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[DESPERTANDO] Cada mulher tem consigo outras três

| Por Mirtiline Leitão* |

O sistema força a mulher a se limitar, se encolher, na expressão da expectativa criada pelos papéis de gênero, que colocam a totalidade do que é ser mulher dentro de caixinhas, totalmente pautadas pela cultura patriarcal.

Então, vendo-se envolta em toda essa cultura e sistema,  mulher aceita representar os papéis que lhe foram dados, pretendendo ser reconhecida como produtiva, ativa, moderna, forte. Só que essa atitude a faz desconectar-se de si, e de toda a ligação ancestral que tem com a natureza e seus ciclos. Ela perde a conexão com a sua menstruação, com seu corpo, e todo o seu poder de autoconhecimento.

Precisamos aceitar que somos cíclicas. Pela imensa e legítima vontade de nos emancipar, mergulhamos de cabeça no sistema, nos adequando, e nosso relógio biológico foi substituído, alterado pelo tempo cronometrado, pela exatidão das máquinas. Essa despersonalização nos contagiou a ponto de querermos ser as mesmas todos os dias. Naturalmente não somos, somos cíclicas. Mudamos toda semana, e muitas de nós não entendem isso.

Tomamos pílula para não viver nossa menstruação, que é tida como “aqueles dias”, “os piores dias do mês”. Tudo isso para não sentir nossas mudanças corporais a cada sete dias. Para produzirmos mais para o sistema que nos aprisiona. Para servir a ele. Para estarmos cada vez mais submissas e anestesiadas. Não queremos sentir. Nos recusamos a nos sentir. A nossa cultura definitivamente não foi feita para caber nela as particularidades femininas e suas necessidades.

O preço a pagar é nossa total desconexão. A harmonia da natureza é cíclica, o universo é cíclico. Por que, então, não aceitamos nossa natureza também cíclica? Que ovulamos, nos fertilizamos, sangramos e geramos vida? Por que temos nojo de nossos pêlos, e do nosso sangue, que é pura vida? Por que não aceitamos nossos corpos, nossa individualidade?

Não é simples coincidência, que o ciclo menstrual dure 28 dias. Corresponde exatamente a um ciclo lunar completo, onde a lua mostra suas quatro faces, e a mulher suas quatro fases, ou arquétipos (a feiticeira, a menina, a mãe e a anciã). Levando sempre uma das três consigo, em cada ciclo em que estiver.

Temos primaveras, verões, outonos e invernos dentro de nós! Somos a representação da natureza e seus mistérios. A mulher que se recusa a se observar não consegue sentir e perceber isso. A mulher que se recusa a se fragilizar, a aceitar suas tempestades e seus vulcões, se recusa a sentir. Prefere adormecer, se entorpecer diante da infinita e irreversível possibilidade de conhecer a si mesma. Prefere se entregar ao sistema, asséptica, sem pêlos, sem cheiros, produtiva, reta, previsível, mas nunca cíclica.

Você não é uma só. Aceitando isso, se observando, aprenderá a amar cada fase do seu ciclo, a olhar com amor para estes acontecimentos tão seus, que se mostram desde os primeiros momentos da sua vida, e que sempre estiveram lá, mas nunca foram realmente compreendidos.

O verdadeiro amor por si está em se deixar ser quem se verdadeiramente é, está em se aceitar e acolher, em sua totalidade e seus mistérios. Eu te amo. Eu nos amo. Se ame. Viva seus ciclos. Viva seu sangue, seu poder! Desperte!

* Mirtiline Leitão é Psicoterapeuta Reencarnacionista, Perinatal e Doula. Trabalha também com Regressão Terapêutica, Ginecologia Natural, Florais da Lua e facilita círculos de mulheres e vivências de autoconhecimento. Idealizadora e fundadora do Despertar Terapias Integrativas.

Atendimentos: Despertar Terapias Integrativas – Av. Rosa e Silva, 670, sala 504, Aflitos, Recife/PE.
Agendamento: 81-99657.3067
E-mail: mirtiline@gmail.com
Instagram: www.instagram.com/mirtilines

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