Crianças, por Graça Galindo
Mensagem canalizada por Graça Galindo em 24.jul.2011
(quarto dia do curso de Maná, Jardim Alforria)
A liberdade é um dom inalienável. A liberdade de expressão é um dom divino. As crianças não devem ser reprimidas na sua expressão verdadeira. O único limite é não ferir o outro. A repressão da expressão tem um custo muito alto para o ser: distúrbios, doenças, sofrimento, infelicidade.
A espontaneidade é um dom precioso. A pura expressão do ser é um direito espiritual. Olhe para a natureza, como ela é exuberante, plena de vida, quando ela conta com um solo fértil, sol, água e liberdade. É disso que as crianças necessitam. Elas são muito cerceadas na nossa cultura. Cerceadas na sua verdadeira expressão. São tolhidas pelo medo, o medo de não serem amadas se forem elas mesmas. Isso começa muito cedo. Não nos damos conta do que fazemos às nossas crianças. Somos movidos pelo medo, o medo da nossa própria expressão. Tolhemos a expressão delas, como estamos bloqueados na nossa. Isso precisa mudar.
A nova Terra precisa de seres plenos e verdadeiros para que possa florescer. O adubo é o amor. Amem as suas crianças sem medo. E lhes deem espaço de expressão. As capacidades inatas se manifestarão, florescerão, se realizarão. Os seus corpos crescerão livres e flexíveis. E elas dançarão a dança da vida, com o vento, com o fogo, com a água, com as plantas, com os animais. A sua energia circulará livremente, unindo céu e terra. Elas se sentirão enraizadas na terra e, ao mesmo tempo, alcançarão os céus. As suas vozes sairão da garganta livremente e elas entoarão uma música celestial.
Nós cerceamos nossas crianças porque temos medo da nossa própria expressão. Dentro da nossa natureza, todos nós temos uma criança ainda completamente pura e livre. Em algum lugar recôndito do nosso ser ela habita. Uma criança que corre e dança, brinca com os bichos, e cujo riso é como uma cascata. Em algum lugar ela está quieta, esperando que nós abramos espaço para ela em nossas vidas. Com ela está o nosso riso, a nossa doçura, a nossa espontaneidade, a nossa alegria de viver. Precisamos encontrar essa criança, e trazê-la para a nossa vida. Só assim, poderemos entoar, junto com os pequenos seres que estão aos nossos cuidados e se encontram à nossa volta, a música celestial. Composta de todos os sons, todos os tons, todas as cores, construindo juntos a harmonia que a Terra precisa, a harmonia que nós, seres humanos, precisamos.