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[CAIXA DE PANDORA] O coração que renasce entre dores e cores – Parte 1

Por Juliana Florencio* |

Este texto é parte do trabalho que escrevi para a conclusão do Curso de Formação em Arteterapia pela Traços/Faintvisa, em 2014.

Nessa primeira parte abordarei o mito de Dioniso.

O artigo surgiu a partir da experiência de estágio em arteterapia no qual foram realizadas vivências com mulheres com diagnóstico de depressão associado a queixas somáticas. Uma imagem bastante recorrente durante o processo foi o coração e, a partir dela, houve a aproximação com Dioniso e o que conta o mito sobre seu coração sobrevivente.

Tendo em vista o sofrimento dessas mulheres, considerando o esquartejamento do corpo em áreas apropriadas pela medicina, o rapto das imagens do coração pelo preenchimento da palavra escrita religiosa, a realidade de alienação do corpo e o rechaçamento de aspectos do feminino, o processo arteterapêutico grupal configurou-se como uma forma de criação, transformação e ampliação de possibilidades de existência mais autênticas no mundo.

DO CORAÇÃO DE DIONISO À ARTETERAPIA: O PERCURSO DAS IMAGENS

Dioniso, para os gregos, é um deus estrangeiro, vindo do Oriente. De acordo com o orfismo, nasceu de Zeus e Perséfone – Zagreu – o primeiro Dioniso. Filho preferido, Zeus pretendia que o sucedesse no governo do mundo. Porém, Hera, esposa do Deus do Olimpo, por ciúmes convocou os Titãs para destruir a criança divina, gerada fora do casamento. Estes enganaram Zagreu, atraindo-o com brinquedos. Desmembraram, cozinharam e devoraram o menino-deus. Zeus, enfurecido com este feito, fulminou os Titãs com seus raios e destas cinzas nasceu a humanidade, filha de Titãs e ao mesmo tempo de Dioniso, pois estes o haviam devorado.

“Zeus fulminou os titãs e de suas cinzas nasceram os homens, o que explica no ser humano os dois lados: o bem e o mal. A nossa parte titânica é a matriz do mal, mas como os Titãs haviam devorado a Dioniso, a este se deve o que existe de bom em cada um de nós. Na “atração, morte e cozimento” de Zagreu há vários indícios de ritos iniciáticos. Diga-se, logo, que, sendo um deus, Dioniso propriamente não morre, pois que o mesmo renasce do próprio coração”. (BRANDÃO, 2011)

Atená salvou o coração de Dioniso ainda vivo, pulsante e o entregou a Zeus que o comeu.

Envolvido amorosamente com a princesa tebana Sêmele, Zeus a fecunda. Dessa forma, a princesa mortal engravidou e tinha o segundo Dioniso em seu ventre.

Hera, por ciúmes, transformou-se em ama de Sêmele, a fim de convencê-la a pedir que o deus se revelasse em sua divindade. Zeus alertou a princesa que um mortal não suportaria a presença divina, porém como tinha jurado, pelas águas do rio Estige, nunca negar um pedido da sua amante, ao ser atendida, Sêmele foi fulminada.

Zeus, em um gesto, arrancou Dioniso ainda vivo do ventre da princesa e colocou-o em sua coxa, a fim de terminar a gestação. Ao nascer, foi entregue a Hermes que o levou para longe das investidas de Hera.

Um deus que renasce de seu próprio coração, este é Dioniso.

Tomando o mito, a partir da sua compreensão arquetípica, podemos dizer que na nossa porção dionisíaca, daquela da qual também fomos formados, existe o potencial de renascimento.

Dioniso é o deus da transformação.

“O mito órfico relata que Dioniso nasceu da união de Zeus, o senhor do Olimpo, deus da luz, criador de imagens, pai jubiloso e tolerante, com sua filha Perséfone, a rainha do mundo subterrâneo, a de tornozelos bonitos, que personifica as escuras forças do invisível reino dos mortos. De modo que podemos imaginar que Dioniso é o produto de opostos sumamente complexos. (…) É importante entender que, diante dos mitos de outros deuses do panteão grego, os de Dioniso nos movem de maneira diferente. Com Dioniso nossa imaginação se conecta imediatamente com os complexos mais arcaicos da humanidade. Em outras palavras, com ele nos adentramos em níveis mais profundos da psique.” (LÓPEZ-PEDRAZA, 2011)

O mito traz o renascimento a partir do coração: sobrevivente que manteve a essência dionisíaca.

