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[HAROLDO BARROS] O Sol entra em Virgem

Por Haroldo Barros |

Em seu contínuo caminhar pela roda zodiacal, o astro-rei adentra no signo de Virgem, neste dia 23 de agosto de 2018, iniciando um ciclo de purificação e simplificação das coisas.

Sexto signo do Zodíaco, Virgem está mitologicamente associado a Astréia, deusa da Pureza e da Harmonia, que durante a Idade do Ouro (a idade da perfeição) habitava a Terra, entre os mortais. Ao iniciar-se a Idade da Prata e o correspondente declínio da civilização, a deusa retira-se para as montanhas, passando a habitar entre os pastores, onde ainda havia maior pureza e harmonia.

Quando se inicia a Idade de Bronze e as desavenças entre os homens se tornam cada vez mais freqüentes, Astréia, por não suportar tal desarmonia e temendo macular-se, abandona definitivamente a Terra e vai para o Céu, transformando-se na constelação da Virgem.

Desde então, o signo de Virgem, simbolizado por essa constelação, tem sido o ícone da Pureza, símbolo da harmonia, como um sinal nos céus a nos alertar e lembrar de que os homens podem (e devem!) limpar-se da carga de suas impurezas (físicas e emocionais), alcançando uma vida mais harmônica e mais saudável.

Durante a estada do Sol no signo de Virgem, o Cosmos nos convida a um resgate da Pureza e da Simplicidade, por meio da análise crítica e da tomada de consciência de nossas próprias impurezas e excessos interiores. E nada melhor do que o trabalho para purgar as toxinas físicas e emocionais que nos adoecem e sobrecarregam.

O signo de Virgem também está associado à colheita dos cereais (o alimento puro, não poluído). Tanto que a Virgem, na constelação, tem em sua mão uma espiga de trigo. Inclusive, a estrela Spica (“espiga” em latim), alfa da constelação da Virgem (ou seja, a mais brilhante da constelação), simboliza fertilidade e prosperidade.

Dante ensinou que na Natureza não existem supérfluos. Portanto, todo supérfluo é contra a Natureza e, conseqüentemente, contra Deus. E como dizia Gandhi, o Mahatma, a grande virada de qualidade da raça humana está associada a um retorno, urgente, a uma vida mais simples. Sem tantas falsas necessidades criadas por uma mídia mistificadora e inconsequente. Sem a busca incessante de uma suposta liberdade, que, de tão ansiosa, já constitui um grilhão. E, sobretudo, com a intenção firme de viver e conviver em paz. Talvez isso seja mais fácil do que imaginamos. E talvez nos requeira menos renúncias do que pensamos.

Aproveite a passagem do Sol em Virgem e procure conscientizar-se acerca de todos os supérfluos em sua vida. Essa será uma boa forma de eliminar as impurezas que impedem o seu sucesso e sua felicidade.

Nesse ciclo, que precede ao início da Primavera (que ocorrerá com a entrada do Sol em Libra, em 22 de Setembro), estamos cosmicamente intimados a uma grande limpeza de ordem física (e, portanto, médica), emocional e espiritual, a fim de nos prepararmos para a celebração do Equinócio, onde ultrapassamos o umbral do “eu” para adentrarmos os domínios do Todo, em núpcias cósmicas.

Detalhe importante: Ao entrar no signo da Virgem, o Sol fará trígono com Urano, em Touro, e Saturno, em Capricórnio, formando uma linda figura azul chamada Grande Trígono ou Triângulo de Talento.

Trata-se de uma configuração de grande poder de estímulo e realização, já que acontece nos signos de Terra. Um ótimo momento, portanto, para colocarmos em prática aquela ideia ousada, para realizarmos aquele projeto, para lançarmos as sementes do que queremos alcançar, no futuro, por meio de uma ação focada e consistente.

Mãos à obra e ao trabalho!!!

E já que Virgem é o signo do trabalho, convidemos o inesquecível e indispensável Gibran, o poeta do Líbano, num trecho de “O Profeta”:

“Quando trabalhais, sois como uma flauta através da qual o murmúrio das horas se transforma em melodia. Quem de vós aceitaria ser um caniço mudo e surdo quando tudo o mais canta em uníssono?
(…)
Disseram-vos que a vida é escuridão; e no vosso cansaço, repetis o que os cansados vos disseram.
E eu vos digo que a vida é realmente escuridão, exceto quando há um impulso.
E todo impulso é cego, exceto quando há saber.
E todo saber é vão, exceto quando há trabalho.
E todo trabalho é vazio, exceto quando há amor.
E quando trabalhais com amor, vós vos unis a vós próprios e uns aos outros e a Deus.”

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