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[AGENDA PE] Performances e Artes Visuais no Cinecão Floresta dia 27/7 na Maumau Galeria

Em sua impetuosa, intrépida e infatigável batalha contra as forças que almejam congelar a linguagem artística audiovisual, o Cinecão encara mais uma edição sem nenhum apoio público ou privado! Pois é, o Bar#PrimeiramenteForaTemer continua sendo o único a bancar e acreditar nos dispositivos experimentais de arte propostas pelas dezenas de artistas que já passaram pelo Cinecão. É, definitivamente, o golpe também é estético!

Mas calma, não tá morto quem peleja! E para mostrar que todos juntos somos fortes, conclamamos a mata, o ar, a água e o corpo para a edição FLORESTA do Cinecão. Os artistas convidados, através da multiplicidade de linguagens, investigam a relação corpo e natureza.

Na performance videoinstalativa TERRA PRA VOAR, Irma Brown e Juan Saucedo propõem uma viagem a um mundo simbiótico: Sim e não. Longe, perto. Pássaro Passagem. Excesso, Deserto. Para ela, em alguns momentos era como entrar na boca de um tigre. Ele, lagarto, fruto ou musgo. Uma fuga ao contrário. O trabalho utiliza vídeo, som e o próprio corpo dos artistas para criar um universo onírico, propondo um extravasamento de questões existenciais e de relacionamento.

Na Galeria B da Maumau (só indo pra descobrir onde é) haverá a exibição de uma artista fundamental para a videoarte brasileira dos anos 90, a carioca Brigída Baltar, que gentilmente cedeu a série COLETAS para esta edição do Cinecão. No filme vemos a artista/personagem oniríco/futurista numa misteriosa busca pelo efêmero. O elo entre o transcendente e o humano se dá através de sutis fenômenos naturais. Uma narrativa da contemplação entre o material e o imaterial. Um trabalho fenomenal!

A artista-pesquisadora Gabriela Santana com o músico Jair Coelho apresentarão a performance ERRANÇAS. Uma performance “que põe em movência um corpo errático que reinventa memórias, sentidos e espaços. É praticar corporeidades de resistência e descolonizar o pensamento de um corpo ainda colonizado. A busca se dá pela modulação de um estado criativo e engajado que entremeia, em tempo presente, devires e heranças culturais… um corpo que experimenta e vive o ‘entre-lugar’.” Na ocasião ainda serão compartilhados os desdobramentos do projeto com fotos de Debora Bittencout e ilustrações de Tiago Aciolli.

O encerramento será com uma chave mestra para potenciais mudanças, aquelas que podemos buscar em micropoliticas pessoais e coletivas (também caras à existência da Maumau!). A Maumau convidou a artista visual Elis Rigoni para apresentar seu livro ARTICULTURAS DO SENSÍVEL: UM MANUAL FESTA. Um livro de artista, um livro de permacultura, um manual, um código aberto: Rigoni nos convida a uma reflexão sobre nosso cotidiano.

“De uma experiência pessoal, Elis Rigoni se lança para comunidades, sua juventude e coragem nos conduzem por peculiaridades sensíveis e pontuais. Uma reversão possível por conexões com a arte e que nos faz pensar o que seja a festa. A autora nos mostra como é possível reorganizar a desordem e o caos ao qual fomos lançados cegamente. Um manual com uma atmosfera de relato que nos aproxima mais do texto, em um formato que o corpo comporta, pois, é sobre ele que somos convidados a pensar: corpo físico/corpo arte que se expande para o corpo social”, relata Adriani Araujo.

Por fim, o artista Thelmo Cristovam volta com uma seleção sonora especial para o evento.

Sobre as artistas:
Brígida Baltar vive e trabalha no Rio de Janeiro. Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro, Brasil. Deu início a sua carreira na década de 1990, com pequenos gestos poéticos em sua casa e ateliê. Participou de diversas bienais, entre elas a 25ª Bienal de São Paulo (2002); 17ª Bienal de Cerveira, em Cerveira, Portugal (2013); The Nature of things — Biennial of the Americas, em Denver, EUA (2010); Panorama de Arte Brasileira (Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil (2007) e 5ª Bienal de Havana, em Cuba (1994). Seus trabalhos foram apresentados em diversas exposições internacionais, como: Cruzamentos: Contemporary art in Brazil, Wexner Center for the Arts, Columbus, EUA (2014); SAM Art Project, Paris, França (2012); The peripatetic school: itinerant drawing from Latin America, Middlesbrough Institute of Modern Art, Inglaterra, (2011); Museo de Arte del Banco de la República, Bogotá, Colômbia, (2012); e Constructing views: experimental film and video from Brazil, New Museum, Nova York, EUA (2010). Sua obra está representada em diversas coleções, incluindo: Colección Isabel y Agustín Coppel, Cidade do México, México; Museum of Contemporary Art, Cleveland, EUA; Fundação Joaquim Nabuco, Recife, Brasil; Middlesbrough Institute of Modern Art, Middlesbrough, Inglaterra; Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil; entre outras.

Elis Rigoni faz parte da equipe Ná’Lu’um Brasil, atualmente residente do Sítio Pitanga, estudante de pós-graduação em Permacultura pela Universidade Federal do Cariri e do curso técnico em Agroecologia pelo SERTA; tecedora latinoamericana da CASA Jóvens; possui formação em Artes Visuais e experiência em agricultura urbana, construções ecológicas, vivências comunitárias e escuta consciente.

Gabriela Santana é nascida em Santos-SP e baiana de coração. Iniciou seus estudos na década de 90 construindo uma formação diversa na área da dança, com debruçamento no campo da improvisação. Capoeirista angoleira, integrante da Academia de João Pequeno de Pastinha – AJPP/CECA – (uma das casas mais antigas de capoeira de Salvador) é formada em dança pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Artista independente, integra também o coletivo “dança mais eu” (Recife) e o grupo Radar (João Pessoa), ambos focados em pesquisas experimentais. A performance ‘Erranças’ e o documentário ‘Jogo Aberto: conversas sobre a capoeira Angola de Recife e Olinda’ foram seus projetos contemplados, recentemente, nos editais do SIC/Funcultura. Desde 2010 reside em Recife atuando como professora efetiva no Curso de Dança da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Irma Brown
A menina das botas verdes
ela ia cortar os pulsos
mas preferiu cortar a franja
Cada questionário uma profissão diferente: performer, videomaker, arte-educadora, produtora, bailarina, ciclista mensageira, atriz, artista visual e mentirosa.

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