Este símbolo encontra-se pulsante em sua própria carnalidade. É o órgão central da circulação: “O coração é o primeiro órgão que nasce e o último que morre.” (RAMOS, 95)

Na experiência de estágio em arteterapia, percebemos essa força mobilizadora: desde os “apertos no peito” e das sensações de mal-estar apontadas para o tórax, às imagens de coração-sol e produções sobre desejos e queixas do coração. Órgão-símbolo motor de renascimento e transformação. Lugar de onde emergem tais imagens.

O Desmembramento – Quando o coração se manifesta pelo adoecimento

Não podemos abordar o desmembramento de Dioniso, sem falar dos Titãs. Da mesma forma, o conceito de titanismo entrelaça-se com o adoecimento das mulheres que chegam ao ambulatório, bem como ao contexto em que este ocorre.

López-Pedraza desenvolve o conceito de titanismo. De acordo com o autor, os titãs não teriam configuração arquetípica; os gregos não lhes conferiram rituais próprios e estes ficaram destituídos de imagens e formas. Seriam caracterizados por sua virilidade, mas que representa o excesso. A falta de formas é preenchida de excesso.

“Sabemos que para os gregos o maior ‘pecado’ foi a Hybris. Poderíamos traduzir a imagem de Zeus confinando com seu raio os titãs ao Érebo, como uma imagem que impõe formas e limites, como a ação que coloca sobre controle aquilo que representa a violência desmedida e sem limites, isto é, um excesso. A consciência que tiveram os gregos da necessidade de manter os titãs, cheios de hybris, orgulho e violência, nos limites do Érebo, o equivalente pagão do inferno, foi substituída no cristianismo por um outro tipo de repressão.” (LÓPEZ-PEDRAZA, 2011)

Podemos dizer, a partir de López-Pedraza, que os Titãs, que personificavam o mal para os gregos, foram soltos do Ébero com o advento do cristianismo. Os cristãos associaram o mal ao Diabo – este, sim, constela um arquétipo. A repressão cristã incidiu sobre os deuses ctônicos e sobre as emoções que estes trazem.

Os Titãs têm marcante aparição em nossa cultura e se revelam pela carência de formas e pelo excesso. Apesar de presentes, é difícil de reconhecê-los em nós mesmos:

“Através da cultura ocidental tem sido difícil reconhecer o titanismo, inclusive hoje em dia, quando sua presença é tão opressiva. Para Platão os titãs eram um enigma, pois não eram nem deuses, nem homens e, para nós, o que poderíamos chamar de natureza titânica também continua sendo um enigma e continua sendo difícil detectar sua presença em nós mesmos. Neste sentido, Ernest Jünger (1993) contribui com a visão profética do século XXI como o século em que o coletivo será governado pelo titanismo.” (Ibdem)

Trazendo para o nosso campo de trabalho, podemos dizer que o titanismo está presente no desmembramento do feminino e que, também, está relacionado à medicina exercida atualmente.

É importante salientar que vários aspectos do feminino foram condenados ao inferno, assim como os deuses ctônicos.

O desmembramento do feminino

Vivemos numa cultura carregada de estereótipos e preconceitos. A partir do século XIX, com a medicalização do corpo feminino, foram criados verdadeiros estatutos de desordens potenciais relacionadas às mulheres. No discurso médico disciplinante do corpo reside uma tendência em demonstrar que existe nas mulheres uma degeneração, daí a importância de um controle1.

Ser mulher, ao longo da história ocidental, esteve ligado ao incompleto2, ao degenerado, ao perigoso, ao amoral, à fragilidade, à impulsividade, à falta de razão e, por conseguinte, à loucura. Neste sentido, podemos perceber como estes dois processos, o de medicalização do corpo feminino e a psiquiatrização da sociedade, se imbricam.

É importante retomar que vários aspectos do feminino foram demonizados, assim como o universo dos deuses ctônicos.

