executiva de artistas regionais, participou como produtor executivo do CD Sanfona de Boca, do instrumentista Tavares da Gaita. No ano de 2005 criou o selo Coreto Records, que já gerou dois importantes trabalhos – o CD Viola e Amigos do poeta e repentista Zé Vicente da Paraíba e em 2006 o CD Solte o Azulão do cantor Azulão – bastante elogiados por toda crítica especializada.

(Parte deste texto foi reproduzido do site http://www.musicadepernambuco.pe.gov.br)

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