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‘As ocultações de Plutão e o desafio de descer aos infernos e se transformar’

Por Luciana Rabelo*

Nos últimos tempos tenho observado que de quando em quando venho me irritando por qualquer coisa e tendo reações meio desmedidas. E já adianto que não é TPM, pois vem acontecendo não só no período pré-menstrual. No último dia 29 de abril, durante a excelente palestra do astrólogo pernambucano Eduardo Maia, tive um vislumbre: podem ser as ocultações de Plutão.

eduardo maia
O astrólogo Eduardo Maia durante a palestra sobre as ocultações de Plutão

É o seguinte, desde o dia 12/04/2012 até 17/08/2013, Plutão está sendo mensalmente tapado pela Lua, ou seja, desaparecendo do campo de visão da Terra. Ao todo serão 19 ocultações seguidas. Conforme Eduardo Maia, a ocultação pela Lua ‘esconde’ o planeta e assinala um ciclo de enfraquecimento emocional. E, neste caso, quem vem sendo ocultado é logo Plutão, o deus dos infernos. A propósito, hoje (30/04/13) está acontecendo a 15ª ocultação.

Na Mitologia, nos lembra Eduardo, “Plutão é conhecido como Hades, que em grego significa ‘o invisível’, pois ele usava um capacete que o tornava invisível, representando os estados inferiores que todos temos. É do termo ‘ínfero’que se deriva a palavra inferno. E por que invisível? Porque essa porção infernal dentro de nós não é assumida, não é domada. O trabalho de fazer a catarse é lento, profundo e, de certa forma, sangrento. Esta porção então fica escondida e é necessário descobri-la e verificar o que ela quer nos dizer”, provoca o astrólogo.

A questão é a seguinte, cada planeta na Astrologia tem as suas cintilações, que são os aspectos mais positivos, e as carbonizações, que são os obstáculos. O problema é que nas ocultações a carbonização fica a mesma, mas a cintilação diminui. Segundo Eduardo, no caso de Plutão, os aspectos de carbonização (o inferno, a maldade, a inveja, intrigas e falsidades) continuam, mas após 15 ocultações, o reservatório de cintilação de Plutão – a nossa capacidade de transformar o inferno, de fazer a catarse, de realizar a alquimia – começa a diminuir. “Por exemplo, o ódio que você tem e não assume lhe descontrola, a tal ponto que não tendo mais a capacidade de transformar a situação você acaba decidindo de forma infernal”. O astrólogo cita o recente caso do estudante que agrediu um motorista de ônibus no Rio de Janeiro, após uma discussão, provocando a queda do ônibus de um viaduto e causando sete mortes e deixando vários feridos, inclusive ele próprio.

Para lidar com as ocultações de Plutão e suas correspondências aqui na Terra, Eduardo sugere três atitudes:
1. Descobrir o que está encoberto, o inferno que nos cerca;
2. Agir com resiliência, ou seja, enfrentar os obstáculos de forma equilibrada;
3. E fazer a Alquimia (a química da transformação pelo sagrado, pela transcendência).

Para ilustrar a palestra, o astrólogo exibiu cenas de três filmes: As Aventuras do Sr. Hulot no Trânsito Louco (Trafic,1971), de Jacquestrafic Tati; Vidas Secas (1963),de Nelson Pereira dos Santos ; e Glória Feita de Sangue (Paths of Glory, 1957), de Stanley Kubrick. Nos filmes, foram abordados, respectivamente, o inferno do trânsito, o inferno da seca e o inferno da maldade.

Pois bem, Plutão encontra-se no Signo de Capricórnio, onde estão ocorrendo as ocultações (entre 6º 57’ e 11º 33’de Capricórnio). Quem tem o mapa natal, pode dar uma olhadinha onde está Capricórnio no mapa e ver quais aspectos devem ser descobertos, mexidos e transformados. No meu caso, Capricórnio está na casa 1, a casa do eu, do guerreiro. Ainda bem que nos últimos anos, graças a algumas terapias – e entre elas a Arteterapia – o que mais ando fazendo é isso: visitando meu inconsciente, reconhecendo minhas sombras e seguindo alquimizando pela vida. Como diz Eduardo Maia: “Cavar + escavar = transformar!”

E como nem tudo é infernal, no final da palestra, Eduardo ressaltou o tema do último Stellium , o grande trígono exato que ocorrerá entre os planetas Júpiter (em Câncer), Saturno (em Escorpião) e Netuno (em Peixes), nos dias 17 a 19 de julho de 2013. “Neste trígono Júpiter divide para reinar, saturno civiliza para estruturar e Netuno acalma para extasiar”. O convite é se solidarizar! Foi com a crônica ‘Solidariedade’, de Rubem Alves, que o astrólogo finalizou a palestra, e é com ela também que eu finalizo este texto!

Solidariedade, por Rubem Alves

*Luciana Rabelo é editora do Portal Flores no Ar, terapeuta e curiosa sobre Astrologia.

 

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