Dessa forma, podemos observar quantas loucuras foram destinadas às mulheres que não se enquadraram nos modelos de feminilidade ou que não suportaram a opressão de serem relegadas a um lugar de subalternidade e às altas cobranças por comportamentos sociais considerados adequados.

Por isso, ao trabalharmos no contexto de saúde mental, é importante considerar as questões de gênero, pois estas tanto podem estar implicadas no processo do adoecimento quanto na cronificação deste.

Medicina titânica

Com a superespecialização da medicina, muitas pessoas chegam ao serviço de saúde mental depois de peregrinações por inúmeros profissionais, o que implica numa série de exames, grande medicalização e pouca melhora dos sintomas.

“No mundo atual existem suficientes sintomas reveladores, onde predominam a tecnologia científica titânica, as comunicações globais, a política e a criminalidade por toda parte, para se acreditar na profecia de Jünger. Portanto, será cada vez maior o desafio que o titânico-coletivo apresenta para a consciência individual.” (Ibdem)

Por esta dicotomia corpo-psique, agravado pela compartimentalização da medicina, a associação entre adoecimento do corpo e sofrimento psíquico tornou-se desconectada.

“As chamadas doenças da nossa época (…) constituem-se muitas vezes como verdadeiros desafios à competência de profissionais sérios e dedicados, justamente por se expressarem em sintomas multifacetados, variando entre o físico e o psíquico. Por outro lado, os avanços das pesquisas médicas apontam, a cada passo, para achados que reforçam a sutileza dos limites que se possa ainda tentar estabelecer entre a nossa constituição física e o nosso psiquismo. Como bem sabemos, a expressividade da linguagem simbólica do corpo se manifesta, sincronicamente, tanto por meio da sua própria forma, função e constituição, quanto pela fala dos sintomas e da dor.” (FARAH, 2009)

De acordo com Hillman, a história da medicina transformou nossa relação com o coração: “a evisceração da tradição acontece quando o coração perde sua relação com a natureza orgânica, sua empatia com todas as coisas, quando o âmago de nosso peito se move de uma imaginação animal para uma mecânica.” (HILLMAN, 2010)

Tal fenômeno relaciona-se com o industrialismo. Para que isso ocorresse foi necessária transformação do coração trazida por Harvey3.

“Agora o coração não é mais o animal do amor e do calor, o lugar de himma, pulsando suas formas imaginativas. Agora seus sinais são decodificados em pequenas mensagens sobre a expectativa de vida. Pois meu coração pode me insultar, pode me atacar. Devo acalmá-lo: falo isso de coração, faço isso pelo coração, cuido do coração. Levo-o regularmente para um check-up. O modelo mecânico, com o qual observo o coração como se fosse uma coisa morta fora de mim, move-se com o progresso tecnológico, dos foles de água de Harvey ao estetoscópio, ao aparelho de eletrocardiograma ligado a mim por cabos, meu coração numa tela de TV. (…) O coração é ainda rei, ainda marca o passo, mas agora é um tirano, pois o coração e as doenças circulatórias são os “matadores número 1”, geralmente atacando à noite. Ele não é confiável; não podemos ter fé no próprio órgão que um dia foi a sede da fé. O coração tornou-se meu inimigo, meu matador, minha morte.” (Ibdem)

Podemos falar de um fenômeno de industrialização da medicina. As linhas de montagem e a alienação do trabalho transcendem os muros das indústrias e entram na vida de forma massiva.

A especialização médica acabou se transformando em esquartejamento – desmembramento – do humano. Uma das consequências é a ânsia por diagnósticos, muitas vezes, estatutos rotuladores e limitantes, pois, geralmente, são pouco questionados e alheios às individualidades.

Trazendo para a experiência de estágio, as mulheres participantes chegaram ao serviço com um discurso cristalizado: “tenho depressão crônica” ou “tenho depressão crônica e fibromialgia”.

Diferentemente, outros usuários chegam ao ambulatório queixando-se de “sistema nervoso”. Temos percebido que dentro de “um sistema nervoso” cabem inúmeras imagens, existe um espectro de possibilidades, os limites são mais flexíveis.

