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ARTE INSPIritual: conheça Pedro Vayu Gallinger, artista argentino que está de passagem pelo Brasil

Por Kelly Domingues
Pedro Gallinger (1)
Foto: Angélica Gollo/ Divulgação

Cores e caminhos que tocam a alma. Assim, inspirados, navegamos pelas obras do artista plástico argentino, o pintor Pedro Gallinger, 35 anos, que neste ano de 2016 está percorrendo algumas cidades do Brasil, depois segue para Colômbia, Costa Rica e México.

Pedro realiza nestas viagens grandes murais urbanos, além dos trabalhos personalizados, com sessões individuais, onde desenvolve um quadro especialmente para a pessoa entrevistada. Sua pintura tem sido identificada como sendo uma arte medicinal, que, além de inspirar pessoas, abre portais em suas vidas, ambiente de trabalho e relacionamentos.

Como jornalista, vejo-me surpresa diante de uma explosão de cores e sensações! Não é sempre que se tem a oportunidade de realizar uma entrevista onde, primeiro, você adentra, de maneira fluida, as sensíveis percepções de vida e de ser do entrevistado. Esta mistura traz uma compreensão maior e melhor da arte daquele a quem fitamos os olhos! Realmente um privilégio raro e um marco na vida desta jornalista que desabrocha.

Pedro Gallinger, que assina “Vayu” em suas obras, realmente representa o seu nome artístico pois, como o vento – que é um dos significados de “Vayu” em sânscrito – ele chega e transforma percepções, ambientes, corações e cumpre o propósito do seu trabalho que é A-COR-DAR vidas. Inspire-se com a mágica entrevista sobre “Arte INSPIritual”, como define o próprio pintor.

O que a pintura representa em sua vida?
Momentos e experiências físicas, emocionais e espirituais colocadas em uma imagem estática. Isso é o que mais me fascina, já que, mesmo sendo algo parado, ela contém o movimento de muitas experiências humanas. É por isso que eu não pinto todo o tempo, pois antes de iniciar uma nova obra eu necessito viver experiências intensas e transformadoras pra depois convertê-las em uma nova pintura.

Como a pintura se apresentou em sua vida?
Quando eu era pequeno, sete anos mais ou menos, meus pais me levaram a uma escola de pintura. Iniciei meus estudos no primário e fazia aulas no contraturno. Eu agradeço sempre aos meus pais. Eles me incentivaram e por isso pude agregar conhecimento para este momento. E também foi uma forma de me ajudar a conseguir expressar o que se passa dentro de mim e minhas experiências de vida.

A espiritualidade sempre esteve presente em suas obras ou isso começou depois?
Até os 24 anos a minha pintura expressava a catarse das coisas que eu passava e que me causavam dor. Depois dessa idade realizei uma viagem pelo Sul da América até chegar ao Amazonas, no Peru. Lá vivi minha primeira experiência com a ayahuasca (chá indígena) e esta foi a minha iniciação espiritual com o xamanismo. Foi então que uma mudança radical ocorreu em minha vida. A partir disso iniciei esta caminhada que, inevitavelmente, passou a estar presente também em minhas obras.

Pedro Gallinger (2)
Foto: Angélica Gollo/ Divulgação

Há algum momento específico na produção das suas obras em que ela se torna especial, ou você começa a produzir e a magia acontece?
Hoje em dia, trabalho minhas pinturas com essa energia deeksha (oneness blessing) e com intenções específicas e poderosas. Além disso, quando estou pintando, procuro manter um estado mental de muita atenção para que possa sustentar a intenção inicial da obra até o fim. Por exemplo, minha intenção pode ser “que esta pintura vá florescer o coração espiritual de quem a vê”. Estas obras se convertem em pinturas medicinais, xamânicas ou como gosto de chamá-las “INSPIrituais”, pois inspiram ao espírito.

O que acontece quando você está pintando ao vivo? Como se sente?
Em uma pintura ao vivo deixo de ser o Pedro e me torno um canal para que minhas mãos se convertam nas mãos da divindade e as pessoas que estão olhando possam pintar através de mim. Não sou mais eu que pinto e sim o lugar e a energia das pessoas. Geralmente quando termino eu mesmo me surpreendo com o resultado que é sempre um presente.

Quais são seus planos pelo país e de que forma planeja concretizá-los?
Desde o primeiro dia em que cheguei ao Brasil estou surpreso com a amabilidade e a abertura hospitaleira do seu povo. Meu objetivo principal nesta viagem é poder fazer grandes murais que possam afetar muitas pessoas com suas cores, intenções de crescimento e liberação para que possam experienciar alegria e paz sem causa.

O que faz o Pedro feliz?
Uma das coisas que mais me faz feliz é falar com alguém olhando em seus olhos, de coração para coração. É um momento onde as personalidades desaparecem e começam a falar os “antariamin”, que são nossos moradores internos. E então estes dois seres passam a sentir-se acolhidos, aquecidos. Já não falam de seus problemas e importâncias pessoais dando espaço para que a VERDADE possa se expressar do coração. E falar com uma pessoa desta maneira é falar com a humanidade inteira, com cada homem, cada mulher, com nossos antepassados.

Defina Deus!
Cada dia há uma definição distinta. Deus é a relação entre as sensações físicas e nossos moradores eternos que reencarnam uma e outra vez acumulando experiências e sensações humanas. Então Deus para mim é essa relação com a terra, com água, com o ar e o fogo. Nossa relação com a água é quando temos na vida uma sensação de pureza. É também observar a sacralidade em todas as coisas. Manter um corpo limpo por dentro e por fora. A relação com o ar é a benção de sair ao sol, de prana. Ai encontro a Deus. O ar é também cuidar das palavras, do que digo, do que penso. Pois tudo o que pensamos se manifesta. A relação com o fogo é estar no caminho de morarmos em nosso próprio coração. Poder manter essa chama, esse fogo, esse calor aceso. Quando estamos nesse lugar, ficamos totalmente confortáveis. Quando estamos separados do espírito temos frio e pensamentos confusos, não podemos nos relacionar com liberdade. A relação com a terra é o amor com nosso corpo, que é o veículo da alma. É nos darmos conta de onde estamos parados, pois onde estou agora, é o mais importante. Abaixo está a terra, acima está o céu e nós estamos no meio respirando. Não há nada além disso. É simples.

Brasil/Argentina, por Pedro: Sinto com relação a isso que precisamos brincar mais. Sinto que vivemos muito perto, porém somos desconhecidos. Sinto que nossas culturas se enriquecem quando se mesclam.

MAIS INFORMAÇÕES
www.vayuart.com
www.facebook.com/vayuart

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