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[CHAMO ESTRELA] Sol entra em Áries e a roda da fortuna gira mais uma vez

Ilustração: Banco de Imagens/ Flores no Ar

Por Ana Ghandra* |

No dia 20 de março, data do Equinócio de Outono, para nós do hemisfério Sul, às 12h34 (horário de Brasília), marca-se a entrada do Sol no signo de Áries, que é o primeiro signo do zodíaco e por isso olhamos para este evento como o início do ‘Ano Novo Astrológico’.

A Astrologia Tropical (a qual pratico) baseia-se no movimento da Terra ao redor do Sol (movimento de translação), o qual gera as estações do ano. Diferente da Sideral, que considera as Constelações, a Astrologia Tropical tem como referência os solstícios e equinócios.

O signo de Áries é o pioneiro, aquele que rompe e vai, sem olhar pra trás, sem pedir permissão. Regido por Marte, traz vigor, força e coragem para tomar iniciativa e agir em prol do que almeja. É um signo de bastante autonomia, por isso muitas vezes enfrenta desafios em criar consensos e parcerias (seu oposto é Libra), pois não gosta de esperar por ninguém, trazendo uma faceta mais individualista na execução de suas tarefas.

Áries possui muita energia para iniciar as coisas, mas pouca resiliência no que tange a manter o que começou. Por isso, muitas vezes pode abrir vários projetos, mas com desafios em concluí-los. De qualquer maneira, por ser um signo cardeal, de fogo, é admirável a sua exuberância em fazer o que quer, com ímpeto, sem medo e sem procrastinar.

E a cada ano nós astrólogos olhamos para o mapa que é gerado quando o Sol inicia seu curso a 0 grau de Áries. Ao interpretar este mapa, temos informações que nos permite avaliar as condições deste novo ano que se anuncia.

Neste ano de 2022, temos um mapa dinâmico, intenso e de conclusões. A Lua estará em Libra, aos 29 graus – considerado na Astrologia um grau crítico, pois é o último grau antes de entrar no próximo signo –, posição que evidencia um ano de finalizações, e o signo de Libra (oposto ao de Áries) simboliza as parcerias, os relacionamentos, a diplomacia, o equilíbrio, a harmonia, a paz. Por isso podemos ter neste novo ano um foco maior nestas questões.

A fase lunar cheia deste mapa reafirma que este será um ano de conclusões, de maior carga emocional e de ápices nos temas simbolizados por Libra. E para somar intensidade a este panorama, temos a Lua em Libra em uma quadratura (aspecto de tensão) com Plutão a 28 graus de Capricórnio. Este é um ponto delicado, mostrando que haverá forças poderosas, advindas das sombras, dos lugares onde não temos controle (Plutão), desafiando o desejo emocional (Lua) por paz e união (Libra). Isso pode simbolizar separações, términos, traições e impedimentos à sonhada paz no mundo em guerra. Sob um olhar mais positivo, este aspecto pode trazer transformações (Plutão) duradouras (Capricórnio) nos aspectos emocionais (Lua) de nossas relações (Libra).

Para termos uma ideia de como esta dinâmica irá se desenrolar, olhamos para a Vênus (regente de Libra) a fim de avaliar o que estará movendo nossos desejos, finanças e autovalor (temas de Vênus). Vênus está no libertário signo de Aquário, recém saída de uma quadratura com Urano e se encaminhando para uma conjunção com Saturno. A Vênus em Aquário ama sua própria liberdade, o visionário, aquilo que é fora dos padrões, e possui conexões com as amizades e atividades coletivas, por enxergar o amor (Vênus) de uma forma menos convencional. Vênus em Aquário nutre amor pela humanidade (Aquário).

Porém, há uma quadratura entre o planeta do amor e Urano, reforçando a energia de rompimentos, invocando um desejo maior por liberdade e incitando a quebra de padrões estagnados. Pode ser o amor que surge do nada, de uma forma inesperada, emocionante e avassaladora. Este é o ano de amar o diferente, pois o amor pode estar aonde não se espera. Podem ocorrer relações que chocam, justamente por serem fora do padrão. No campo das finanças, este aspecto pode trazer ganhos ou perdas de forma inesperada. Investimentos em áreas da tecnologia e alimentos estarão em alta. De alguma forma o amor e as finanças receberão toques de excentricidade neste ano.

No entanto, não podemos esquecer de que uma quadratura em signos fixos (Aquário e Touro) impele uma mudança, muitas vezes de forma imposta, onde não necessariamente desejávamos, mas que inevitavelmente será necessário atravessar (a quadratura com Plutão, citada antes, às vezes, simboliza transformações para além da nossa vontade). Em um mapa sempre buscamos reafirmações sobre o que determinado aspecto demonstra, e isso vai adicionando força àquele tema observado.

A conjunção de Vênus com Saturno, que ocorrerá exata no dia 28 de março, também marca este mapa, então é preciso considerá-la também. Aqui temos a fatídica “cobrança de fatura” que Saturno traz. É como se Saturno nos batesse à porta exigindo responsabilidade pelo que desejamos e queremos manter (Vênus). É um dia de acertos kármicos (Saturno fala das lições que precisamos aprender) e de reajustarmos a rota de nossas vidas.

Áries é regido por Marte, portanto este é um planeta que também merece atenção. Ele estará se aproximando de uma quadratura a Urano, botando mais lenha na fogueira deste novo ano. Este é um aspecto bastante errático (quando falamos de Urano o imprevisível é a tônica), podendo simbolizar acidentes, questões relativas à eletricidade, ansiedade, impulsividade, rebeldia, radicalismos.

Neste aspecto temos de um lado Marte (o guerreiro, o gatilho, o que age) e de outro lado Urano (que quer romper, questionar as estruturas, balançar o barco). Logo temos nesta equação vetores que juntos podem trazer caos e mudanças inesperadas, porém pode-se também haver a coragem necessária (Marte) para romper (Urano) com algo que há tempos nos aprisionava. De qualquer maneira, nossa segurança será testada e será preciso encarar em nós ou no outro estas ondas de impulsividade e transformações de onde menos esperamos.

Este é um ano que se apresenta de forma tensa, intensa e dinâmica. Pode trazer mudanças significativas em nossas vidas (quer queira ou não), uma vez que balançará nossa zona de conforto (como se já não estivéssemos), só que desta vez a um nível mais agudo, impelindo transformações radicais em nós e no mundo.

 

* Ana Ghandra é mineira, radicada na Chapada Diamantina. Há 20 anos estuda Astrologia e pratica a interpretação de mapas. Nos últimos anos tem dedicado sua pesquisa à fomentação de pontes entre a Astrologia, a contemporaneidade, a espiritualidade e a política.

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