Quando há um enclausuramento diagnóstico, os caminhos de trabalho podem ser dificultados. Além do mais, o fetiche do diagnóstico vem acompanhado de uma relação de consumo com a saúde: quanto mais médicos, mais exames e novas possibilidades de medicação melhor. Titanismo manifesto: falta de sentido preenchido por excesso.

O fortalecimento dessa cultura de desresponsabilização pela própria saúde e a procura voraz por explicações e tratamentos médicos geram um desvio do processo criativo e do fluxo de imagens.

o sofrimento titânico, que é vazio, existencial, repetitivo e carente de qualquer possibilidade de reflexão e de consciência”. (LÓPEZ-PEDRAZA, 2011) Tal sofrimento fica exposto no estado de engessamento em torno da doença e na busca compulsiva por respostas prontas.

Religiosidade – quando as imagens são raptadas do coração

As participantes do grupo arteterapêutico são religiosas. Esta dimensão tem grande importância em suas vidas. Três seguem igrejas evangélicas neo-pentecostais e uma é Testemunha de Jeová. As idades variam entre 43 e 60 anos.

“O produto do encontro entre a palavra escrita na herança grega com a palavra escrita na tradição judaica. E como acabamos de assinalar, a religião que se expressou através da palavra escrita deixou sua marca no homem ocidental. Nossa história da religião é uma constante e sistemática negação do religioso que provém da experiência; e a religião se tornou aquela que impõem suas leis e seu poder A religião ocidental é, sobretudo, uma religião da palavra escrita. Esta tradição distorceu o funcionamento psíquico do homem ocidental, e isto obviamente concerne especialmente à psicoterapia junguiana, a que se interessa pela experiência interior das imagens reprimidas pela tradição religiosa e pela instrução acadêmica de conhecimentos psicológicos.” (LÓPEZ-PEDRAZA, 2012)

No início do estágio, a questão do discurso religioso foi bastante marcante. Ele aparecia, muitas vezes, como filtro para as vivências arteterapêuticas. Em vários momentos, quando compartilhávamos as experiências das atividades, as participantes usavam o discurso religioso para justificar o adoecimento e ao mesmo tempo atribuir uma cura ou melhora a Deus.

Uma das participantes, a de denominação diferente, ao compartilhar suas imagens, utilizava este momento para doutrinar as outras. Ela não falava de suas imagens, que estavam ali de alguma forma, trazia um discurso pronto, como que automático.

Neste sentido, Hillman aborda o Coração de Agostinho – o coração confessional -, o coração preenchido pela religião escrita e que leva ao exílio as imagens do coração.

“Agora vemos o que acontece à imaginação em um coração de sentimento pessoal. Ao personalizarmos o coração e ali localizarmos a palavra de Deus, a imaginação é lançada em seu exílio. Seu lugar é usurpado pelo dogma, por imagens já reveladas. A imaginação é lançada ao exílio mais baixo da fantasia sexual, ao exílio mais elevado das concepções metafísicas, ou ao exílio exterior dos dados objetivos, nenhum dos quais reside no coração, e todos eles, portanto, parecem sem coração, mero instinto, pura especulação, fato bruto. Quando a imaginação é lançada para fora, apenas a subjetividade permanece – o coração de Agostinho”. (HILLMAN, 2010)

Com o desenrolar do processo, as participantes conseguiram revelar imagens do coração. Ao mesmo tempo, suas crenças religiosas continuaram ocupando o mesmo lugar de importância. A emanação destas imagens fluía e parecia dialogar com as leis bíblicas de alguma forma. Foi interessante perceber que estes limites eram elásticos dependendo do momento e da participante.

Vale ressaltar que no meio do processo de estágio, a participante, que buscava doutrinar as outras, deixou o grupo.

Outro aspecto peculiar entre essas mulheres foi o “passar mal”. Uma das participantes, em várias ocasiões, passou mal. Este mal-estar era caracterizado principalmente pela perda da consciência. Houve episódios também de choros, gritos, vômitos e movimentos involuntários. Geralmente ocorriam depois de exercícios de respiração e contato com o corpo.

As outras participantes, em algumas ocasiões, sentiram-se mal também; as principais queixas eram as dores, distonia, fraqueza, tontura, desfalecimento, “agonia no peito”, “agonia no juízo”.

No contato com seus próprios corpos, revelaram estranhamento, desconforto, dor, prazer, reencontro.

“Os mistérios provêem a alma de uma dimensão para viver a experiência religiosa que, no caso de Dioniso, significa sentir-se em seu próprio corpo, na emoção particular do momento em que se está vivendo. (…) Parece que, através de Dioniso, através dessa experiência corporal na qual o deus provê êxtase, a mulher se conecta com seu sofrimento. Creio que há uma diferença muito importante entre a experiência de conectar-se com o próprio sofrimento e simplesmente sofrê-lo.” (LÓPEZ-PEDRAZA, 2011)

Experiências de contato e aproximação com seus corpos – não por médicos, não por exames, não pelo viés da doença -, aproximaram tais mulheres delas mesmas, de seus corações e, além disso, revelaram aspectos do campo dionisíaco.

Continuaremos abordando este tema na próxima postagem.

Para obter o artigo completo, envie um e-mail: juflorenciocs@gmail.com

1 “A “natureza feminina” vai explicar a loucura, a degeneração moral, a criminalidade, de tal forma que a mulher é considerada como um ser incapaz de autonomia. Apesar de deter o importante papel de transmissora da moral, a mulher é um ser tutelado, de maneira que o modelo idealizado de mãe e esposa não possa ser negado sob o risco de transforma-la em doente. A doença passa a ter um significado de degeneração moral, e a ideia de mulher relaciona-se à ideia de periculosidade.” (VIEIRA, 2002)

2 “A embriologia da época estabelece que o embrião humano passava por todos os estágios sucessivos de evolução das espécies animais, quer dizer, o embrião primeiro é fêmea, depois transforma-se em macho, portanto macho é a última etapa da evolução, estado superior, enquanto o embrião que permanece fêmea, conhece uma parada de desenvolvimento.” (KNIBIEHLER e FOUQUET, Apud VIEIRA, 2002)

3 Hillman faz sua leitura retrospectiva sobre as transformações ocorridas no coração: o Coração de Leão, o Coração de Harvey e o Coração de Agostinho. “O coração morto nasceu na consciência ocidental, de acordo com Romanyshyn, no momento em que Harvey concebeu o coração dividido. Ele viu, bem no meio, separando direita de esquerda, uma parede intransponível. Por causa dessa parede, o sangue precisa necessariamente ser bombeado numa grande e complicada circulação, ou seja, através dos pulmões e de todo o corpo a fim de se mover até o outro lado do coração. Portanto, é o coração dividido que torna possível a circulatio.” (HILLMAN, 2010)

REFERÊNCIAS
ALMEIDA, L. H. H. A psicologia junguiana e o corpo no processo de individuação. In: ZIMMERMANN, E. B. (org). Corpo e Individuação. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.
AMARANTE, Paulo (org.). Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil, 1995.
FARAH, R. M. Introdução. In: ZIMMERMANN, E. B. (org). Corpo e Individuação. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.
GUIA DE DIREITOS HUMANOS. Disponível em: .
HILLMAN. J. O pensamento do coração e a alma do mundo. São Paulo: Verus, 2010.
LÓPEZ-PEDRAZA, R. Ártemis e Hipólito – Mito e Tragédia. Rio de Janeiro: Vozes, 2012.
____________. Dioniso no Exílio – sobre a repressão da emoção e do corpo. São Paulo: Paulus, 2011.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes, 2004.
PHILLIPPINI, A. Arteterapia: Métodos, Projetos e Processos. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2010.
__________. Grupos em Arteterapia: redes criativas para colorir vidas. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2011.
QUINTAES, M. Disponível em: .
RAMOS, D. G. A psique do coração – Uma leitura analítica do seu simbolismo. São Paulo: Cultrix, 1990.
VICTORIO, M. Impressões Sonoras – Música em Arteterapia. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
VIEIRA, E. M. A medicalização do corpo feminino. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2002.
ZIMMERMANN, E. B. (org). Corpo e Individuação. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.

* Juliana Florencio é psicóloga, arteterapeuta e terapeuta do Jogo da Areia (em formação). Atualmente mora na região de Stuttgart, Alemanha, onde realiza seus atendimentos.
Email: juflorenciocs@gmail.com

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